sexta-feira, 29 de março de 2013

Leituras e Evangelho 31/03/2013

Leitura I Act. 10, 34a, 37-43 
Diante de pagãos, em casa do centurião Cornélio, Pedro anuncia o que já lhes havia chegado aos ouvidos: Cristo ressuscitou! E, completando aquela «boa notícia», garantindo, com o seu testemunho pessoal, a verdade dos acontecimentos daqueles dias, o Apóstolo explica-lhes o que eles querem dizer:
– Jesus de Nazaré, homem que viveu como eles e com Quem Pedro convivera, não é um simples homem. Ungido do Espírito de Deus, tem a plenitude de Deus em Si. Ele é o Messias, o Filho de Deus, como o demonstrou pelos milagres por ele mesmo presenciados e, sobretudo pelo milagre definitivo – a Ressurreição. 
Pela Ressurreição, de que Pedro é testemunha, Jesus de Nazaré é o Juiz dos vivos e dos mortos, é o Salvador de todos os homens, judeus ou pagãos. 

Leitura dos Actos dos Apóstolos
Naqueles dias, Pedro tomou a palavra e disse: «Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do baptismo que João pregou: Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré, que passou fazendo o bem e curando a todos os que eram oprimidos pelo Demónio, porque Deus estava com Ele. Nós somos testemunhas de tudo o que Ele fez no país dos judeus e em Jerusalém; e eles mataram-n'O, suspendendo-O na cruz. Deus ressuscitou-O ao terceiro dia e permitiu-Lhe manifestar-Se¬, não a todo o povo, mas às testemunhas de antemão designadas por Deus, a nós que comemos e bebemos com Ele, depois de ter ressuscitado dos mortos. Jesus mandou-nos pregar ao povo e testemunhar que Ele foi constituído por Deus juiz dos vivos e dos mortos. É d'Ele que todos os profetas dão o seguinte testemunho: quem acredita n’Ele recebe pelo seu nome a remissão dos pecados».
Palavra do Senhor.

Leitura II Col. 3, 1-4
Pelo seu Baptismo, o cristão morreu para o pecado e ressuscitou com Cristo para uma vida nova. Desde esse momento, recebeu a missão de, à semelhança de Cristo, conduzir os homens e todas as coisas para o Pai. 
Inserido nas realidades divinas, não pode alhear-se do mundo, nem ficar indiferente aos esforços dos homens relativamente à construção dum mundo de felicidade, justiça e paz. 
Inserido nas realidades da terra, não pode encerrar-se no mundo, trabalhando só para fins terrenos, esquecido do destino final do homem e do mundo. 
Feito nova criatura pela Ressurreição de Cristo, o cristão viverá a vida de cada dia, sem perder de vista o fim superior, para que foi criado. 

Leitura da Epístola do apóstolo S. Paulo aos Colossenses
Irmãos: Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto, onde Cristo Se encontra, sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra. Porque vós morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a vossa vida, Se manifestar, então também vós vos haveis de manifestar com Ele na glória.
Palavra do Senhor.

Ou I Cor 5, 6b-8 
Para significar o começo de uma nova existência, que teve lugar com a libertação do Egipto, os judeus celebravam a Páscoa com pão sem fermento, pois deitavam para fora de casa o fermento antigo. 
Com Cristo Ressuscitado, começou para o Povo de Deus uma vida nova. Por isso, o cristão, deitando fora o fermento antigo (o pecado e a mentira), deve ser pão «ázimo», liberto de todo o mal, de tal modo que nele transpareça sempre a presença do Espírito.

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios
Irmãos: Não sabeis que um pouco de fermento leveda toda a massa? Purificai-vos do velho fermento, para serdes uma nova massa, visto que sois pães ázimos. Cristo, o nosso cordeiro pascal, foi imolado. Celebremos a festa, não com fermento velho, nem com fermento de malícia e perversidade, mas com os pães ázimos da pureza e da verdade. 
Palavra do Senhor.

ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO I Cor 5, 7b-8a
Refrão: Aleluia. Repete-se
Cristo, nosso Cordeiro Pascal, foi imolado: celebremos a festa do Senhor. Refrão

Evangelho Jo 20, 1-9
Pedro e João, juntamente com Madalena, são as primeiras testemunhas do túmulo vazio, naquela manhã de Páscoa. Não foi, porém, muito facilmente que eles chegaram à conclusão de que Jesus estava vivo. A sua fé será progressiva, caminhará entre incredulidade e dúvidas. Só perante as ligaduras e o lençol, cuidadosamente dobrados, o que excluía a hipótese de roubo, se lhes começam a abrir os olhos para a realidade.
No seu amor intuitivo, João é o primeiro a compreender os sinais da Ressurreição. Mas bem depressa Pedro, que, não por acaso mas intencionalmente, ocupa o primeiro lugar e nos aparece já nesta manhã como Chefe do Colégio Apostólico, descobre a verdade, anunciada tão claramente pela Escritura e pelo mesmo Jesus. Depois, em contacto pessoal com o Ressuscitado, a sua fé tornar-se-á firme como «rocha» inabalável. 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. João 
No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro. Correu então e foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo que Jesus amava e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram». Pedro partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte. Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou. Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.
Palavra da Salvação.

