sexta-feira, 30 de março de 2012

Leituras e Evangelho 01/04/2012

Leitura I Is. 50, 4-7
«Não desviei o meu rosto dos que Me ultrajavam, mas sei que não ficarei desiludido»
Esta leitura é um dos chamados “Cânticos do Servo do Senhor”. Este Servo revela-se plenamente em Jesus, na sua Paixão: Ele escuta a palavra do Pai e responde-lhe cheio de confiança, oferecendo-Se, em obediência total, pela salvação dos homens.

Leitura do Livro de Isaías
O Senhor deu-me a graça de falar como um discípulo, para que eu saiba dizer uma palavra de alento aos que andam abatidos. Todas as manhãs Ele desperta os meus ouvidos, para eu escutar, como escutam os discípulos. O Senhor Deus abriu-me os ouvidos e eu não resisti nem recuei um passo. Apresentei as costas àqueles que me batiam e a face aos que me arrancavam a barba; não desviei o meu rosto dos que me insultavam e cuspiam. Mas o Senhor Deus veio em meu auxílio, e, por isso, não fiquei envergonhado; tornei o meu rosto duro como pedra, e sei que não ficarei desiludido.
Palavra do Senhor.

LEITURA II Filip 2, 6-11
«Humilhou-Se a Si próprio; por isso Deus O exaltou»
Esta leitura é também um cântico, mas agora do Novo Testamento, muito provavelmente em uso nas primitivas comunidades cristãs. Nele é celebrado o Mistério Pascal: Cristo fez-Se um de nós, obedeceu aos desígnios do Pai e humilhou-Se até à morte, e foi, por isso, exaltado até à glória de “Senhor”, que é a própria glória de Deus.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses
Cristo Jesus, que era de condição divina, não Se valeu da sua igualdade com Deus, mas aniquilou-Se a Si próprio. Assumindo a condição de servo, tornou-Se semelhante aos homens. Aparecendo como homem, humilhou-Se ainda mais, obedecendo até à morte e morte de cruz. Por isso Deus O exaltou e Lhe deu um nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus todos se ajoelhem no céu, na terra e nos abismos, e toda a língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.
Palavra do Senhor.

ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Filip 2, 8-9
Refrão: Louvor a Vós, Jesus Cristo, Rei da eterna glória Repete-se
Cristo obedeceu até à morte e morte de cruz. Por isso Deus O exaltou e Lhe deu um nome que está acima de todos os nomes. Refrão

