quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Papa Francisco presidiu à «Missa do Galo», na Basílica de São Pedro

O Papa Francisco afirmou, no Vaticano, que o Natal é sinal da paciência, proximidade e ternura de Deus, que permite enfrentar as “situações difíceis” não a partir de “soluções pessoais” mas dos critérios do Evangelho.

“Nesta Santa Noite, ao contemplar o Menino Jesus nascido e colocado numa manjedoura, somos convidados a refletir: Como acolhemos a ternura de Deus? Deixo-me aproximar dele, deixo-me abraçar por ele ou impeço que Ele se aproxime?”, questionou o Papa na missa da Noite de Natal, na Basílica de São Pedro.

O Papa Francisco sublinhou que a “fragilidade” de Deus, no presépio, assume os “sofrimentos”, as “angústias” e os “limites” de todas as pessoas.

Para o Papa, o presépio é sinal do “afeto” de Deus, que se avizinha da “pequenez” da pessoa humana.

“A mensagem que todos esperavam, que todos procuravam no fundo da própria alma não era outra que a ternura de Deus, que nos vê com olhos cheios de afeto, enamorado da nossa pequenez”, afirmou o Papa Francisco.
Para o Papa, o mais importante não é “procurar Deus” mas permitir que Deus encontre cada pessoa.
“A coisa mais importante não é procura-Lo mas deixar que seja Ele a procurar-me, a encontrar-me, a acariciar-me com a sua benevolência”, defendeu o Papa na Basílica de São Pedro.
De acordo com o Papa Francisco, acolher a ternura de Deus implica ter “a coragem” de enfrentar as “situações difíceis” e os problemas do quotidiano não a partir de “soluções pessoais”, mesmo que sejam “eficientes”, mas dos critérios do Evangelho.

“A vida tem de ser enfrentada com bondade, com mansidão”, defendeu o Papa rejeitando atitudes “arrogantes e soberbas” de quem estabelece “leis segundo os critérios pessoais”

“Quando damos conta de que Deus está enamorada da nossa pequenez, que ele mesmo se faz pequeno para nos encontrar, temos de abrir o nosso coração e suplicar-Lhe: Senhor, ajuda-me a ser como Tu, dá-me a graça da ternura nas circunstâncias mais duras da vida, dá-me a graça da proximidade diante de todas as necessidades”, referiu o Papa na homilia da missa da Noite de Natal, no Vaticano
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Fonte: (Cidade do Vaticano, 24 dez 2014 (Ecclesia) )


terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Mensagem de Natal do Arcipreste de V. N. de Famalicão

“Jesus é o Amor verdadeiro que, no Natal, precisa germinar em nós!”

Caros cristãos do nosso Arciprestado,
A grande festa do Natal, que celebraremos dentro de poucos dias, é tradicionalmente uma época que nos interpela, particularmente, à solidariedade e à partilha do que temos em favor dos menos favorecidos, num múltiplo e crescente proliferar de várias campanhas e iniciativas de cariz social que chegam até nós das mais diversas formas.
No entanto, sabemos que os pequenos gestos de partilha que possamos praticar nesta época nem sempre provocam em nós, no mais íntimo do que somos, a transformação profunda desejável e que se torna um imperativo incontornável para uma vivência plena e frutífera da Fé que professamos.
De facto, mais do que um gesto pontual de doação de algo, precisamos de, à semelhança do desafio que abraçamos ao longo do caminho de Advento, ter a coragem de deixar que o Amor germine em nós! Para tal é necessária uma conversão de vida, respondendo ao apelo de João Baptista proferido nas margens do Jordão! Precisamos reaprender a humildade de ser simples, como um vaso de barro que se esvazia de si mesmo para, vigilante, se dispor para “apenas” servir! É necessário ser terra fértil que se prepara para acolher nas suas entranhas a semente que nos irá mudar para sempre, restaurando-nos numa alegria sem par! É preciso ser semente que repousada na húmida escuridão da terra se anula a si mesma para dar vida nova, fecunda e abundante, regada pela água refrescante da Fé que sempre nos restaura e alenta! Só assim, na vida de cada um de nós, se cumprirá o prenúncio alegre e reconfortante de Isaías: “Como a terra faz brotar os germes e o jardim germinar as sementes, assim o Senhor Deus fará brotar a justiça e o louvor diante de todas as nações” (Is 61, 11).
Germinar no Amor implica, efectivamente, uma mudança exigente e profunda, implica que toda a nossa vida seja oferta de amor permanente e perene! Não basta oferecer um determinado bem material e depois regressarmos à nova vida, mergulhados nos nossos interesses mesquinhos, nos nossos caprichos consumistas ou na nossa indiferença gelada e paralisante! De que adiantará a oferta de algo de que até podemos dispor sem grande esforço ou renúncia, se depois na nossa vida de todos os dias, na família, no trabalho, na escola, na paróquia ou no grupo de amigos não vivemos como crentes e baptizados e parecemos ter um Fé morta, ou pelo menos adormecida e apática, que pouco ou nenhum fruto produz? Não deixa de ser paradoxal que às vezes nos seja mais fácil oferecer um pacote de leite ou um pão do que um simples, mas libertador e reconfortante, sorriso, ou um terno e quente abraço ou ainda um pedaço do nosso tempo para estar com alguém que mais do que precisar do que temos para lhe dar, precisa de nós, da nossa presença, do nosso afecto!
A este propósito, apraz-me recordar S. João Paulo II que, durante o seu pontificado, referiu em vários dos seus escritos a urgência de uma “nova fantasia da caridade”, na medida em que não bastará amar os outros, mas “inventar” novas formas de os amar e de nos darmos sem reservas aos mil e um cuidados desse amor e à prática de todas as obras de misericórdia!
Jesus é, caras amigas e amigos, o Amor verdadeiro que, no Natal, precisa germinar em nós… Ele é o Amor maior e inesgotável, mas ao mesmo tempo interpelativo, capaz de nos desinstalar e de nos tornar inventores criativos dessa “nova fantasia da caridade”! Jesus é o Deus feito homem, “o Verbo feito carne que veio habitar entre nós” (cf. Jo 1, 14), para que possamos experimentar a alegria do encontro com Ele, Salvador do mundo, e para nos desafiar a sair ao encontro de todos os irmãos, sobretudo dos que mais sofrem e que nestes tempos, particularmente austeros e sombrios, mais carecem do anúncio vivo da alegria do Evangelho!
D. Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz de Braga, na sua Mensagem para este Advento, destacava precisamente esta necessidade de irmos ao encontro, como Jesus, o Emanuel, que significa “Deus connosco”, vem para o nosso meio, para que assim possamos “redescobrir o nosso vizinho, o nosso colega de trabalho, o nosso familiar e intuir as suas necessidades materiais e espirituais”.
Nesta lógica, sejamos como os pastores de Belém e apressemo-nos a encontrar o Menino Jesus, presente e vivo na gruta da vida de todos os que nos rodeiam, sobretudo dos que mais sofrem. Sejamos também como os Reis do Oriente e levemos-Lhe presentes… o presente do Amor que d’Ele recebemos e que queremos oferecer a todos, o presente do perdão, da justiça, da verdade, da esperança, da alegria sem ocaso… o presente do que de mais doce podemos ser, num sorriso, num olhar, num gesto, numa palavra, num abraço!
No fundo, S. Paulo explica-nos bem este imperativo na sua carta aos Colossenses, pois recorda-nos que, “como eleitos de Deus, santos e predilectos, devemos revestir-nos de sentimentos de misericórdia, de bondade, humildade, mansidão e paciência, revesti-vos, acima de tudo, da caridade, que é o vínculo da perfeição”. (cf. Col 3, 12.14).
É este o grande desafio que vos deixo a todos, irmãos na fé em Jesus Cristo: façamos do Natal a grande festa do Amor que germina e viceja em nós, nas vidas de todos nós, para que “todos os confins da terra possam ver a salvação do nosso Deus” (cf. Is 52, 10)!