Em vez deste Evangelho pode ler-se o que se leu na Vigília da Noite Santa. Nas Missas Vespertinas pode ler-se o Evangelho de Lc 24, 13-15.

EVANGELHO (Facultativo para as Missas Vespertinas) Lc. 24, 13-35
A pedagogia catequística de Lucas, ao descrever o encontro de Cristo com os discípulos de Emaús, mostra-nos bem qual é o caminho, que leva o cristão a um verdadeiro encontro com Jesus. Na verdade, foi através da Sagrada Escritura que o conhecimento dos discípulos acerca de Jesus se aprofundou e se lhes revelou, claramente, o sentido da Sua missão. Foi, porém, na Eucaristia que 
O encontraram: Aquele que julgavam perdido para sempre, está vivo e permanece com eles na Eucaristia. A Escritura e a Eucaristia, como o ensinou o Concílio Vaticano II, são os dois modos pelos quais nos alimentamos do «Pão da Vida» (DV 21). 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Lucas 
Dois dos discípulos de Jesus iam a caminho duma povoação chamada Emaús, que ficava a duas léguas de Jerusalém. Conversavam entre si sobre tudo o que tinha sucedido. Enquanto falavam e discutiam, Jesus aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho. Mas os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem. Ele perguntou-lhes: «Que palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho?». Pararam, com ar muito triste, e um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único habitante de Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias». E Ele perguntou: «Que foi?». Responderam-Lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; e como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes O entregaram para ser condenado à morte e crucificado. Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de libertar Israel. Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que isto aconteceu. É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos sobressaltaram: foram de madrugada ao sepulcro, não encontraram o corpo de Jesus e vieram dizer que lhes tinham aparecido uns Anjos, a anunciar que Ele estava vivo. Alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas a Ele não O viram». Então Jesus disse-lhes «Homens sem inteligência e lentos de espírito para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram! Não tinha o Messias de sofrer tudo isso para entrar na sua glória?». Depois, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicou-lhes em todas as Escrituras o que Lhe dizia respeito. Ao chegarem perto da povoação para onde iam, Jesus fez menção de seguir para diante. Mas eles convenceram-n'O a ficar, dizendo: «Ficai connosco, porque o dia está a terminar e vem caindo a noite». Jesus entrou e ficou com eles.
E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho. Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n'O. Mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram então um para o outro: «Não ardia cá dentro o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?». Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com eles, que diziam: «Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão». E eles contaram o que tinha acontecido no caminho e como O tinham reconhecido ao partir o pão.
Palavra da Salvação.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Leituras e Evangelho 24/03/2013

Leitura I Is. 50, 4-7
«Não desviei o meu rosto dos que Me ultrajavam, mas sei que não ficarei desiludido»
Esta leitura é um dos chamados “Cânticos do Servo do Senhor”. Este Servo revela-se plenamente em Jesus, na sua Paixão: Ele escuta a palavra do Pai e responde-lhe cheio de confiança, oferecendo-Se, em obediência total, pela salvação dos homens.

Leitura do Livro de Isaías
O Senhor deu-me a graça de falar como um discípulo, para que eu saiba dizer uma palavra de alento aos que andam abatidos. Todas as manhãs Ele desperta os meus ouvidos, para eu escutar, como escutam os discípulos. O Senhor Deus abriu-me os ouvidos e eu não resisti nem recuei um passo. Apresentei as costas àqueles que me batiam e a face aos que me arrancavam a barba; não desviei o meu rosto dos que me insultavam e cuspiam. Mas o Senhor Deus veio em meu auxílio, e, por isso, não fiquei envergonhado; tornei o meu rosto duro como pedra, e sei que não ficarei desiludido.
Palavra do Senhor.

LEITURA II Filip 2, 6-11
«Humilhou-Se a Si próprio; por isso Deus O exaltou»
Esta leitura é também um cântico, mas agora do Novo Testamento, muito provavelmente em uso nas primitivas comunidades cristãs. Nele é celebrado o Mistério Pascal: Cristo fez-Se um de nós, obedeceu aos desígnios do Pai e humilhou-Se até à morte, e foi, por isso, exaltado até à glória de “Senhor”, que é a própria glória de Deus.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses
Cristo Jesus, que era de condição divina, não Se valeu da sua igualdade com Deus, mas aniquilou-Se a Si próprio. Assumindo a condição de servo, tornou-Se semelhante aos homens. Aparecendo como homem, humilhou-Se ainda mais, obedecendo até à morte e morte de cruz. Por isso Deus O exaltou e Lhe deu um nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus todos se ajoelhem no céu, na terra e nos abismos, e toda a língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.
Palavra do Senhor.

