sexta-feira, 17 de abril de 2015

Leituras e Evangelho 09/04/2015

LEITURA I Actos 3, 13-15.17-19
«Matastes o autor da vida; mas Deus ressuscitou-o dos mortos»
O plano da salvação, traçado por Deus, cumpriu-se em Jesus Cristo, que realizou todas as profecias do Antigo Testamento. Contudo perante o desígnio de Deus, a atitude dos judeus é de incompreensão: do verdadeiro Servo de Deus fizeram o «Servo sofredor».
Mas Deus ressuscitou Jesus! Como o prova o milagre, realizado por Pedro antes deste discurso, Ele está vivo e continua a Sua obra de restauração da humanidade. Aqueles que não reconheceram o Messias, quando estava entre eles, têm agora a possibilidade de se converter, pois a Sua acção renovadora continua através dos Sacramentos.

Leitura dos Actos dos Apóstolos
Naqueles dias, Pedro disse ao povo: «O Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob, o Deus de nossos pais, glorificou o seu Servo Jesus, que vós entregastes e negastes na presença de Pilatos, estando ele resolvido a soltá-l’O. Negastes o Santo e o Justo e pedistes a libertação dum assassino; matastes o autor da vida, mas Deus ressuscitou-O dos mortos, e nós somos testemunhas disso. Agora, irmãos, eu sei que agistes por ignorância, como também os vossos chefes. Foi assim que Deus cumpriu o que de antemão tinha anunciado pela boca de todos os Profetas: que o seu Messias havia de padecer. Portanto, arrependei-vos e convertei-vos, para que os vossos pecados sejam perdoados».
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 4, 2.4.7.9 (R. 7a)
Refrão:Fazei brilhar sobre nós, Senhor, a luz do vosso rosto. Repete-se

Quando Vos invocar, ouvi-me, ó Deus de justiça.
Vós que na tribulação me tendes protegido, compadecei-Vos de mim e ouvi a minha súplica. Refrão

Sabei que o Senhor faz maravilhas pelos seus amigos, o Senhor me atende quando O invoco. Refrão
Muitos dizem: «Quem nos fará felizes?» Fazei brilhar sobre nós, Senhor, a luz da vossa face. Refrão

Em paz me deito e adormeço tranquilo, porque só Vós, Senhor, me fazeis repousar em segurança. Refrão

LEITURA II 1 Jo 2, 1-5a
«Ele é a vítima de propiciação pelos nossos pecados e também pelos do mundo inteiro»
Vencer o mal e responder, de modo perfeito, a Deus, é um ideal que ultrapassa as nossas forças. Não devemos, porém, desanimar. Com efeito, Jesus Cristo, para nos livrar do mal, aceitou ser vítima de expiação por todos nós, tornando-se assim o nosso advogado, o nosso intercessor junto do Pai. Só Ele pode fortificar a nossa fé e sustentar a nossa fidelidade. Exige-se-nos apenas que amemos a Cristo, esforçando-nos por traduzir a nossa fidelidade pela observância dos Seus mandamentos.

Leitura da Primeira Epístola de São João
Meus filhos, escrevo-vos isto, para que não pequeis. Mas se al¬guém pecar, nós temos Jesus Cristo, o Justo, como advogado junto do Pai. Ele é a vítima de propiciação pelos nossos pecados, e não só pelos nossos, mas também pelos do mundo in¬teiro. E nós sabemos que O conhecemos, se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz conhecê-l’O e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele. Mas se alguém guardar a sua palavra, nesse o amor de Deus é perfeito.
Palavra do Senhor.

ALELUIA cf. Lc 24, 32
Refrão: Aleluia. Repete-se
Senhor Jesus, abri-nos as Escrituras, falai-nos e inflamai o nosso coração. Refrão

EVANGELHO Lc 24, 35-48
«Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia»
Jesus aparece, visivelmente, aos Apóstolos e convida-os a tocarem o Seu corpo glorificado, a fim de que não subsistam dúvidas acerca da realidade corporal da Sua Ressurreição. Ele não é apenas um espírito imortalizado. Ele ressuscitou também no Seu corpo, como o provam as cicatrizes da Paixão e a refeição tomada diante deles.
A salvação alcançada por Jesus é, na verdade, total. Não abrange apenas a alma. Também o nosso corpo será glorificado. O que é necessário é que o cristão saiba sempre respeitar o seu corpo. Só assim a renovação iniciada com os Sacramentos se tornará, no futuro, «glória incorruptível».