A todos um Santo e Feliz Natal!
Um Próspero e fecundo ano de 2015!

O Arcipreste
P.e Paulino Carvalho

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Papa assinala 78 anos com desejo de que famílias acolham Cristo e reza pelas vítimas e executantes de ataques terroristas

«Que a proximidade do nascimento de Jesus avive em todas as nossas famílias o desejo de recebê-lo com um coração puro e agradecido», afirmou hoje o papa Francisco perante milhares de pessoas reunidas na Praça de S. Pedro, no Vaticano, no dia em que celebra 78 anos.

Os fiéis, entre os quais muitos dançadores de milonga que partir das 16h00 desta tarde (15h00 em Portugal continental) protagonizarão um “flashmob” dedicado à milonga argentina, que o papa aprecia particularmente, deram os parabéns a Francisco em várias línguas.

Um grupo de seminaristas argentinos, com os quais o papa conversou durante alguns minutos, ofereceu-lhe um bolo, e ele apagou as velas e bebeu chá mate, bebida típica do seu país natal, relata o site “Il Sismografo”.

Na audiência geral, o Papa Francisco frisou que o nascimento de Jesus «abre um novo começo na história universal do homem e da mulher».

O papa lembrou que as catequeses das quartas-feiras passaram a ser dedicadas à família, tendo em vista o sínodo sobre o mesmo tema que decorrerá em outubro de 2015, no Vaticano.

«A proximidade do Natal recorda-nos que Deus quis nascer numa família», numa «pequena» povoação do Império Romano, assinalou: «Não em Roma, não numa grande cidade, mas numa periferia quase invisível» e até «de má fama».

Jesus permaneceu cerca de 30 anos em Nazaré, «levando uma vida normal, no seio de uma família israelita piedosa e trabalhadora».

«Os Evangelhos, na sua sobriedade, nada referem sobre a adolescência de Jesus e deixam esta tarefa à nossa afetuosa meditação. A arte, a literatura, a música percorreram este caminho da imaginação», apontou.

Francisco sublinhou que a família de Jesus, que teve de «superar muitas dificuldades por causa dele», não era «irreal» ou pertencia a uma «fábula»: «Eles ajudam-nos a redescobrir a vocação e a missão da família, de toda a família».

«Cada família cristã – como fizeram Maria e José – pode antes de tudo acolher Jesus, ouvi-lo, falar com Ele, guardá-lo, protegê-lo, crescer com Ele; e assim melhorar o mundo. Façamos espaço no nosso coração e nos nossos dias ao Senhor. Assim fizeram também Maria e José, e não foi fácil», acentuou.

O que aconteceu durante 30 anos, com a presença de Jesus entre os seus, pode continuar a ser verdade hoje: «Tornar normal o amor, e não o ódio, tornar comum a ajuda mútua, não a indiferença ou a inimizade. Não é por acaso que “Nazaré” significa “aquele que guarda”, como Maria que, diz o Evangelho, guardava no seu coração todas estas coisas».

«Todas as vezes que há uma família que guarda no coração este mistério da vocação e missão da família, ainda que seja na periferia do mundo, está a realizar-se o mistério do Filho de Deus. E Ele vem para salvar o mundo», realçou.

Após a catequese, o papa dirigiu-se, como habitualmente, aos peregrinos de língua portuguesa: «De coração vos saúdo a todos, confiando ao bom Deus a vossa vida e a dos vossos familiares. Muito obrigado pelos votos formulados pelo meu aniversário e para as próximas festas natalícias, que retribuo desejando-vos um Santo Natal e um Ano Novo repleto das bênçãos do Deus Menino».