Evangelho – forma longa Lc 22, 14 – 23, 56
São Lucas é evangelista especialmente culto, pois que, segundo a tradição, era médico, e muito atento a circunstâncias mais significativas da sensibilidade dos participantes da Paixão do Senhor, como na referência às mulheres que desde a Galileia O tinham acompanhado e Lhe saíram ao encontro no caminho do Calvário e O seguiram até à hora da sua morte; é ele o único que refere o suor de sangue na agonia de Jesus, como também a oração do bom ladrão na cruz e o perdão que em resposta o Senhor lhe oferece. Ele é, de facto, o evangelista da misericórdia de Jesus.

Narrador: - Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas:
Quando chegou a hora,Jesus sentou-Se à mesa com os seus Apóstolos e disse-lhes:
Jesus: - «Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa, antes de padecer; pois digo-vos que não tornarei a comê-la, até que se realize plenamente no reino de Deus».
Narrador: Então, tomando um cálice, deu graças e disse:
Jesus: - «Tomai e reparti entre vós, pois digo-vos que não tornarei a beber do fruto da videira, até que venha o reino de Deus».
Narrador: Depois tomou o pão e, dando graças, partiu-o e deu-lho, dizendo:
Jesus: - «Isto é o meu Corpo entregue por vós. Fazei isto em memória de Mim».
Narrador: No fim da ceia, fez o mesmo com o cálice, dizendo:
Jesus: - «Este cálice é a nova aliança no meu Sangue, derramado por vós. Entretanto, está comigo à mesa a mão daquele que Me vai entregar. O Filho do homem vai partir, como está determinado. Mas ai daquele por quem Ele vai ser entregue!».
Narrador: Começaram então a perguntar uns aos outros qual deles iria fazer semelhante coisa. Levantou-se também entre eles uma questão: qual deles se devia considerar o maior? Disse-lhes Jesus:
Jesus: - «Os Reis das nações exercem domínio sobre elas e os que têm sobre elas autoridade são chamados benfeitores. Vós não deveis proceder desse modo. O maior entre vós seja como o menor e aquele que manda seja como quem serve. Pois quem é o maior: o que está à mesa ou o que serve? Não é o que está à mesa?
Ora Eu estou no meio de vós como aquele que serve. Vós estivestes sempre comigo nas minhas provações. E Eu preparo para vós um reino, como meu Pai o preparou para Mim: comereis e bebereis à minha mesa, no meu reino, e sentar-vos-eis em tronos, a julgar as doze tribos de Israel. Simão, Simão, Satanás vos reclamou para vos agitar na joeira como trigo. Mas Eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça. E tu, uma vez convertido, fortalece os teus irmãos».
Narrador: Pedro respondeu-Lhe:
Resto: - «Senhor, eu estou pronto a ir contigo, até para a prisão e para a morte».
Narrador: Disse-lhe Jesus:
Jesus: - «Eu te digo, Pedro: Não cantará hoje o galo, sem que tu, por três vezes, negues conhecer-Me».
Narrador: Depois acrescentou:
Jesus: - «Quando vos enviei sem bolsa nem alforge nem sandálias, faltou-vos alguma coisa?».
Narrador: - Eles responderam que não lhes faltara nada. Disse-lhes Jesus:
Jesus: - «Mas agora, quem tiver uma bolsa pegue nela, bem como no alforge; e quem não tiver espada venda a capa e compre uma. Porque Eu vos digo que se deve cumprir em Mim o que está escrito: ‘Foi contado entre os malfeitores’. Na verdade, o que Me diz respeito está a chegar ao fim».
Narrador: Eles disseram:
Resto: - «Senhor, estão aqui duas espadas».
Narrador: Mas Jesus respondeu:
Jesus: - «Basta».
Narrador: Então saiu e foi, como de costume, para o monte das Oliveiras e os discípulos acompanharam-n’O. Quando chegou ao local, disse-lhes:
Jesus: - «Orai, para não entrardes em tentação».
Narrador: Depois afastou-Se deles cerca de um tiro de pedra e, pondo-Se de joelhos, começou a orar, dizendo:
Jesus: - «Pai, se quiseres, afasta de Mim este cálice. Todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua».
Narrador: Então apareceu-Lhe um Anjo, vindo do Céu, para O confortar. Entrando em angústia, orava mais instantemente e o suor tornou-se-Lhe como grossas gotas de sangue, que caíam na terra. Depois de ter orado, levantou-Se e foi ter com os discípulos, que encontrou a dormir, por causa da tristeza. Disse-lhes Jesus:
Jesus: - «Porque estais a dormir? Levantai-vos e orai, para não entrardes em tentação».
Narrador: - Ainda Ele estava a falar, quando apareceu uma multidão de gente. O chamado Judas, um dos Doze, vinha à sua frente e aproximou-se de Jesus, para O beijar. Disse-lhe Jesus:
Jesus: - «Judas, é com um beijo que entregas o Filho do homem?».
Narrador: Ao verem o que ia suceder, os que estavam com Jesus perguntaram-Lhe:
Resto: - «Senhor, vamos feri-los à espada?».
Narrador: E um deles feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. Mas Jesus interveio, dizendo:
Jesus: - «Basta! Deixai-os».
Narrador: E, tocando na orelha do homem, curou-o. Disse então Jesus aos que tinham vindo ao seu encontro, príncipes dos sacerdotes, oficiais do templo e anciãos:
Jesus: - «Vós saístes com espadas e varapaus, como se viésseis ao encontro dum salteador.
Eu estava todos os dias convosco no templo e não Me deitastes as mãos. Mas esta é a vossa hora e o poder das trevas.»
Narrador: Apoderaram-se então de Jesus, levaram-n’O e introduziram-n’O em casa do sumo sacerdote. Pedro seguia-os de longe. Acenderam uma fogueira no meio do pátio, sentaram-se em volta dela e Pedro foi sentar-se no meio deles. Ao vê-lo sentado ao lume,
uma criada, fitando os olhos nele, disse:
Resto: - «Este homem também andava com Jesus».
Narrador: Mas Pedro negou:
Resto: - «Não O conheço, mulher».
Narrador: Pouco depois, disse outro, ao vê-lo:
Resto: - «Tu também és um deles».
Narrador: Mas Pedro disse:
Resto: - «Homem, não sou».
Narrador: Passada mais ou menos uma hora, afirmava outro com insistência:
Resto: - «Esse homem, com certeza, também andava com Jesus, pois até é galileu».
Narrador: Pedro respondeu:
Resto: - «Homem, não sei o que dizes».
Narrador: Nesse instante – ainda ele falava – um galo cantou. O Senhor voltou-Se e fitou os olhos em Pedro. Então Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, quando lhe disse: ‘Antes de o galo cantar, Me negarás três vezes’. E, saindo para fora, chorou amargamente. Entretanto, os homens que guardavam Jesus troçavam d’Ele e maltratavam-n’O. Cobrindo-Lhe o rosto, perguntavam-Lhe:
Resto: - «Adivinha, profeta: Quem Te bateu?».
Narrador: E dirigiam-Lhe muitos outros insultos. Ao romper do dia, reuniu-se o conselho dos anciãos do povo, os príncipes dos sacerdotes e os escribas. Levaram-n’O ao seu tribunal e disseram-Lhe:
Resto: - «Diz-nos se Tu és o Messias».
Narrador: Jesus respondeu-lhes:
Jesus: - «Se Eu vos disser, não acreditareis e, se fizer alguma pergunta, não respondereis. Mas o Filho do homem sentar-Se-á doravante à direita do poder de Deus».
Narrador: Disseram todos:
Resto: - «Tu és então o Filho de Deus?».
Narrador: Jesus respondeu-lhes:
Jesus: - «Vós mesmos dizeis que Eu sou».
Narrador: Então exclamaram:
Resto: - «Que necessidade temos ainda de testemunhas? Nós próprios o ouvimos da sua boca».
Narrador: Levantaram-se todos e levaram Jesus a Pilatos. Começaram a acusá-l’O, dizendo:
Resto: - «Encontrámos este homem a sublevar o nosso povo, a impedir que se pagasse o tributo a César e dizendo ser o Messias-Rei».
Narrador: Pilatos perguntou-Lhe:
Resto: - «Tu és o Rei dos judeus?».
Narrador: Jesus respondeu-lhe:
Jesus: - «Tu o dizes».
Narrador: Pilatos disse aos príncipes dos sacerdotes e à multidão:
Resto: - «Não encontro nada de culpável neste homem».
Narrador: Mas eles insistiam:
Resto: - «Amotina o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia, onde começou, até aqui».
Narrador: Ao ouvir isto, Pilatos perguntou se o homem era galileu; e, ao saber que era  a jurisdição de Herodes, enviou-O a Herodes, que também estava nesses dias em  Jerusalém. Ao ver Jesus, Herodes ficou muito satisfeito. Havia bastante tempo que O queria ver, pelo que ouvia dizer d’Ele, e esperava que fizesse algum milagre na sua presença. Fez-Lhe muitas perguntas, mas Ele nada respondeu. Os príncipes dos sacerdotes e os escribas que lá estavam acusavam-n’O com insistência. Herodes, com os seus oficiais, tratou-O com desprezo e, por troça, mandou-O cobrir com um manto magnífico e remeteu-O a Pilatos. Herodes e Pilatos, que eram inimigos, ficaram amigos nesse dia. Pilatos convocou os príncipes dos sacerdotes, os chefes e o povo, e disse-lhes:
Resto: - «Trouxestes este homem à minha presença como agitador do povo. Interroguei-O diante de vós e não encontrei n’Ele nenhum dos crimes de que O acusais. Herodes também não, uma vez que no-l’O mandou de novo. Como vedes, não praticou nada que mereça a morte. Vou, portanto, soltá-l’O, depois de O mandar castigar».
Narrador: Pilatos tinha obrigação de lhes soltar um preso por ocasião da festa. E todos se puseram a gritar:
Resto: - «Mata Esse e solta-nos Barrabás».
Narrador: Barrabás tinha sido metido na cadeia por causa de uma insurreição desencadeada na cidade e por assassínio. De novo Pilatos lhes dirigiu a palavra, querendo libertar Jesus. Mas eles gritavam:
Resto: - «Crucifica-O! Crucifica-O!».
Narrador: Pilatos falou-lhes pela terceira vez:
Resto: - «Mas que mal fez este homem? Não encontrei n’Ele nenhum motivo de morte.
Por isso vou soltá-l’O, depois de O mandar castigar».
Narrador: Mas eles continuavam a gritar, pedindo que fosse crucificado, e os seus clamores aumentavam de violência. Então Pilatos decidiu fazer o que eles pediam: soltou aquele que fora metido na cadeia por insurreição e assassínio, como eles reclamavam, e entregou-lhes Jesus para o que eles queriam.
Quando O conduziam, lançaram mão de um certo Simão de Cirene, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas, para a levar atrás de Jesus. Seguia-O grande multidão de povo e mulheres que batiam no peito e se lamentavam, chorando por Ele. Mas Jesus voltou-Se para elas e disse-lhes:
Jesus: - «Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim; chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos; pois dias virão em que se dirá: ‘Felizes as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram’. Começarão a dizer aos montes: ‘Caí sobre nós’; e às colinas: ‘Cobri-nos’. Porque, se tratam assim a madeira verde, que acontecerá à seca?».
Narrador: Levavam ainda dois malfeitores para serem executados com Jesus. Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, crucificaram-n’O a Ele e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. Jesus dizia:
Jesus: - «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem».
Narrador: Depois deitaram sortes, para repartirem entre si as vestes de Jesus. O povo permanecia ali a observar. Por sua vez, os chefes zombavam e diziam:
Resto: - «Salvou os outros: salve-Se a Si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito».
Narrador: Também os soldados troçavam d’Ele; aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre, diziam:
Resto: - «Se és o Rei dos judeus, salva-Te a Ti mesmo».
Nrrador: - Por cima d’Ele havia um letreiro: «Este é o Rei dos judeus».
Entretanto, um dos malfeitores  que tinham sido crucificados insultava-O, dizendo:
Resto: - «Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e a nós também».
Narrador: Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o:
Resto: - «Não temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça,
pois recebemos o castigo das nossas más acções. Mas Ele nada praticou de condenável».
Narrador: E acrescentou:
Resto: - «Jesus, lembra-Te de mim, quando vieres com a tua realeza».
Narrador: Jesus respondeu-lhe:
Jesus: - «Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso».
Narrador: - Era já quase meio-dia, quando as trevas cobriram toda a terra, até às três horas da tarde, porque o sol se tinha eclipsado. O véu do templo rasgou-se ao meio. E Jesus exclamou com voz forte:
Jesus: - «Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito».
Narrador: Dito isto, expirou. Vendo o que sucedera, o centurião deu glória a Deus, dizendo:
Resto: - «Realmente este homem era justo».
Narrador: E toda a multidão que tinha assistido àquele espectáculo, ao ver o que se passava, regressava batendo no peito. Todos os conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que O acompanhavam desde a Galileia, mantinham-se à distância, observando estas coisas.
Havia um homem chamado José, da cidade de Arimateia, que era pessoa recta e justa e esperava o reino de Deus. Era membro do Sinédrio, mas não tinha concordado com a decisão e o proceder dos outros. Foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. E depois de o ter descido da cruz, envolveu-o num lençol e depositou-o num sepulcro escavado na rocha, onde ninguém ainda tinha sido sepultado.
Era o dia da Preparação e começavam a aparecer as luzes do sábado. Entretanto, as mulheres que tinham vindo com Jesus da Galileia acompanharam José e observaram o sepulcro e a maneira como fora depositado o corpo de Jesus. No regresso, prepararam aromas e perfumes. E no sábado guardaram o descanso, conforme o preceito.
Palavra da salvação.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Sábado e Domingo de Ramos - 2012/2013