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir do pão. Enquanto diziam isto, Jesus apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Espantados e cheios de medo, julgavam ver um espírito. Disse-lhes Jesus: «Porque estais perturbados e porque se levantam esses pensamentos nos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo; tocai-Me e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E como eles, na sua alegria e admiração, não queriam ainda acreditar, perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa para comer?». Deram-Lhe uma posta de peixe assado, que Ele tomou e começou a comer diante deles. Depois disse-lhes: «Foram estas as palavras que vos dirigi, quando ainda estava convosco: ‘Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’». Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia, e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas de todas estas coisas».
Palavra da salvação.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Início do 3º período - 2014/2015

Após a interrupção para as festividades de Páscoa e para a festa em honra de Santa Apolónia,  a catequese retoma as actividades normais para todos os anos lectivos já a partir do próximo Sábado dia 18 de Abril, nos horários habituais. Do 1º ao 6º ano às 16h30, e do 7º ao 10º às 11h00.

O Papa Francisco apela ao respeito pela dignidade de cada pessoa

O Papa Francisco disse no Vaticano que a voz das mulheres tem de ter um “peso real” na sociedade e na Igreja.
“É necessário, de facto, que a mulher não só seja mais ouvida mas também que a sua voz tenha um peso real, uma autoridade reconhecida, na sociedade e na Igreja”, sustentou, na audiência pública semanal que reuniu milhares de pessoas na Praça de São Pedro.
A intervenção recordou que o próprio Jesus Cristo assumiu uma atitude diferente diante das mulheres, que no seu tempo estavam “em segundo plano”.
“Jesus considerou-as de uma forma que dá uma luz poderosa, que ilumina um caminho que leva longe, do qual percorremos apenas um bocadinho”, sublinhou.

O Papa lamentou que muitos ainda não tenham compreendido o contributo do “génio feminino, as coisas que a mulher pode dar à sociedade”, a sua capacidade de “ver as coisas com outros olhos”.
“É um caminho a percorrer com mais criatividade e audácia”, defendeu.

O Papa Francisco entende que é necessário “fazer muito mais em favor das mulheres”, também para dar “mais força à reciprocidade” com os homens.
“Deus confiou a terra à aliança do homem e da mulher: o seu falhanço seca o mundo de afetos e obscurece o céu da esperança. Os sinais já são preocupantes e vemo-los”, prosseguiu.
Segundo o Papa, a diferença homem-mulher não visa o “confronto ou a subordinação”, mas serve a “comunhão e a geração, sempre à imagem e semelhança de Deus”.

Na saudação aos peregrinos de língua árabe, Francisco repetiu que homem e mulher têm “a mesma dignidade e igualdade”.

“Trabalhemos, na Igreja e na sociedade, para que a igualdade seja respeitada, recusando qualquer forma de abuso e injustiça, em particular contra as mulheres”, apelou.

O Papa deixou ainda uma saudação aos peregrinos lusófonos, em particular aos fiéis da paróquia de Torrão e a um grupo de sacerdotes de Portugal.
“O Senhor vos abençoe, para serdes em toda a parte farol de luz do Evangelho para todos. Possa esta peregrinação fortalecer nos vossos corações o sentir e o viver com a Igreja. Nossa Senhora acompanhe e proteja a vós todos e aos vossos entes queridos”, disse.

Fonte: (Cidade do Vaticano, 15 abr 2015 (Ecclesia))



sexta-feira, 3 de abril de 2015

Para meditar.... curioso?!....

Não é curioso como um euro parece tanto quando se dá na igreja e tão pouco quando se vai às compras?

Não é curioso como uma hora parece tão longa quando se serve a Deus, mas tão curta quando se assiste a um jogo de futebol ou uma novela?

Não é curioso como não se encontra as palavras quando se reza, mas elas estão sempre na ponta da língua para conversar com um amigo?

Não é curioso sentir tanto sono ao ler um capítulo da Bíblia, mas é fácil ler 100 páginas do último romance de sucesso?

Não é curioso como se quer sempre as cadeiras da frente no teatro, mas na igreja é sempre mais para trás? 

Não é curioso como muitas das vezes é preciso duas ou três semanas de antecedência para agendar um compromisso na igreja, mas para outros programas à quase sempre disponibilidade?

Não é curioso como há tanta dificuldade em aprender a evangelizar e como é fácil aprender e contar a última novidade?

Não é curioso como se acredita muito nos jornais, mas questiona-se muito a Bíblia?

Não é curioso como toda a gente quer ser salva desde que não tenha que acreditar, dizer ou fazer nada?