No fim da audiência, o papa rezou pelas «vítimas dos desumanos atos terroristas» que ocorreram nos últimos dias na Austrália, Paquistão e Iémen: «O Senhor acolha na sua paz os defuntos, conforte os familiares e converta os corações dos violentos, que não se detém nem sequer diante das crianças».







sábado, 13 de dezembro de 2014

Fim do 1º Período - 2014/2015

O 1º período da catequese deste ano lectivo termina no dia 13 de Dezembro com a Missa da Catequese, sendo assim, não haverá catequese no dia 20 de Dezembro. As actividades só serão retomadas no próximo ano, Sábado 3 de Janeiro de 2015, no horário normal de catequese. 

Por fim, e em nome de toda a equipa, desejamos a todos, Bom Natal e um Próspero Ano de 2015.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

III DOMINGO DO ADVENTO 14/12/2014

Cor - Roxo ou rosa 

Primeira Leitura - Is 61, 1-2a. 10-11; Sal Lc 1, 46b-48. 49-50. 53-54

Segunda Leitura - 1 Tes 5, 16-24

Evangelho - Jo 1, 6-8. 19-28

domingo, 7 de dezembro de 2014

Alguns símbolos do Natal...

Anjo Gabriel - No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado da parte de Deus para uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem, prometida em casamento a um homem, chamado José, da casa de David. O nome da virgem era Maria. Entrando onde ela estava, o anjo disse-lhe: "Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo.” É o anjo da Boa-Nova, da esperança, da anunciação. Gabriel significa em hebraico Força de Deus e é considerado por muitos o principal dos anjos, por isso também ser denominado arcanjo.Segundo a tradição, os arcanjos são os mensageiros (em grego "angélos") de Deus das Boas Novas, que nos ajudam a dar bom rumo e direcção à nossa vida, dão-nos compreensão e sabedoria. É a ele que recorrem os que necessitam desses dons.

Estrela de Belém - É usada uma estrela na ponta da Árvore de Natal. Tem quatro pontas, representando o norte, o sul, o leste e o oeste. A misteriosa Estrela de Belém é citada na Sagrada Escritura em Mateus, capítulo 2, versículos 2, 9 e 10. É sempre usada como símbolo de alegria, de guia, para despertar e atrair. A estrela é luz permanente. Também é encontrada com seis pontas, que é sinal de paz. Após o nascimento de Jesus em Belém, ainda governava a Judeia o Rei Herodes, chegaram do Oriente a Jerusalém uns magos guiados por uma estrela ou um objecto controverso que, segundo a descrição do Evangelho segundo Mateus, anunciou o nascimento de Jesus e levou os Três Reis Magos até ao local onde este se encontrava. A estrela aponta o caminho para a plenitude e Jesus Cristo é a Estrela Guia da humanidade. Ele é o caminho, o Sentido, a Verdade e a Vida.

Presépio - Um dos símbolos mais comuns no Natal dos países católicos é a reprodução do cenário onde Jesus Cristo nasceu: uma manjedoura, animais, pastores, os três reis magos, Maria, José e o Menino Jesus. O costume de montar presépios surgiu com São Francisco de Assis, que pediu a um homem chamado Giovanni Villita que criasse o primeiro. São Francisco, então, celebrou uma missa em frente deste presépio, inspirando devoção a todos que o assistiam. O sucesso dessa representação do Presépio foi tanto que rapidamente se estendeu por toda a Itália. Logo se introduziu nas casas nobres europeias e de lá foi descendo até às classes mais pobres. Na Espanha, a tradição chegou pela mão do Rei Carlos III, que a importou de Nápoles no século XVIII. A sua popularidade nos lares espanhóis e latino-americanos estendeu-se ao longo do século XIX, e na França, não o fez até inícios do século XX. Em todas as religiões cristãs é consensual que o Presépio é o único símbolo do Natal de Jesus verdadeiramente inspirado nos Evangelhos.

Os Reis Magos - Os Três Reis Magos ou simplesmente Magos, são personagens da narrativa cristã que visitaram Jesus após o seu nascimento. A Escritura diz uns magos, que não seriam, portanto, Reis nem necessariamente três e, sim, talvez, sacerdotes da religião zoroástrica da Pérsia ou conselheiros. Como não diz quantos eram, diz-se três pela quantia dos presentes oferecidos. Guiados pela estrela, chegaram ao local onde estava o menino Jesus. Como se pretendia dizer que representavam os reis de todo o mundo, representando as três raças humanas existentes, em idades diferentes. Assim, Belchior entregou-Lhe ouro em reconhecimento da realeza; Gaspar, incenso em reconhecimento da divindade; e Baltazar, mirra em reconhecimento da humanidade.
"Belchior era velho de setenta anos, de cabelos e barbas brancas, tendo partido de Ur, terra dos Caldeus. Gaspar era moço, de vinte anos, robusto e partira de uma distante região montanhosa, perto do Mar Cáspio. E Baltazar era mouro, de barba cerrada e com quarenta anos, partira do Golfo Pérsico, na Arábia Feliz".
Devemos aos Magos a tradição de trocar presentes no Natal.

Presentes - A ideia de trocar presentes no Natal está relacionada, entre outros motivos, aos magos que trouxeram presentes para o menino Jesus (Mt 2,11). O maior presente é Deus quem nos oferece em Cristo: uma vida abundante e repleta de alegria. A troca de presentes entre as pessoas é uma forma de lembrar que a oferta generosa de Deus em Cristo é para todos. O simbolismo do presente não é que, egoisticamente, acumulemos mil e um presentes ou presenteemos com segundas intenções. O simbolismo do presente é a partilha que permite que pessoas excluídas tenham acesso à vida boa e abundante. Presentear o necessitado é iluminar a nossa vida e a de quem recebe o presente!