Evangelho – forma longa Mc 14, 1 – 15, 47
O Evangelho de São Marcos é o mais antigo, porque escrito antes dos outros, e é também o mais breve, não só na história da Paixão como em todo ele. Este evangelista aponta com bastante realismo alguns episódios fruto de especial observação de situações particulares e até pitorescas, como a que envolve o servo do sumo sacerdote aquando da prisão de Jesus.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Faltavam dois dias para a festa da Páscoa e dos Ázimos e os príncipes dos sacerdotes e os escribas procuravam maneira de se apoderarem de Jesus à traição para Lhe darem a morte. Mas diziam:
- «Durante a festa, não, para que não haja algum tumulto entre o povo».
Jesus encontrava-Se em Betânia, em casa de Simão o Leproso, e, estando à mesa, veio uma mulher que trazia um vaso de alabastro com perfume de nardo puro de alto preço.
Partiu o vaso de alabastro e derramou-o sobre a cabeça de Jesus. Alguns indignaram-se e diziam entre si:
- «Para que foi esse desperdício de perfume? Podia vender-se por mais de duzentos denários e dar o dinheiro aos pobres».
E censuravam a mulher com aspereza. Mas Jesus disse:
- «Deixai-a. Porque estais a importuná-la? Ela fez uma boa acção para comigo. Na verdade, sempre tereis os pobres convosco e, quando quiserdes, podereis fazer-lhes bem; mas a Mim, nem sempre Me tereis. Ela fez o que estava ao seu alcance: ungiu de antemão o meu corpo para a sepultura. Em verdade vos digo: Onde quer que se proclamar o Evangelho, pelo mundo inteiro, dir-se-á também em sua memória o que ela fez».
Então, Judas Iscariotes, um dos Doze, foi ter com os príncipes dos sacerdotes para lhes entregar Jesus. Quando o ouviram, alegraram-se e prometeram dar-lhe dinheiro. E ele procurava uma oportunidade para entregar Jesus.
No primeiro dia dos Ázimos, em que se imolava o cordeiro pascal, os discípulos perguntaram a Jesus:
- «Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?».
Jesus enviou dois discípulos e disse-lhes:
- «Ide à cidade. Virá ao vosso encontro um homem com uma bilha de água. Segui-o e, onde ele entrar, dizei ao dono da casa: ‘O Mestre pergunta: Onde está a sala, em que hei-de comer a Páscoa com os meus discípulos?’. Ele vos mostrará uma grande sala no andar superior, alcatifada e pronta. Preparai-nos lá o que é preciso».
Os discípulos partiram e foram à cidade. Encontraram tudo como Jesus lhes tinha dito
e prepararam a Páscoa. Ao cair da tarde, chegou Jesus com os Doze. Enquanto estavam à mesa e comiam, Jesus disse:
- «Em verdade vos digo: Um de vós, que está comigo à mesa, há-de entregar-Me».
Eles começaram a entristecer-se e a dizer um após outro:
- «Serei eu?».
Jesus respondeu-lhes:
- «É um dos Doze, que mete comigo a mão no prato. O Filho do homem vai partir, como está escrito a seu respeito, mas ai daquele por quem o Filho do homem vai ser traído! Teria sido melhor para esse homem não ter nascido».
Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, recitou a bênção e partiu-o, deu-o aos discípulos e disse:
- «Tomai: isto é o meu Corpo».
Depois tomou um cálice, deu graças e entregou-lho. E todos beberam dele. Disse Jesus:
«Este é o meu Sangue, o Sangue da nova aliança, derramado pela multidão dos homens. Em verdade vos digo: Não voltarei a beber do fruto da videira, até ao dia em que beberei do vinho novo no reino de Deus».
Cantaram os salmos e saíram para o monte das Oliveiras. Disse-lhes Jesus:
- «Todos vós Me abandonareis, como está escrito: ‘Ferirei o pastor e dispersar-se-ão as ovelhas’. Mas depois de ressuscitar, irei à vossa frente para a Galileia».
Disse-Lhe Pedro:
- «Embora todos Te abandonem, eu não».
Jesus respondeu-lhe:
- «Em verdade te digo: Hoje, esta mesma noite, antes de o galo cantar duas vezes, três vezes Me negarás».
Mas Pedro continuava a insistir:
- «Ainda que tenha de morrer contigo, não Te negarei».
E todos afirmaram o mesmo. Entretanto, chegaram a uma propriedade chamada Getsémani e Jesus disse aos seus discípulos:
- «Ficai aqui, enquanto Eu vou orar».
Tomou consigo Pedro, Tiago e João e começou a sentir pavor e angústia. Disse-lhes então:
- «A minha alma está numa tristeza de morte. Ficai aqui e vigiai».