Lá curioso é… dá para meditar...







quinta-feira, 2 de abril de 2015

Os símbolos da Páscoa

LUZES, VELAS E FOGUEIRAS - As luzes, velas e fogueiras são uma marca das celebrações pascais. Em certos países, os católicos apagam todas as luzes das suas igrejas na Sexta-feira da Paixão. Na véspera da Páscoa, fazem um novo fogo para acender o principal círio pascal e utilizam-no para reacender todas as velas da igreja. Então acendem as suas próprias velas no grande círio pascal e as levam para casa a fim de utilizá-las em ocasiões especiais. O círio é a grande vela acesa na Aleluia, simbolizando a luz dos povos, em Cristo.

ALFA E ÓMEGA - Alfa e Ómega nela gravadas querem dizer: "Deus é o princípio e o fim de tudo"

PEIXE - Peixe é um dos símbolos mais antigos dos primeiros cristãos, ao se referirem a Jesus Ressuscitado. Na época das primeiras perseguições, a palavra peixe, escrita em grego, passou a ser lida como: Jesus Cristo Filho de Deus Salvador: ICTYS: Jesus Christus Teós Yiós Soter. Assim, nas casas, nas roupas, nas conversas e nos túmulos, a figura e a palavra peixe passaram a ocupar um lugar de destaque. Na multiplicação dos pães e dos peixes, Jesus torna-se presente. (Mt 14,17)
A relação com a Páscoa acha-se no facto de as aparições de Jesus, após a Ressurreição, estarem sempre ligadas à presença do peixe. (Jo 21,9) e (Lc 24,42-43)

SINOS, VESTES BRANCAS E O ALELUIA - Os sinos festivos, que repicam na noite da Ressurreição, recordam o momento da subida de Jesus Cristo aos Céus. Nas cidades pequenas, todos os sinos da Igreja repicam de maneira solene e alegre no canto do Aleluia. Soltam-se foguetes e o ar enche-se de festa e alegria. As vestes brancas e paramentos, que se usam na noite da vigília Pascal, recordam a alegria dos primeiros baptizados, que se revestiam de vestes brancas, simbolizando a vitória sobre a morte. 
As Igrejas adornam-se com toalhas de linho e flores brancas. Essa cor foi adoptada pelos primeiros cristãos como símbolo da alegria, da vitória e da pureza de Deus. (Mt 17,2) (Mc 16,5) O Cântico do Aleluia é um dos símbolos mais expressivos das aclamações de louvor e de alegria. É uma expressão hebraica: HALLELUI-YAH que significa: “Louvai o Senhor.” (Ap 19,1)

GIRASSOL - O girassol é um dos símbolos pascais menos conhecidos em algumas regiões. É porém muito rico em conteúdo. Assim para sobreviver a planta precisa de ter a sua corola voltada para o sol, do nascente ao poente, também os cristãos precisão de estar voltados para o Sol-Cristo. Cristo é a luz, a força, a energia. O cristão sem uma ligação com Jesus não encontra significado para a sua vida.

OS RAMOS - Podemos dizer que a semana da Páscoa começa com o Domingo de Ramos. A festa dos ramos relembra o dia em que Jesus entrou festivamente em Jerusalém, pouco antes de sua morte. Jesus nascera em Belém, na Judeia, mas passara a maior parte da sua vida na Galileia, em Nazaré, Cafarnaum e outras cidades, a fazer a sua pregação sobre o Reino de Deus e a divulgar a sua doutrina de amor. Poucos dias antes de ser preso, julgado e condenado à morte, Jesus dirigiu-se a Jerusalém com os seus discípulos, justamente para comemorar a Páscoa (a Páscoa judaica). Pois foi nesse dia que o povo o aclamou nas ruas, agitando no ar ramos de palmeira e oliveira, e gritando "Hosana (que quer dizer " Salve!") ao Filho de David". Chamamos de entrada triunfal de Jesus em Jerusalém para cumprir o seu mistério pascal, a realidade era de maioria camponês, eis a razão dos ramos. Levantar os ramos e aclamar com alegria é a maneira do povo expressar o reconhecimento régio e messiânico de Jesus.