Velas - A vela simboliza a luz que veio ao mundo com o nascimento de Cristo, como lemos no profeta Isaías 9.1: "O povo que andava na escuridão, viu uma forte luz; a luz brilhou sobre os que viviam nas trevas". Consumindo-se completamente para gerar luz, a vela simboliza a doação em favor da vida. Mesmo com toda a iluminação artificial, a vela conserva o seu valor. Jesus Cristo é a luz que ilumina nosso caminho: "Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida" (Jo 8,12). E "vós sois a luz do mundo ... não se acende uma candeia para se pôr debaixo de uma vasilha, mas num candelabro para que ilumine todos os da casa. É assim que deve brilha vossa luz" (MT 5,14-16).

Coroa de Advento - Um dos muitos símbolos do Natal é a coroa do Advento que, por meio do seu formato circular e das suas cores, silenciosamente expressa a esperança e convida à alegre vigilância. Na confecção da coroa eram usados ramos de pinheiro e cipreste, únicas árvores cujos ramos não perdem as suas folhas no Outono e estão sempre verdes, mesmo no inverno. Os ramos verdes são sinais da vida que teimosamente resiste; são sinais da esperança. Em algumas comunidades, os fiéis envolvem a coroa com uma fita vermelha que lembra o amor de Deus que nos envolve e nos foi manifestado pelo nascimento de Jesus. O círculo não tem princípio, nem fim. É sinal do amor de Deus que é eterno, sem princípio e nem fim, e também do nosso amor a Deus e ao próximo que nunca deve terminar. 
1º Domingo do Advento - Acende-se a primeira vela
A primeira vela convida-nos a refletir e aprofundar a chegada do Natal,  onde Cristo, Salvador e Luz do mundo brilhará para a  humanidade. Também não podemos esquecer o perdão concedido a Adão e Eva. A cor roxa recorda-nos a nossa atitude de vigilância e espera do Senhor que virá.
2º Domingo do Advento - Acende-se a segunda vela
A segunda vela acesa convida-nos ao arrependimento dos nossos pecados e à conversão; somos chamados a prepararmos, assim como São João Batista, o caminho do Senhor.  Esta vela lembra ainda a fé dos patriarcas e de São João Batista, que anuncia a salvação para todos os povos.
3º Domingo do Advento - Acende-se a terceira vela 
A terceira vela acesa convida-nos à alegria e ao júbilo pela aproximação da chegada de Jesus. A cor litúrgica de hoje, o rosa, indica justamente o Domingo da Alegria, à proximidade da chegada do Senhor. Esta vela lembra ainda a alegria celebrada pelo rei David e a sua promessa que, agora, se está a cumprir em Maria.
4º Domingo do Advento - Acende-se a quarta vela
A quarta vela marca os passos de preparação para acolher o Salvador, a nossa expectativa da chegada definitiva da Luz ao mundo. É o símbolo da nossa fé em Jesus Cristo, que ilumina todo o homem que vêm a este mundo. 

Azevinho – O Azevinho é um dos símbolos do Natal porque dizem que estendeu os seus braços durante a fuga da Sagrada Família para o Egipto para esconder Maria e o Seu Filho e assim impediu que os soldados de Herodes matassem o Menino Jesus. Então Maria, em agradecimento, abençoou o azevinho que, desde então, permaneceu sempre verde. O azevinho é a planta que traz a esperança e representa o amor, a fertilidade e a família.

   Pinheiro - É a única árvore que não perde as suas folhas durante o ano todo. Permanece sempre viva e verde. Existem várias teorias para explicar porquê o pinheiro se tornou a árvore símbolo do natal, na maioria dos países onde este se comemora. Conta a história, que quando Jesus nasceu, perto do estábulo onde Ele se abrigava, havia três árvores que resolveram também presenteá-lo. A palmeira escolheu a maior e mais bela palma, e fez dela um abano para o menino. A oliveira ofereceu o suave e perfumado óleo, para amaciar os pés do menino. E finalmente, o pinheiro, já tristemente conformado com a ideia de que não tinha nada a oferecer, pois as suas folhas eram como agulhas, e poderiam machucar o menino, percebe que muitas estrelas tinham pousado nos seus galhos, iluminando-o de tal forma, que o olhar de Jesus não podia resistir à beleza desta arvore, e por isso é que o pinheiro é enfeitado com muitas luzes.


Enfeites da árvore - Significam os nossos gestos concretos de amor aos nossos irmãos, mais uma forma de presentear as pessoas de quem gostamos. Esses gestos enfeitam a vida com cores de alegria, assim como as bolas, os laços e todos os outros objectos que enfeitam a árvore. Assim como vale a pena construir uma árvore e ao acabar olhar para ela com ar de satisfação e muita alegria partilhada com a família, também vale a pena construir uma vida envolvida em coisas boas e contemplá-la com júbilo maior.

    Sinos - Os sinos sempre representaram o instrumento que anunciava as grandes festas populares, e no Natal eles atingem a sua importância máxima. O sino anuncia que algo vai acontecer, no Natal esse acontecimento é o nascimento de Jesus.

   A Ceia - A ceia representava o Cordeiro pascal, a presença do Cordeiro que tira o pecado do mundo. Ela une as pessoas e festeja a vinda de Cristo. O simbolismo que o alimento tem na mesa no dia de Natal vem das sociedades antigas que passavam muita fome e encontravam em algum tipo de carne - o mais importante prato - uma forma de referenciar a Deus e a Jesus (ligada às palavras de Jesus: " Este é meu corpo"). Geralmente era servido porco, ganso - mais tarde substituído por peru, e peixe. Uma série de bolos e massas são preparados somente para o Natal e são conhecidos por todo mundo. Actualmente a ceia é a oportunidade de ter toda a família reunida, em volta da mesma mesa para partilhar a alegria e a mensagem: "Amai-vos uns aos outros".