No próximo Sábado, dia 23 de Março, Sábado não haverá catequese para os catequizandos do 1º ao 6º anos.
Por volta das 20 horas terá início a Via Sacra, para o qual estão convidadas todas as crianças (principalmente a partir do 4º ano, inclusive) e todas as restantes pessoas da paróquia.
No dia seguinte, Domingo dia 24 de Março, haverá a Missa de Ramos, onde estão convidados a estar presentes todos os catequizandos, por volta das 9:30, acompanhados por um adulto, e de preferência com um ramo de oliveira.
As actividades catequéticas, que serão interrompidas pelas festividades Pascais e em honra de Santa Apolónia, só retomarão a actividade normal no dia 13 de Abril, com a Missa da Catequese.

Nem tudo na vida é fácil

É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada.
É difícil ser fiel, assim como é fácil aventurar-se.
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil ver o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil convencer-se de que se é feliz, assim como é fácil achar que falta sempre alguma coisa.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se errou, peça desculpas... É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou consigo, perdoa-o... É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil  arrepender-se?
Se sente algo, diga... É difícil abrir-se? Mas quem disse que é fácil encontrar alguém que queira escutar?
Se reclamarem de si, ouça... É fácil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir-lo? 
Se alguém lhe ama, ame-o... É fácil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida... Mas, com certeza, nada é impossível...

Precisamos de acreditar, ter fé e lutar para que não apenas sonhemos, mas também tornemos todos estes sonhos, realidade..


quarta-feira, 20 de março de 2013

Cardeal Jorge Mário Bergoglio! Papa Francisco!


"Deus nunca se cansa de nos perdoar, somos nós que nos cansamos de pedir perdão."



sexta-feira, 15 de março de 2013

Leituras e Evangelho 17/03/2013

LEITURA I Is 43, 16-21
«Vou realizar uma coisa nova: matarei a sede ao meu povo»
A história da salvação acompanha todos os tempos e o que Deus fez, no passado em favor do seu povo, continua a fazê-lo no presente. Nesta leitura, o Profeta, que anuncia o regresso do exílio, onde o povo de Deus esteve em cativeiro, quer fazer sentir que o que vai agora acontecer não é menos admirável do que o que tinha acontecido na Páscoa antiga, quando o povo saiu do Egipto. Quanto mais admirável não é o que Deus faz agora por nós em Jesus Cristo!

Leitura do Livro de Isaías
O Senhor abriu outrora caminhos através do mar, veredas por entre as torrentes das águas. Pôs em campanha carros e cavalos, um exército de valentes guerreiros; e todos caíram para não mais se levantarem, extinguiram-se como um pavio que se apaga. Eis o que diz o Senhor: «Não vos lembreis mais dos acontecimentos passados, não presteis atenção às coisas antigas. Olhai: vou realizar uma coisa nova, que já começa a aparecer; não a vedes? Vou abrir um caminho no deserto, fazer brotar rios na terra árida. Os animais selvagens – chacais e avestruzes – proclamarão a minha glória, porque farei brotar água no deserto, rios na terra árida, para matar a sede ao meu povo escolhido, o povo que formei para Mim e que proclamará os meus louvores».
Palavra do Senhor.

LEITURA II Filip 3, 8-14
«Por Cristo, considerei todas as coisas como prejuízo, configurando-me à sua morte»
Esta leitura liga-se hoje à anterior: é em Cristo que vamos encontrar completamente realizado o momento culminante e a plenitude da história da salvação, é n’Ele que a Lei e os Profetas encontram a realização perfeita, é para Ele que toda a história anterior apontava, e sem Ele nada tem sentido. Quem assim o entender, como S. Paulo o entendeu, há-de considerar a participação no mistério da Páscoa do Senhor como a maior graça de Deus.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses
Irmãos: Considero todas as coisas como prejuízo, comparando-as com o bem supremo, que é conhecer Jesus Cristo, meu Senhor. Por Ele renunciei a todas as coisas e considerei tudo como lixo, para ganhar a Cristo e n’Ele me encontrar, não com a minha justiça que vem da Lei, mas com a que se recebe pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus e se funda na fé. Assim poderei conhecer Cristo, o poder da sua ressurreição e a participação nos seus sofrimentos, configurando-me à sua morte, para ver se posso chegar à ressurreição dos mortos. Não que eu tenha já chegado à meta, ou já tenha atingido a perfeição. Mas continuo a correr, para ver se a alcanço, uma vez que também fui alcançado por Cristo Jesus. Não penso, irmãos, que já o tenha conseguido. Só penso numa coisa: esquecendo o que fica para trás, lançar-me para a frente, continuar a correr para a meta, em vista do prémio a que Deus, lá do alto, me chama em Cristo Jesus.
Palavra do Senhor.

ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Palavra do Pai. Repete-se
Convertei-vos a Mim de todo o coração, diz o Senhor; porque sou benigno e misericordioso. Refrão

EVANGELHO Jo 8, 1-11
«Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra»
A novidade que Deus oferece ao mundo em Jesus Cristo não aparece à custa da destruição do que anteriormente existiu. A graça não vem à custa da morte do pecador. É a partir da história dos homens pecadores que Deus vai fazer surgir a história da salvação, que os há-de renovar. É na mulher pecadora que Jesus faz brilhar a luz nova da sua graça. Envelhecida pelo pecado, torna-se, pelo poder do Senhor, nova criatura.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus foi para o monte das Oliveiras. Mas de manhã cedo, apareceu outra vez no templo e todo o povo se aproximou d’Ele. Então sentou-Se e começou a ensinar. Os escribas e os fariseus apresentaram a Jesus uma mulher surpreendida em adultério, colocaram-na no meio dos presentes e disseram a Jesus: «Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. Na Lei, Moisés mandou-nos apedrejar tais mulheres. Tu que dizes?». Falavam assim para Lhe armarem uma cilada e terem pretexto para O acusar. Mas Jesus inclinou-Se e começou a escrever com o dedo no chão. Como persistiam em interrogá-l’O, ergueu-Se e disse-lhes: «Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra». Inclinou-Se novamente e continuou a escrever no chão. Eles, porém, quando ouviram tais palavras, foram saindo um após outro, a começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher, que estava no meio. Jesus ergueu-Se e disse-lhe: «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?». Ela respondeu: «Ninguém, Senhor». Disse então Jesus: «Nem Eu te condeno. Vai e não tornes a pecar».
Palavra da salvação.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Salmo 144


"Misericórdia e piedade é o Senhor, ele é amor, é paciência, é compaixão. O Senhor é muito bom para com todos, a sua ternura abraça todas as criaturas."



Deus...

Esperar em Deus é confiar plenamente que a nossa vida está nas Suas mãos. Significa dizer a Deus: 
"Tu és minha ajuda,Tu és a minha única esperança." 
Aos nossos próprios olhos, somos incapazes de nos manter em pé nas situações críticas da vida. Mas aos olhos de Deus, não somente somos renovados nas nossas forças, como Ele nos coloca em posições muito além daquelas com as quais poderíamos sonhar, para descansarmos, enquanto alcançamos vôos mais altos!


quarta-feira, 13 de março de 2013

Habemus Papam

Francisco I, do «fim do mundo» para rezar em silêncio na Praça de São Pedro

O cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, foi hoje eleito como novo Papa da Igreja Católica, o primeiro do continente americano, e escolheu o nome de Francisco I.

“Sabeis que o dever do Conclave era dar um bispo a Roma: parece que os meus irmãos cardeais foram buscá-lo quase ao fim do mundo”, disse, na primeira aparição perante cerca de 150 mil pessoas que lotaram a Praça de São Pedro, no Vaticano, que começou pelas 20h22 locais (19h22 de Lisboa).
O novo Papa, religioso jesuíta, surpreendeu os presentes ao pedir “um favor”, antes de dar a sua tradicional bênção neste encontro inicial.

“Peço-vos que rezem ao Senhor para que me abençoe, a oração do povo pedindo a bênção pelo seu bispo. Façamos em silêncio esta oração”, declarou, conseguindo calar a multidão que se encontrava em festa há cerca de uma hora, após a saída do fumo branco da chaminé colocada sobre a Capela Sistina.
A primeira bênção seria, posteriormente, estendida a "todo o mundo, a todos os homens e mulheres de boa vontade".

O Papa começou por desejar uma “boa noite” aos presentes e agradeceu o “acolhimento” da comunidade de Roma.
Francisco I começou por propor uma oração pelo Papa emérito, Bento XVI, para que o “Senhor a abençoe”. (...) “Um caminho de fraternidade, de amor, de confiança entre nós”, precisou.
“Rezemos sempre por nós, uns pelos outros, por todo o mundo, para que haja uma grande fraternidade”, acrescentou o novo Papa. (...)
"Irmãos e irmãs, agora deixo-vos: obrigado pelo vosso acolhimento. Rezai por mim, vemo-nos em breve, amanhã quero ir rezar a Nossa Senhora para guarde toda a (cidade de Roma). Boa noite e bom descanso", disse, ao despedir-se.

O fumo branco saiu hoje da chaminé colocada sobre a Capela Sistina a partir 19h06 locais (menos uma em Lisboa).
O sucessor de Bento XVI, que renunciou ao pontificado, foi eleito no quinto escrutínio da reunião eleitoral iniciada esta terça-feira, à porta fechada, pelas 17h34 (hora de Roma).
Francisco I tem menos dois anos do que Joseph Ratzinger quando este foi eleito em abril de 2005, aos 78 anos.