LAVA-PÉS - Durante a Semana Santa, a Quinta-feira é um dia muito importante, no qual se realiza uma celebração bastante significativa. Nesse dia, relembra-se a última ceia de Cristo com os seus discípulos, ocasião em que Jesus instituiu a Eucaristia, isto é, o pão e o vinho passaram a simbolizar o seu corpo e o seu sangue. Mas foi também durante a última ceia que Cristo lavou os pés dos seus discípulos. Pondo uma toalha na cintura, Jesus despejou água numa bacia, começou a lavar os pés de cada um dos apóstolos e enxugou-os com a toalha. Jesus fez isso para dar uma lição de humildade, simplicidade, igualdade, solidariedade, amor e serviço aos irmãos, que nada mais é do que a grande lição pascal. O lava-pés é, pois, um símbolo, um exemplo. “Dei-lhes o exemplo para que, como eu fiz, assim façam também vocês.”

CÍRIO PASCAL - Círio é uma vela grande e grossa, que se acende todos os anos pela primeira vez, no Sábado da Vigília pascal. O círio pascal representa a luz de Cristo, pois que o próprio Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo!” 
No círio há duas letras gregas – o alfa e o ómega -, respectivamente a primeira e a última letra do alfabeto grego. O alfa representa o princípio e o ómega, o fim, uma vez que Jesus disse: “Eu sou o princípio e o fim.” 
Na grande vela há ainda a indicação dos quatro algarismos do ano que está em curso, simbolizando a presença viva de Jesus junto a todos os povos do mundo, com união de fé e de esperança.

A CRUZ - A cruz, instrumento de suplício no qual Jesus morreu, passou a ser um símbolo do cristianismo e também símbolo da Páscoa. Antes símbolo de condenação, depois tornou-se símbolo de salvação. A cruz, na Páscoa, relembra que Jesus venceu a morte e, glorioso, passou a viver o seu Reino de justiça e de paz. A cruz não foi um tipo de condenação especial para Jesus. Naquele tempo, a morte na cruz era um castigo comum entre os romanos, que dominavam também a Palestina. Jesus foi crucificado entre os dois ladrões, com a diferença que estes foram amarrados às suas cruzes e Jesus foi pregado. Morrer na cruz era algo humilhante para os condenados pois, além de ficarem com os corpos expostos publicamente, apenas os mais hediondos crimes eram punidos com tal pena. Jesus, ao morrer na cruz, deu à humanidade mais uma lição de humildade: sendo Filho de Deus, que tudo pode, ele morreu da forma mais vergonhosa que havia no seu tempo. Costumamos fazer o sinal da cruz, porque acreditamos que é o sinal que nos salva.

O CORDEIRO - O cordeiro representa Cristo, o verdadeiro Cordeiro de Deus. Assim, o cordeiro é o símbolo mais antigo da Páscoa, relembra o sacrifício realizado pelos israelitas no primeiro dia da Páscoa, como símbolo da libertação do Egipto. 
No Novo Testamento, o Cristo é o Cordeiro de Deus, que se sacrificou pela salvação de toda a humanidade. "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo". 

O PÃO E O VINHO - São os símbolos da Eucaristia. Foi na última ceia (Quinta-feira Santa),  que Jesus escolheu o pão e o vinho para dar vazão ao seu amor. Representando o seu corpo e sangue, que foram oferecidos aos seus discípulos para celebrar a vida eterna. 
O pão pode ser reapresentado por espigas de trigo e o vinho por cacho de uvas.

A ÁGUA - No Sábado Santo, durante a celebração da Vigília Pascal, o sacerdote faz a bênção da água baptismal que será utilizada nos baptismos durante o ano, mergulhando o círio pascal na água, invocando a força do Espírito Santo, havendo ou não baptismos. A aspersão do povo com a água benta, realiza a renovação das promessas baptismais. A água simboliza pureza, purificação e renovação. 

OS ÓLEOS - Na Quinta-feira Santa, na igreja - mãe [Sé], o Bispo, acompanhado pelos sacerdotes e fiéis da sua diocese, consagra os diversos óleos que irão ser utilizados nos vários sacramentos em toda a diocese: o óleo dos catecúmenos, para o Baptismo; o óleo para a unção dos doentes; o óleo do crisma, para o Baptismo, para a confirmação e para as ordenações. Os óleos são de origem vegetal [azeite] misturados com bálsamos perfumados. Pelas suas características naturais produzem na pele um conjunto de benefícios: suavizam, curam, mantêm a forma, embelezam, dão frescura… De igual modo simbolizam as características do Espírito de Deus que quer trabalhar em nós por esses quatro sacramentos [Baptismo, Confirmação, Unção dos Doentes, Ordem]. Ao aproximarmo-nos da Páscoa benzem-se estes óleos para indicar que todos os sacramentos procedem de Cristo ressuscitado e que a Páscoa é novidade absoluta.