     Bolo-rei - Este bolo está carregado  de simbologia, muito sinteticamente pode dizer-se que este doce representa os presentes oferecidos pelos Reis Magos ao Menino Jesus. A côdea (a parte exterior) simboliza o ouro; já as frutas secas e as cristalizadas representam a mirra; por fim, o incenso está representado no aroma do bolo. A explicação para a existência da fava no interior no bolo rei está ligada a uma lenda, segunda a qual quando os Reis Magos viram a Estrela de Belém que anunciava o nascimento de Cristo, disputaram entre si o direito de entregar ao Menino os presentes que levavam. Como estes não conseguiam chegar a um acordo, um padeiro, para pôr termo à discussão, propôs fazer um bolo com uma fava no interior da massa, em seguida, cada um dos três magos do  Oriente pegaria numa fatia, o que tivesse a sorte de retirar a fatia que possuísse a fava, ganharia o direito de entregar os presentes a Jesus. Não se sabe qual foi contemplado com a fatia premiada, pode ter sido qualquer um dos três, Baltasar, Belchior ou Gaspar.

    Missa do Galo - Celebra-se à meia-noite, na passagem do dia 24 para o dia 25 de Dezembro e apareceu no século V, pelas mãos dos católicos romanos. Como se pensa que Jesus terá nascido à meia-noite, a missa deve ser celebrada à meia-noite em ponto. Conta-se também que o galo foi o primeiro animal a presenciar o nascimento de Jesus, por isso ficou com a missão de anunciar ao mundo o nascimento de Cristo, através do seu canto. Por isso chamar-se Missa do Galo e ser uma das referências na festa de Natal dos cristãos.

Pai Natal - Foi inspirado no bispo Nicolau, que viveu e pontificou na cidade de Myra, Turquia, no século IV. Nicolau costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava o saco com moedas de ouro a ser ofertado na chaminé das casas. Foi declarado santo depois que muitos milagres lhe foram atribuídos. A sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo.




sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Três reflexões para catequistas

A Catequese do Catequista

Celebrar é, acima de tudo, dizer "obrigado". Nós celebramos a vida em cada aniversário, celebramos a saúde, uma intervenção médica que correu bem, os sorrisos das nossas crianças… Cada facto que celebramos é acoplado com gratidão. No dia do catequista demos graças por eles, pela sua identidade e vocação, que com o silêncio e muita humildade, vão construindo o Reino de Jesus.

O catequista é chamado a ser carinhosamente ele mesmo. Na verdade e na profundidade da sua identidade ecoa o chamado de Deus que o convoca a ser chama de Cristo, para que muitos homens e mulheres se encontrem com Ele. Quanta sintonia e quanta fidelidade! Como fazer-se autêntico eco? Como não ser um eco de outras vozes e outros ruídos capazes de distorcer a verdadeira identidade?
Neste dilema existencial: ser ou não ser o que Deus o convida a ser, está implícito na natureza humana do catequista. Caído e redimido. Fraco e forte. Imperfeito e chamado à plenitude. Seria impensável um catequista desprovido da graça de Deus. Seria impensável um catequista vagando, náufrago de processos educativos incapazes de fixar.
A natureza humana, aberta à ajuda da graça divina e ao auxílio humano da educação, aperfeiçoa-se e torna-se imagem e semelhança de Deus. É um terreno fértil em que Cristo cresce, moldando na personalidade do catequista todas as virtudes que o tornam capaz de ser o que Deus o convida a ser.
Neste processo educativo, a catequese tem o seu lugar próprio e inconfundível. Ela corresponde à educação da fé. E o catequista, como um homem de fé, necessita ser permanente educado nessa mesma fé que professa.

Para ser profundamente o mesmo, o catequista necessita fazer-se destinatário da catequese. Destinatário de itinerários formativos desenhados para ele, nos quais a educação na fé seja intencional e sistematicamente favorecida. Na rede integrada de várias dimensões assumidas pela formação dos catequistas, têm um lugar privilegiado a educação da fé, como uma virtude teologal que deve ser sustentado, fortalecida, encorajado, informada e testemunhada ao longo de toda a vida.
Mas, para ser profundamente o mesmo, o catequista precisa fazer-se destinatário, também, dos processos catequéticos concebidos para os seus catequizandos e catecúmenos. Ali, na sempre nova dinâmica do encontro o processo catequético, ali Deus trabalha sempre produzindo o inimaginável. Ali, no mistério de uma metodologia e de uns recursos sempre imperfeitos, Deus faz, mais uma vez, como naquele dia no poço de Zicar, que os discípulos sejam testemunhas. E o catequista faz-se destinatário do que os catequizandos e catecúmenos dizem.

Catequistas, façamos tudo o que Jesus nos diz

Nós compartilhamos a nossa realidade catequética, com situações novas e antigas e sempre amados por Deus. Ele continua a suscitar vocações catequéticas em homens e mulheres que, no meio desta realidade e enviados pela Igreja, estão a responder como discípulos-missionários ao chamado de Jesus, o Bom Pastor.

Os catequistas estão essencialmente ligados à comunicação da Palavra. A nossa primeira atitude espiritual está relacionada com a palavra contida na Revelação, pregada pela Igreja, celebrada na liturgia e vivida, especialmente, pelos santos.[1] É sempre um encontro com Cristo, escondido na sua Palavra, na Eucaristia, nos irmãos. Abertura à Palavra significa, finalmente, abertura a Deus, à Igreja e ao mundo.