Adiantando-Se um pouco, caiu por terra e orou para que, se fosse possível, se afastasse d’Ele aquela hora. Jesus dizia:
- «Abá, Pai, tudo Te é possível: afasta de Mim este cálice. Contudo, não se faça o que Eu quero, mas o que Tu queres».
Depois, foi ter com os discípulos, encontrou-os a dormir e disse a Pedro:
- «Simão, estás a dormir? Não pudeste vigiar uma hora? Vigiai e orai, para não entrardes em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca».
Afastou-Se de novo e orou, dizendo as mesmas palavras. Voltou novamente e encontrou-os a dormir, porque tinham os olhos pesados e não sabiam o que responder. Jesus voltou pela terceira vez e disse-lhes:
- «Dormi agora e descansai... Chegou a hora: o Filho do homem vai ser entregue às mãos dos pecadores. Levantai-vos. Vamos. Já se aproxima aquele que Me vai entregar».
Ainda Jesus estava a falar, quando apareceu Judas, um dos Doze, e com ele uma grande multidão, com espadas e varapaus, enviada pelos príncipes dos sacerdotes, pelos escribas e os anciãos. O traidor tinha-lhes dado este sinal: «Aquele que eu beijar, é esse mesmo. Prendei-O e levai-O bem seguro».
Logo que chegou, aproximou-se de Jesus e beijou-O, dizendo:
- «Mestre».
Então deitaram-Lhe as mãos e prenderam-n’O. Um dos presentes puxou da espada e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha. Jesus tomou a palavra e disse-lhes:
- «Vós saístes com espadas e varapaus para Me prender, como se fosse um salteador. Todos os dias Eu estava no meio de vós, a ensinar no templo, e não Me prendestes! Mas é para se cumprirem as Escrituras».
Então os discípulos deixaram-n’O e fugiram todos. Seguiu-O um jovem, envolto apenas num lençol. Agarraram-no, mas ele, largando o lençol, fugiu nu. Levaram então Jesus à presença do sumo sacerdote, onde se reuniram todos os príncipes dos sacerdotes, os anciãos e os escribas. Pedro, que O seguira de longe, até ao interior do palácio do sumo sacerdote, estava sentado com os guardas, a aquecer-se ao lume. Entretanto, os príncipes dos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um testemunho contra Jesus para Lhe dar a morte, mas não o encontravam. Muitos testemunhavam falsamente contra Ele, mas os seus depoimentos não eram concordes. Levantaram-se então alguns, para proferir contra Ele este falso testemunho:
- «Ouvimo-l’O dizer: ‘Destruirei este templo feito pelos homens e em três dias construirei outro que não será feito pelos homens’».
Mas nem assim o depoimento deles era concorde. Então o sumo sacerdote levantou-se no meio de todos e perguntou a Jesus:
- «Não respondes nada ao que eles depõem contra Ti?».
Mas Jesus continuava calado e nada respondeu. O sumo sacerdote voltou a interrogá-l’O:
- «És Tu o Messias, Filho do Deus Bendito?».
Jesus respondeu:
- «Eu Sou. E vós vereis o Filho do homem sentado à direita do Todo-poderoso vir sobre as nuvens do céu».
O sumo sacerdote rasgou as vestes e disse:
- «Que necessidade temos ainda de testemunhas? Ouvistes a blasfémia. Que vos parece?».
Todos sentenciaram que Jesus era réu de morte. Depois, alguns começaram a cuspir-Lhe,
a tapar-Lhe o rosto com um véu e a dar-Lhe punhadas, dizendo:
- «Adivinha».
E os guardas davam-Lhe bofetadas. Pedro estava em baixo, no pátio, quando chegou uma das criadas do sumo sacerdote. Ao vê-lo a aquecer-se, olhou-o de frente e disse-lhe:
- «Tu também estavas com Jesus, o Nazareno».
Mas ele negou: 
- «Não sei nem entendo o que dizes».
Depois saiu para o vestíbulo e o galo cantou. A criada, vendo-o de novo, começou a dizer aos presentes:
- «Este é um deles».
Mas ele negou segunda vez. Pouco depois, os presentes diziam também a Pedro:
- «Na verdade, tu és deles, pois também és galileu».
Mas ele começou a dizer imprecações e a jurar:
- «Não conheço esse homem de quem falais».
E logo o galo cantou pela segunda vez. Então Pedro lembrou-se do que Jesus lhe tinha dito: «Antes de o galo cantar duas vezes, três vezes Me negarás». E desatou a chorar.
Logo de manhã, os príncipes dos sacerdotes reuniram-se em conselho com os anciãos e os escribas e todo o Sinédrio. Depois de terem manietado Jesus, foram entregá-l’O a Pilatos.
Pilatos perguntou-Lhe:
- «Tu és o Rei dos judeus?».
Jesus respondeu:
- «É como dizes».
E os príncipes dos sacerdotes faziam muitas acusações contra Ele. Pilatos interrogou-O de novo:
- «Não respondes nada? Vê de quantas coisas Te acusam».
Mas Jesus nada respondeu, de modo que Pilatos estava admirado. Pela festa da Páscoa, Pilatos costumava soltar-lhes um preso à sua escolha. Havia um, chamado Barrabás, preso com os insurrectos que numa revolta tinham cometido um assassínio. A multidão, subindo, começou a pedir o que era costume conceder-lhes. Pilatos respondeu:
- «Quereis que vos solte o Rei dos judeus?».
Ele sabia que os príncipes dos sacerdotes O tinham entregado por inveja. Entretanto, os príncipes dos sacerdotes incitaram a multidão a pedir que lhes soltasse antes Barrabás.
Pilatos, tomando de novo a palavra, perguntou-lhes:
- «Então que hei-de fazer d’Aquele que chamais o Rei dos judeus?».
Eles gritaram de novo:
- «Crucifica-O!».
Pilatos insistiu:
- «Que mal fez Ele?».
Mas eles gritaram ainda mais:
- «Crucifica-O!».
Então Pilatos, querendo contentar a multidão, soltou-lhes Barrabás e, depois de ter mandado açoitar Jesus, entregou-O para ser crucificado. Os soldados levaram-n’O para dentro do palácio, que era o pretório, e convocaram toda a coorte. Revestiram-n’O com um manto de púrpura e puseram-Lhe na cabeça uma coroa de espinhos que haviam tecido. Depois começaram a saudá-l’O:
- «Salve, Rei dos judeus!».
Batiam-Lhe na cabeça com uma cana, cuspiam-Lhe e, dobrando os joelhos, prostravam-se diante d’Ele. Depois de O terem escarnecido, tiraram-Lhe o manto de púrpura e vestiram-Lhe as suas roupas. Em seguida levaram-n’O dali para O crucificarem. Requisitaram, para Lhe levar a cruz, um homem que passava, vindo do campo, Simão de Cirene, pai de Alexandre e Rufo. E levaram Jesus ao lugar do Gólgota, quer dizer, lugar do Calvário.
Queriam dar-Lhe vinho misturado com mirra, mas Ele não o quis beber. Depois crucificaram-n’O. E repartiram entre si as suas vestes, tirando-as à sorte, para verem o que levaria cada um. Eram nove horas da manhã quando O crucificaram. O letreiro que indicava a causa da condenação tinha escrito: «Rei dos Judeus».
Crucificaram com Ele dois salteadores, um à direita e outro à esquerda. Os que passavam insultavam-n’O e abanavam a cabeça, dizendo:
- «Tu que destruías o templo e o reedificavas em três dias, salva-Te a Ti mesmo e desce da cruz».
Os príncipes dos sacerdotes e os escribas troçavam uns com os outros, dizendo:
- «Salvou os outros e não pode salvar-Se a Si mesmo! Esse Messias, o Rei de Israel, desça agora da cruz, para nós vermos e acreditarmos».
Até os que estavam crucificados com Ele O injuriavam. Quando chegou o meio-dia, as trevas envolveram toda a terra até às três horas da tarde. E às três horas da tarde, Jesus clamou com voz forte:
- «Eloí, Eloí, lemá sabactáni?». 
Que quer dizer: «Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonastes?».
Alguns dos presentes, ouvindo isto, disseram:
- «Está a chamar por Elias».
Alguém correu a embeber uma esponja em vinagre e, pondo-a na ponta duma cana, deu-Lhe a beber e disse:
- «Deixa ver se Elias vem tirá-l’O dali».
Então Jesus, soltando um grande brado, expirou. O véu do templo rasgou-se em duas partes de alto a baixo. O centurião que estava em frente de Jesus, ao vê-l’O expirar daquela maneira, exclamou:
- «Na verdade, este homem era Filho de Deus».
Estavam também ali umas mulheres a observar de longe, entre elas Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e Salomé, que acompanhavam e serviam Jesus, quando estava na Galileia, e muitas outras que tinham subido com Ele a Jerusalém.
Ao cair da tarde – visto ser a Preparação, isto é, a véspera do sábado – José de Arimateia, ilustre membro do Sinédrio, que também esperava o reino de Deus, foi corajosamente à presença de Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus.
Pilatos ficou admirado de Ele já estar morto e, mandando chamar o centurião, perguntou-lhe se Jesus já tinha morrido. Informado pelo centurião, ordenou que o corpo fosse entregue a José.
José comprou um lençol, desceu o corpo de Jesus e envolveu-O no lençol; depois depositou-O num sepulcro escavado na rocha e rolou uma pedra para a entrada do sepulcro. Entretanto, Maria Madalena e Maria, mãe de José, observavam onde Jesus tinha sido depositado.
Palavra da salvação.