A COLOMBA PASCAL - O bolo em forma de "pomba da paz" significa a vinda do Espírito Santo. Diz a lenda que a tradição surgiu na vila de Pavia (norte da Itália), onde um confeiteiro teria presenteado o rei lombardo Albuíno com a guloseima. O soberano, por sua vez, teria poupado a cidade de uma cruel invasão graças ao agrado.

O OVO DE PÁSCOA - Os ovos de Páscoa são famosos no mundo inteiro. Os mais comuns são os ovos de chocolate. Mas qual seria o significado do ovo de Páscoa?
O ovo também simboliza o nascimento, a vida que retorna. O costume de presentear as pessoas na época da Páscoa com ovos ornamentados e coloridos começou na antiguidade. Eram verdadeiras obras de arte!
O ovo é um símbolo de vida nova, de vida que está para nascer; é um símbolo de começo. Daí a sua associação à Páscoa: a Ressurreição de Jesus também indica o princípio de uma nova vida, a redenção da própria humanidade e a promessa de um futuro cheio de alegria e felicidade para os que tem fé e esperança. Dentro do ovo gera uma vida, a vida é o Dom mais precioso de Deus. Ressuscitando para uma vida nova, Jesus revela a preciosidade que é a vida. Os egípcios e persas costumavam tingir ovos com as cores primaveris e davam-os aos seus amigos. Os persas acreditavam que a Terra saíra de um ovo gigante. Os cristãos primitivos da Mesopotâmia foram os primeiros a usar ovos coloridos na Páscoa. Em alguns países europeus, os ovos são coloridos para representar a alegria da ressurreição. Na Grã-Bretanha, costumava-se escrever mensagens e datas nos ovos dados aos amigos. Na Alemanha, os ovos eram dados às crianças junto de outros presentes na Páscoa. Na Arménia decoravam ovos ocos com retratos de Cristo, da Virgem Maria e de outras imagens religiosas. No século XIX, ovos de confeito decorados com uma janela em uma ponta e pequenas cenas dentro eram presentes populares. Mas os ovos ainda não eram comestíveis. Pelo menos como a gente conhece hoje, com todo aquele chocolate. Actualmente, as crianças encontram ovos de chocolate ou "ninhos" cheios de doces nas mesas na manhã de Páscoa. Nos Estados Unidos e outros países as crianças saem na manhã de Páscoa pela casa ou pelo quintal à procura dos ovinhos escondidos. Em alguns lugares os ovos são escondidos em lugares públicos e as crianças da comunidade são convidadas a encontrá-los, celebrando uma festa comunitária. 

O COELHINHO DA PÁSCOA - Tradicional e popularmente costuma-se dizer que é o coelhinho quem traz os ovos da Páscoa. O coelho é um dos primeiros animais que saem das tocas ao chegar a primavera, após um longo inverno de recolhimento. Ora, no hemisfério norte, a Páscoa ocorre nos primeiros dias da primavera (para nós que habitamos no hemisfério sul, a Páscoa é no Outono) e os coelhos logo se põem a correr pelos campos verdes, repletos de flores, dando, portanto, a ideia de renovação da vida, que parecia estar morta durante o inverno. O que mais interessa religiosamente, é que os coelhos são animais que reproduzem com extrema facilidade e em grande quantidade. Vem daí a identificação com uma vida abundante, um processo de restauração, um ciclo que se renova todos os anos. E é isto exactamente que se relembra na Páscoa: a Ressurreição de Jesus, que traz consigo um novo tempo de paz e de esperança a toda a humanidade.

COMO SURGIU A TRADIÇÃO DO COELHO?
A tradição do coelho da Páscoa foi trazida à América por imigrantes alemães em meados de 1700. O coelhinho visitava as crianças, escondendo os ovos coloridos que elas teriam de encontrar na manhã de Páscoa. Uma outra lenda conta que uma mulher pobre coloriu alguns ovos e os escondeu num ninho para dá-los aos seus filhos como presente de Páscoa. Quando as crianças descobriram o ninho, um grande coelho passou a correr. Espalhou-se então a história de que o coelho é que trouxe os ovos. No antigo Egipto, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida. Alguns povos da Antiguidade consideravam-no o símbolo da Lua. É possível que ele se tenha tornado símbolo pascal devido ao facto de a Lua determinar a data da Páscoa. Mas o certo mesmo é que a origem da imagem do coelho na Páscoa está na fertilidade que os coelhos possuem. Geram grandes ninhadas!