Quando fazemos de catequistas o nosso ministério, ou seja, quando conscientes da nossa própria fé colocamo-nos ao serviço dos nossos irmãos para ajudá-los a crescer na fé, aprendemos a ver o mundo de uma perspetiva: a do Magnificat. Este é um olhar crente, capaz de ver os sinais de esperança. Olhar a realidade com os olhos de Maria significa ver o bem também onde este ainda não germinou.

Os olhos de Maria, que procuram Jesus, sabem encontrá-lo e às vezes convidá-lo a dar sinais concretos para que o mundo creia, como nas bodas de Caná.[2] Com esse olhar crente, os catequistas são arautos do Reino. O mundo de hoje, como ontem e como sempre, tem direito ao anúncio. E, enquanto todos os batizados foram chamados para esta tarefa, aos catequistas compete-nos de modo especial.

O coração crente apercebe-se que o mundo é amado por Deus, sustentado pelo seu amor. Muitas vezes os catequistas são pobre em recursos, meios de comunicação, mas pela graça de Deus, representam uma força de mudança extraordinária. Onde está Jesus, ali está o Reino, ali amadurece a esperança, ali é possível fazer o amor que dá vida. O encontro com Jesus faz de nós testemunhas credíveis do seu Reino, assemelha-nos a Ele para nos transformar na memória viva do seu modo de viver e agir.

Ver a vida com olhos de crentes

Os catequizados e catecúmenos vêm de diferentes caminhos… Com histórias de vida e experiências de fé diferentes. Os catequistas, muitas vezes preocupados com a transmissão de conteúdos, ingenuamente, ignoram um olhar profundo para o que eles experimentaram e que realmente acreditam.
Nós usamos muito a palavra "itinerário", mas mais do que uma vez a reduzimos à simples categoria de "programa" ou "lista de conteúdos" predefinidos. Estamos presos a um dever ser que se esquece de enraizar a vida das pessoas e processos anteriores neste novo caminho que empreendemos na catequese familiar.
Talvez este breve e antiga história nos possa ajudar a expressar de forma simples o que queremos dizer.

Uma vez um explorador foi enviado pelos seus a um lugar perdido na selva amazónica. A sua missão consistia em fazer um levantamento detalhado da área. Como o explorador era um especialista no seu ofício, fez a sua tarefa com grande cuidado e perícia. Nenhum canto foi deixado sem ser explorado.
Ele descobriu quais eram as plantas e os animais, as características de cada estação, os segredos do grande rio que atravessa toda a região, as chuvas, os ventos, as possibilidades para a vida humana neste local remoto...
Quando, finalmente, ele acreditou que sabia tudo, decidiu regressar para transmitir a quem o tinha enviado o corpo de conhecimentos adquiridos.
Os seus receberam-no com expectativa… Eles queriam saber tudo sobre a Amazónia. Mas o explorador experiente percebeu, naquele momento, a incapacidade de responder aos desejos de seu povo. 
Como poderia ele transmitir a beleza incomparável do lugar, ou a harmonia profunda da noite que conseguiam elevar o seu coração? 
Como poderia compartilhar com eles o sentimento de profunda solidão que retinha à noite, o medo que o paralisou perante as feras selvagens do lugar ou o senso incomum de liberdade que ele sentia quando conduzia a canoa pelas águas incertas do rio?
Então, depois de pensar sobre isso, o explorador tomou uma decisão e disse: 
"- Ide e conhecei vós mesmos o lugar. Nada pode substituir o risco e a experiência pessoal. "Mas ele teve medo… Se alguma coisa acontece com eles… Se não sabem chegar… Então ele fez um mapa para guiá-los. Todos fizeram cópias, distribuindo-as e foram para a Amazónia munidos com o mapa que tinham recebido.
Todos os que tinham uma cópia consideravam-se especialistas. Não se conheciam, através do mapa, cada curva da estrada, lugares perigosos, a largura e profundidade do rio, os rápidos e as cachoeiras?
No entanto, o explorador lamentou durante toda a sua vida ter-lhes dado o mapa… Teria sido melhor não o dar a eles.

Esta história tem, talvez, muito a dizer com o ministério catequético. Não se trata de ajudar os catequizandos a explorar a selva, introduzindo-os nos meandros ou no preciosismo de uma informação doutrinária detalhada, mas principalmente para ajudar a encontrar o Deus de Jesus Cristo.

Embora seja verdade que a catequese inclui tarefas de instrução, de iniciação e educação, também é verdade que ela é um ministério ao serviço da fé. Trata-se, acima de tudo, de promover que os nossos interlocutores vivam a sua própria experiência de fé, sempre única, pessoal e intransferível.
Quando os interlocutores da catequese começam a viver a sua fé assim, como verdadeiros exploradores, com algum risco e embarcando numa espécie de "aventura pessoal", podemos dizer que este "novo nascimento" os afeta inteiramente e os abre para uma nova realidade, para realizar uma nova forma de existência.

Talvez eles, em caminhos anteriores, tenham recebido muitos mapas e estão, portanto, convencidos de ser verdadeiros especialistas nas questões da fé... Mas eles não conseguem olhar a vida com olhos de crentes. Talvez esses mapas os tenham dececionado, eles não conduziram a um encontro com Jesus e permaneceram em questões externas que criticam altamente ou que aceitam com resignação ou sem reflexão.
Talvez nós mesmos, seus catequistas, lhes tenhamos oferecido alguns mapas pré-fabricados, que serviram para nós, mas que não servem para eles. Sugerimos caminhos que nós mesmos temos percorrido, com mais ou menos sucesso, mas não os deixamos explorar e aventurar-se para encontrar-se, finalmente, com o Senhor.