Perguntas e respostas sobre a Bíblia

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quinta-feira, 29 de março de 2012

Amizade...

Não é receber, é dar.
Não é magoar, é incentivar.
Não é descrer, é crer.
Não é criticar, é apoiar.
Não é ofender, é compreender.
Não é humilhar, é defender.
Não é julgar, é aceitar.
Não é esquecer, é perdoar.
Amizade…
É simplesmente AMAR.



quarta-feira, 28 de março de 2012

Actividades da catequese no próximo fim de semana

Sábado dia 31 de Março não haverá catequese, mas sim confissões a partir do 4º até ao 10º, por isso os catequizandos devem comparecer na Igreja Paroquial por volta das 16h.
No Domingo haverá Missa de Ramos com as crianças (se for possível devem trazer um raminho de oliveira), sendo assim todos os catequizandos devem estar no cruzeiro às 9h30, para que os catequistas consigam organizar a cerimónia da melhor maneira.

Reunião de pais 4º ano

Para preparar a festa da Palavra, que se realizará no dia 21 de Abril, pede-se a todos os pais ou responsáveis pelas crianças do 4º ano que compareçam na reunião de pais, no dia 31 de Março (Sábado), às 19h45 (no final da missa vespertina).
Nesta reunião serão abordados os preparativos para a festa, e esclarecidas as dúvidas que os pais tenham.

Actividades "Semana Santa"

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segunda-feira, 26 de março de 2012

O que representa a Páscoa?

A Páscoa sempre representou a passagem de um tempo de trevas para outro de luzes, isto muito antes de ser considerada uma das principais festas da cristandade.
A palavra "Páscoa" – do hebreu "peschad", em grego "paskha" e latim "pache" – significa "passagem", uma transição anunciada pelo equinócio de primavera (ou vernal), que no hemisfério norte ocorre a 20 ou 21 de Março e, no sul, em 22 ou 23 de Setembro. 
A data cristã foi fixada durante o Concílio de Nicéa, em 325 d.C., como sendo "o primeiro Domingo após a primeira Lua Cheia que ocorre após ou no equinócio da primavera boreal, adoptado como sendo 21 de Março. A festa da Páscoa passou a ser uma festa cristã após a última ceia de Jesus com os apóstolos, na Quinta-feira santa. Os fiéis cristãos celebram a ressurreição de Cristo e a sua elevação ao céu. As imagens deste momento são a morte de Jesus na cruz e a sua aparição. A celebração começa sempre na Quarta-feira de cinzas e termina no Domingo de Páscoa: é a chamada semana santa.
A Páscoa cristã celebra a ressurreição de Jesus Cristo, que de acordo com a Bíblia ocorreu três dias após a sua crucificação. É comum em todas as igrejas cristãs, o Domingo ser um dia destinado à comemoração da ressurreição de Cristo, realizada através da Eucaristia, porém o Domingo de Páscoa é diferenciado dos outros, neste é celebrado o aniversário da ressurreição, a festa da vida. 
A festa da Páscoa faz referência à última ceia de Jesus com os discípulos, a sua prisão, o julgamento, a condenação, a crucificação e a ressurreição. A celebração inicia no Domingo de Ramos e termina no Domingo de Páscoa, período compreendido como Semana Santa. 
A Páscoa é uma das festas mais antigas, e a principal festa do ano litúrgico cristão, surgiu em Roma no início do segundo século. A forma de calcular o Domingo de Páscoa é contando 46 dias a partir da quarta-feira de cinzas.
A Páscoa cristã acontece antes da quaresma, período que dura 40 dias entre a quarta-feira de cinzas e o domingo de Ramos, que ocorre uma semana antes da Páscoa. A festa dos ramos relembra a entrada de Jesus em Jerusalém, pouco antes da sua morte. Como não se sabe exactamente o dia da ressurreição, comemoramos a Páscoa no primeiro domingo depois da lua cheia, que ocorre entre os dias 21 de Março e 25 de Abril, chamada data do equinócio.




sexta-feira, 23 de março de 2012

Leituras e Evangelho 25/03/2012

LEITURA I Jer 31, 31-34
«Estabelecerei uma aliança nova e não mais recordarei os seus pecados»
Ao longo de toda a História da Salvação, Deus, para levar os homens a estabelecerem com Ele relações pessoais, foi concluindo alianças com o Povo de Israel, através de homens extraordinários, que servem de mediadores. À humanidade decaída pelo pecado, que «vivia no terror dos deuses e do destino implacável». Deus ia assim revelando o Seu amor e os Seus desígnios de salvação.
Estas alianças, porém, eram provisórias, particulares, acompanhadas de promessas de carácter material e ligadas a um povo. Preparavam e conduziam a uma aliança nova, espiritual, definitiva e universal, que pela primeira vez, o profeta Jeremias anuncia ao Povo de Deus.