(Fonte: (Ecclesia) Cidade do Vaticano, 13 Março 2013)

Perfil:
Nascido em 17 de Dezembro de 1936, em Buenos Aires, na Argentina, Jorge Mário Bergoglio formou-se engenheiro químico, mas escolheu posteriormente o sacerdócio, entrando para o seminário em Villa Devoto. Em Março de 1958, ingressou no noviciado da Companhia de Jesus (jesuítas). Em 1963, ele estudou humanidades no Chile, retornando posteriormente a Buenos Aires.
Entre 1964 de 1965, Bergoglio foi professor de literatura e psicologia no Colégio Imaculada Conceição de Santa Fé e, em 1966, ensinou as mesmas matérias em um colégio de Buenos Aires. De 1967 a 1970, estudou teologia.
Em 13 de Dezembro de 1969, foi ordenado sacerdote. Foi ordenado bispo no dia 27 de Junho de 1992, pelas mãos de Antonio Quarracino, Dom Mário José Serra e Dom Eduardo Vicente Mirás. 
Foi criado cardeal no consistório de 21 de Fevereiro de 2001, presidido por João Paulo II, recebendo o título de cardeal-presbítero de São Roberto Bellarmino.



segunda-feira, 11 de março de 2013

A Fé...

O que é fé?
"A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê." Esta definição é dada na Bíblia. A Fé está presente no quotidiano de cada ser humano. Pode-se enumerar muitos exemplos de Fé: a confiança que depositamos num amigo ou numa instituição, a certeza de que seremos capazes de vencer alguma etapa especial da vida, etc. A Fé no Deus da Bíblia é exemplo de uma Fé especialmente valiosa. Consiste em confiança e resulta em manifestações observáveis. A Bíblia explica isto da seguinte forma. "Sem fé ninguém pode agradar a Deus, porque quem vai a Ele precisa crer que Ele existe e que recompensa os que procuram conhecê-Lo melhor. É pela Fé que entendemos que o Universo foi criado pela palavra de Deus e que aquilo que pode ser visto foi feito daquilo que não se vê. Foi pela Fé que as pessoas do passado conseguiram a aprovação de Deus. [...] Pela fé eles lutaram contra nações inteiras e venceram. Fizeram o que era certo e receberam o que Deus lhes tinha prometido. Apagaram incêndios terríveis e escaparam de serem mortos à espada. Eram fracos, mas tornaram-se fortes. Foram poderosos na guerra e venceram exércitos estrangeiros. [...] Nós temos essa grande multidão de testemunhas ao nosso redor. Portanto, deixemos de lado tudo o que nos atrapalha e o pecado que se agarra firmemente em nós e continuemos a correr, sem desanimar, a corrida marcada para nós. Conservemos os nossos olhos fixos em Jesus, pois é por meio Dele que a nossa Fé começa, e é Ele quem a aperfeiçoa."

A fé é um dom do Divino Espírito Santo. Para tê-la não podemos levar em conta apenas a razão, pois este é um dom repleto de mistérios, é plena graça de Deus termos um coração confiante. Na Sagrada Escritura, vemos inúmeras passagens que nos mostram o quanto será diferente quando tivermos uma fé viva. Uma delas está em Mateus 17,20: “Em verdade vos digo: se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a esta montanha vai daqui para lá’ e ela irá. Nada vos será impossível”.
Lendo este versículo conseguimos ver como ainda somos homens e mulheres incrédulos. Jesus mesmo nos disse: “Homens de pouca fé”. Ele é o Deus dos milagres, e aquilo que é impossível aos humanos, não é impossível a Deus.


sexta-feira, 8 de março de 2013

Conclave marcado para terça-feira 12/03/2013

O Vaticano confirmou esta sexta-feira que o Conclave para a escolha do novo Papa vai começar dia 12 de Março, terça-feira.

O anúncio foi feito através de um comunicado da Congregação dos Cardeais e divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

Ao fim de cinco dias de Congregações Gerais, que reunem todos os cardeais que possam participar, independentemente da idade, fica então decidido que a partir de terça-feira começam as votações para determinar quem será o próximo Papa.

Para esta decisão são chamados apenas os cardeais eleitores, isto é, todos os cardeais que tinham menos de 80 anos quando terminou o pontificado de Bento XVI. Ao todo há 117 que preenchem este requisito, mas dois deles já anunciaram que não vão marcar presença.

Os 115 cardeais que vão participar no Conclave já se encontram em Roma.

Terça-feira de manhã haverá uma missa na Basílica de São Pedro que assinala o início formal do Conclave, mas nesse dia deve haver apenas uma votação, à tarde. 

A partir de quarta-feira, então, e caso a primeira votação não tenha resultado na eleição de um novo Papa, realizam-se quatro escrutínios por dia. Nessa altura os olhos do mundo estarão postos numa pequena chaminé no Vaticano, de onde sairá fumo negro, caso a votação seja inconclusiva, ou fumo branco, no caso de alguém ter reunido os dois terços dos votos necessários para determinar o Papa.

(Fonte: Renascença)