Nem se trata de improvisar ou deixá-los sozinhos. Talvez seja a hora, para desvendar o significado e profundidade de uma pedagogia que Jesus conhecia muito bem: o acompanhamento. Esse caminhar acompanhando o que procura, permitindo-lhe que continue procurando... Esse caminhar, no início de modo quase impercetível e depois tão encarnada na vida do catequisando.
Um caminhar que não violenta, que não apressa, que não para e que, recorrendo à Palavra, vai deixando chegar… Cada um tem o seu tempo, com respeito aos tempos do outro, e de acordo com as suas possibilidades. Mas, por fim, arde o coração e dá-se o encontro que se celebra com o Pão compartilhado. A pedagogia do acompanhamento não se desenha em mapas, mas andando e acompanhando os caminhos pessoais e comunitários de procura.

Como catequistas, podemos propor indagar por aqui algumas das respostas pendentes para o fracasso atual da iniciação cristã. Pode muito bem ser possível iniciar-se ou retornar à fé, descartando mapas antigos e aprendendo a olhar a vida com olhos de crentes.

[1] Cf. Juan Pablo II, Ex. Ap. Catechesi Tradendae, 26-27no “Guía para los catequistas”, aprovada por Juan Pablo II a 16 de junho de 1992.

[2] Ao terceiro dia, celebrava-se uma boda em Caná da Galileia e a mãe de Jesus estava lá. Jesus e os seus discípulos também foram convidados para a boda. Como viesse a faltar o vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: «Não têm vinho!»
Jesus respondeu-lhe: «Mulher, que tem isso a ver contigo e comigo? Ainda não chegou a minha hora.» Sua mãe disse aos serventes: «Fazei o que Ele vos disser!»
Ora, havia ali seis vasilhas de pedra preparadas para os ritos de purificação dos judeus, com capacidade de duas ou três medidas cada uma. Disse-lhes Jesus: «Enchei as vasilhas de água.» Eles encheram-nas até cima. Então ordenou-lhes: «Tirai agora e levai ao chefe de mesa.»
E eles assim fizeram. O chefe de mesa provou a água transformada em vinho, sem saber de onde era - se bem que o soubessem os serventes que tinham tirado a água; chamou o noivo e disse-lhe: «Toda a gente serve primeiro o vinho melhor e, depois de terem bebido bem, é que serve o pior. Tu, porém, guardaste o melhor vinho até agora!»
Assim, em Caná da Galileia, Jesus realizou o primeiro dos seus sinais miraculosos, com o qual manifestou a sua glória, e os discípulos creram nele. Depois disto, desceu a Cafarnaúm com sua mãe, os irmãos e os seus discípulos, e ficaram ali apenas alguns dias. (Jo 2,1-12)

Fonte: (Escrito por Pe. José Luis Quijano. Publicado em Catequese)





O Papa Francisco apelou à construção da Fé firme, fundada em Jesus.

O Papa Francisco convidou os cristãos a seguirem e a terem “fundamento” em Jesus recusando ser “cristãos de aparência, que caem nas primeiras tentações”.

“Os orgulhosos, os vaidosos, os cristãos de aparência serão derrubados, humilhados. Os pobres serão os que vão triunfar, os pobres em espírito, aqueles que diante de Deus não se sentem importantes, os humildes, e realizam a salvação, colocando em prática a Palavra do Senhor”, disse o Papa Francisco, durante a homilia da Missa a que presidiu na capela da Casa de Santa Marta
Segundo o Papa, inspirado no Evangelho de São Mateus (7, 21.24-27) sobre a construção na casa sobre a areia, muitos cristãos de aparência “caem nas primeiras tentações” porque lhes falta “substância”.

“A alegria de um cristão é saber que em Deus há esperança, há perdão, há paz, há alegria”, observou.
Aos presentes, explicou que existem os “santos da vida quotidiana”, que põem em prática a Palavra de Deus e construíram a casa sobre a rocha, que é Cristo.

“Pensemos nos pequeninos, nos doentes que oferecem os seus sofrimentos pela Igreja, pelos outros; nos idosos sozinhos que rezam e oferecem. Pensemos em tantas mães e pais de família que levam com muita dificuldade a sua família, a educação dos filhos, o trabalho quotidiano, os problemas, mas sempre com a esperança em Jesus, sem aparecer, mas fazendo o que podem”..., exemplificou.
O pontífice argentino apresentou ainda como exemplo os sacerdotes que nas paróquias trabalham “com tanto amor”, sem se exibirem, dedicando-se à catequese, às crianças, ao cuidado dos idosos, dos doentes ou à preparação dos recém-casados.

“E todos os dias a mesma coisa, todos os dias, não se aborrecem, porque o seu fundamento está na rocha. É Jesus, é Ele quem dá a santidade à Igreja, é isso que dá esperança”..., acrescentou.

Neste contexto, o Papa Francisco apelou que se pense “muito” na santidade “escondida que existe na Igreja”.
“Às vezes”, desenvolveu, alguns desses cristãos cometem um “pecado grave” mas “arrependem-se, pedem perdão” o que para o Papa é uma “grande capacidade”.

O Papa pediu ainda que neste tempo de Advento, de preparação para o Natal, se peça “ao Senhor” firmeza na rocha que “é Ele, a esperança” eterna, ao contrário de “coisas que hoje existem e amanhã não”.