Leitura do Livro de Jeremias
Dias virão, diz o Senhor, em que estabelecerei com a casa de Israel e com a casa de Judá uma aliança nova. Não será como a aliança que firmei com os seus pais, no dia em que os tomei pela mão para os tirar da terra do Egipto, aliança que eles violaram, embora Eu tivesse domínio sobre eles, diz o Senhor. Esta é a aliança que estabelecerei com a casa de Israel, naqueles dias, diz o Senhor: Hei-de imprimir a minha lei no íntimo da sua alma e gravá-la-ei no seu coração. Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Já não terão de se instruir uns aos outros, nem de dizer cada um a seu irmão: «Aprendei a conhecer o Senhor». Todos eles Me conhecerão, desde o maior ao mais pequeno, diz o Senhor. Porque vou perdoar os seus pecados e não mais recordarei as suas faltas.
Palavra do Senhor.

LEITURA II Hebr 5, 7-9
«Aprendeu a obediência e tornou-se causa de salvação eterna»
A Aliança anunciada por Jeremias, veio a realizar-se pelo mais perfeito dos mediadores – Jesus Cristo, Filho de Deus e irmão dos homens, segundo a natureza humana por Ele assumida. Porque, foi sancionada com o Seu Sangue, no Sacrifício Pascal, («a nova Aliança no meu Sangue»), Jesus não é apenas o Mediador, mas a própria Aliança: Ele estabeleceu a comunhão perfeita dos homens com Deus.
Realidade definitiva, esta é a Aliança nova. Mas é também eterna. Não há necessidade de se repetir, como as antigas. Pela Eucaristia, feita em Sua Memória (I Cor. 11, 25), como Ele ordenou, a Aliança do Calvário torna-se presente em todos os lugares e tempos. Participando nela, com fé, os fiéis unem-se ao Mistério da nova e eterna Aliança, recebem a salvação preparada no Antigo Testamento e que será consumada pela vinda gloriosa de Cristo.

Leitura da Epístola aos Hebreus
Nos dias da sua vida mortal, Cristo dirigiu preces e súplicas, com grandes clamores e lágrimas, Àquele que O podia livrar da morte e foi atendido por causa da sua piedade. Apesar de ser Filho, aprendeu a obediência no sofrimento e, tendo atingido a sua plenitude, tornou-Se para todos os que Lhe obedecem causa de salvação eterna.
Palavra do Senhor.

ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Jo 12, 26 
Refrão: Louvor a Vós, Jesus Cristo, Rei da eterna glória. Repete-se
Se alguém Me quiser servir, que Me siga, diz o Senhor, e onde Eu estiver, ali estará também o meu servo. Refrão

EVANGELHO Jo 12, 20-33
«Se o grão de trigo, lançado à terra, morrer, dará muito fruto»
Só morrendo é que a semente dá origem a uma vida nova, revelando assim a sua maravilhosa fecundidade. Também para Jesus a morte é semente de uma vida maravilhosamente nova e fecunda. Graças à Sua morte redentora, os benefícios da salvação são, com efeito, comunicados a todos os homens, judeus ou pagãos. A Sua morte é a conclusão da Sua missão é, por isso, a hora da Sua glorificação. Aceitando voluntariamente a morte, em filial e amorosa obediência ao Pai e aos Seus planos de salvação, Jesus «deu-nos a vida imortal».

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, alguns gregos que tinham vindo a Jerusalém para adorar nos dias da festa, foram ter com Filipe, de Betsaida da Galileia, e fizeram-lhe este pedido: «Senhor, nós queríamos ver Jesus». Filipe foi dizê-lo a André; e então André e Filipe foram dizê-lo a Jesus. Jesus respondeu-lhes: «Chegou a hora em que o Filho do homem vai ser glorificado. Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica só; mas se morrer, dará muito fruto. Quem ama a sua vida, perdê-la-á, e quem despreza a sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna. Se alguém Me quiser servir, que Me siga, e onde Eu estiver, ali estará também o meu servo. E se alguém Me servir, meu Pai o honrará. Agora a minha alma está perturbada. E que hei-de dizer? Pai, salva-Me desta hora? Mas por causa disto é que Eu cheguei a esta hora. Pai, glorifica o teu nome». Veio então do Céu uma voz que dizia: «Já O glorifiquei e tornarei a glorificá-l’O». A multidão que estava presente e ouvira dizia ter sido um trovão. Outros afirmavam: «Foi um Anjo que Lhe falou». Disse Jesus: «Não foi por minha causa que esta voz se fez ouvir; foi por vossa causa. Chegou a hora em que este mundo vai ser julgado. Chegou a hora em que vai ser expulso o príncipe deste mundo. E quando Eu for elevado da terra, atrairei todos a Mim». Falava deste modo, para indicar de que morte ia morrer.
Palavra da salvação.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Com sabedoria a vida continua a ser vivida...