Fonte: (Cidade do Vaticano, 04 dez 2014 (Ecclesia))



Leituras e Evangelho 07/12/2014

LEITURA I Is 40, 1-5.9-11 
«Preparai o caminho do Senhor»
O Senhor anuncia ao Seu Povo, através do profeta, a sua libertação do exílio da Babilónia e o seu regresso ao país dos seus antepassados. Por iniciativa amorosa de Deus, a salvação aproxima-se e torna-se, por isso, necessário que a alegre notícia seja proclamada e todos colaborem, seguindo as instruções divinas e abrindo o caminho, através do qual o povo poderá encontrar a salvação e a paz.
Iguais disposições devem animar todos aqueles que, no Advento, aguardam a vinda de Deus, em Cristo, para nos libertar do pecado e nos reunir na Igreja, a verdadeira Jerusalém, onde Ele habita.

Leitura do Livro de Isaías
Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém e dizei-lhe em alta voz que terminaram os seus trabalhos e está perdoada a sua culpa, porque recebeu da mão do Senhor duplo castigo por todos os seus pecados. Uma voz clama: «Preparai no deserto o caminho do Senhor, abri na estepe uma estrada para o nosso Deus. Sejam alteados todos os vales e abatidos os montes e as colinas; endireitem-se os caminhos tortuosos e aplanem-se as veredas escarpadas. Então se manifestará a glória do Senhor e todo o homem verá a sua magnificência, porque a boca do Senhor falou». Sobe ao alto dum monte, arauto de Sião! Grita com voz forte, arauto de Jerusalém! Levanta sem temor a tua voz e diz às cidades de Judá: «Eis o vosso Deus. O Senhor Deus vem com poder, o seu braço dominará. Com Ele vem o seu prémio, precede-O a sua recompensa. Como um pastor apascentará o seu rebanho e reunirá os animais dispersos; tomará os cordeiros em seus braços, conduzirá as ovelhas ao seu descanso».
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 84 (85), 9ab-10.11-12.13-14 (R. 8)
Refrão: Mostrai-nos o vosso amor e dai-nos a vossa salvação. Repete-se
Ou: Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia.
Repete-se

Escutemos o que diz o Senhor: Deus fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis.
A sua salvação está perto dos que O temem e a sua glória habitará na nossa terra. Refrão

Encontraram-se a misericórdia e a fidelidade, abraçaram-se a paz e a justiça.
A fidelidade vai germinar da terra e a justiça descerá do Céu. Refrão

O Senhor dará ainda o que é bom e a nossa terra produzirá os seus frutos.
A justiça caminhará à sua frente e a paz seguirá os seus passos. Refrão

LEITURA II 2 Pedro 3, 8-14
«Esperamos os novos céus e a nova terra»
Deus executa pela Incarnação, os Seus desígnios de salvação. No entanto, Deus não pode salvar o homem sem a sua colaboração. Para lhe conceder a filiação divina, espera que o homem lhe dê uma resposta, pela fé e se volte para Ele, pela conversão.
O tempo entre a primeira e a segunda vinda é o tempo da paciência de Deus, em que concede ao homem a possibilidade de compartilhar a vida de Deus.
Vivendo neste mundo destinado à transfiguração da Parusia, o cristão procura viver em comunhão com Deus, pela oração, pela Eucaristia e na santidade de vida, preparando-se, na serena confiança para o Dia do Senhor.

Leitura da Segunda Epístola de São Pedro
Há uma coisa, caríssimos, que não deveis esquecer: um dia diante do Senhor é como mil anos e mil anos como um dia. O Senhor não tardará em cumprir a sua promessa, como pensam alguns. Mas usa de paciência para convosco e não quer que ninguém pereça, mas que todos possam arrepender-se. Entretanto, o dia do Senhor virá como um ladrão: nesse dia, os céus desaparecerão com fragor, os elementos dissolver-se-ão nas chamas e a terra será consumida com todas as obras que nela existem. Uma vez que todas as coisas serão assim dissolvidas, como deve ser santa a vossa vida e grande a vossa piedade, esperando e apressando a vinda do dia de Deus, em que os céus se dissolverão em chamas e os elementos se fundirão no ardor do fogo! Nós esperamos, segundo a promessa do Senhor, os novos céus e a nova terra, onde habitará a justiça. Portanto, caríssimos, enquanto esperais tudo isto, empenhai-vos, sem pecado nem motivo algum de censura, para que o Senhor vos encontre na paz.
Palavra do Senhor.

ALELUIA Lc 3, 4.6 
Refrão: Aleluia. Repete-se
Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas e toda a criatura verá a salvação de Deus. Refrão

EVANGELHO Mc 1, 1-8
«Endireitai os caminhos do Senhor»
O cristão não pode fugir para o deserto, alheando-se dos graves problemas do nosso tempo, como a fome, a falta de cultura ou a injustiça, pois Deus deseja que todo o homem seja Seu colaborador na Sua obra da criação, contribuindo, com todas as suas forças para a construção dum mundo melhor. No entanto, o cristão se não quiser atraiçoar a sua missão, tem de manter sempre a espiritualidade do deserto, ensinada pelo Precursor.
«Se os cristãos perdessem o sentido da conversão a Deus, o cristianismo que testemunham, não apresentaria senão o aspecto dum humanismo entre outros e ver-se-ia privado de toda a densidade propriamente religiosa». (Thiery Maertens).

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos 
Início do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. Está escrito no profeta Isaías: «Vou enviar à tua frente o meu mensageiro, que preparará o teu caminho. Uma voz clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas’». Apareceu João Baptista no deserto, a proclamar um baptismo de penitência para remissão dos pecados. Acorria a ele toda a gente da região da Judeia e todos os habitantes de Jerusalém e eram baptizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. João vestia-se de pêlos de camelo, com um cinto de cabedal em volta dos rins, e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. E, na sua pregação, dizia: «Vai chegar depois de mim quem é mais forte do que eu, diante do qual eu não sou digno de me inclinar para desatar as correias das suas sandálias. Eu baptizo-vos na água, mas Ele baptizar-vos-á no Espírito Santo».
Palavra da salvação.