Um fazendeiro colecionava cavalos e só faltava uma determinada raça. Um dia ele descobriu que o seu vizinho tinha esse determinado cavalo. Assim, ele importunou o seu vizinho até conseguir comprá-lo. Um mês depois o cavalo adoeceu, e ele chamou o veterinário:
- Bem, o seu cavalo está com uma virose, é preciso tomar este medicamento durante três dias, no terceiro dia voltarei cá e caso ele não esteja melhor, será necessário sacrificá-lo.
Nesse momento, o porco ouvia toda a conversa. No dia seguinte deram o medicamento e foram embora. O porco aproximou-se do cavalo e disse:
- Força amigo! Levanta-te daí, senão serás sacrificado!
No segundo dia, deram o medicamento e foram embora. O porco aproximou-se do cavalo e disse: 
- Vamos lá amigão, levanta-te senão vais morrer! Vamos lá, eu ajudo-te a levantar... Upa!
No terceiro dia deram o medicamento e o veterinário disse: 
- Infelizmente, vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois a virose pode contaminar os outros cavalos.
Quando foram embora, o porco aproximou-se do cavalo e disse: 
- É agora ou nunca, levanta-te logo! Coragem! Upa! Upa! Isso, devagar! Óptimo, vamos, um, dois, três, boa, boa, agora mais depressa vai... Fantástico! Corre, corre mais! Upa! Upa! Upa!!! Você venceu, Campeão!
Então, de repente o dono chegou, viu o cavalo a correr no campo e gritou:
- Milagre! O cavalo melhorou. Isso merece uma festa... Vamos matar o porco!

(desconheço o autor) 

Moral da História:
Isso acontece com frequência no ambiente de trabalho. Ninguém percebe, quem é o funcionário que tem o mérito pelo sucesso. 

Saber viver sem ser reconhecido é uma arte.

Se algum dia, alguém lhe disser que o seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se: Amadores construíram a Arca de Noé e profissionais o Titanic.

Procure ser uma pessoa de valor, em vez de ser uma pessoa de sucesso.





quarta-feira, 21 de março de 2012

O TEMPO PASCAL, TEMPO DA ALEGRIA CRISTÃ

Páscoa – Paixão: evoca o Cordeiro imolado, sendo a paixão o prelúdio da Páscoa gozosa (Lc 24, 26);
Páscoa – Ressurreição: “passagem”da morte à vida; passagem do cristão da noite para o dia, da morte biológica à vida eterna;
Páscoa – Recapitulação: nova criação e primavera do Universo, porque Cristo é a vida do Universo e as primícias da nova criação. É ao regresso ao Paraíso pela acção do Espírito Criador (Pentecostes);
Páscoa – Parusia: pela Páscoa, Jesus entrou na situação de “parusia” contínua, ou de presença e vinda até ao homem e à Igreja. Esta dimensão escatológica da Páscoa é sublinhada na Ascensão, que anuncia a segunda vinda gloriosa, enviando a Igreja “até que Ele venha”;
Páscoa – Eucaristia: a Eucaristia é o sacramento da Páscoa do Senhor, enquanto encontro sacramental com Cristo crucificado-ressuscitado. Sempre que se celebra a Eucaristia há “Páscoa”, porque a Eucaristia torna presente o mistério central do Cristianismo, o Cristo pascal sentado à direita do Pai.

O Tempo Pascal celebra a presença do Cristo Ressuscitado entre os discípulos; a Sua manifestação dinâmica nos sinais sacramentais que, depois da Ascensão, se prolongam na visibilidade do Seu Corpo, da Igreja. 

Fonte: SDPL



Alguns provérbios ...

Ajuda-te que Deus te ajudará.


A verdade fala pela boca dos pequenos.

Aquele que não conhece a verdade é simplesmente um ignorante, mas aquele que a conhece e diz que é mentira, este é um criminoso.

Cada um trata/sabe de si e Deus de todos.


terça-feira, 20 de março de 2012

O frio que vem de dentro...

Conta-se que seis homens ficaram presos numa caverna por causa de uma avalanche de neve. Teriam que esperar até ao amanhecer para receber socorro. Cada um deles trazia um pouco de lenha e havia uma pequena fogueira ao redor da qual eles se aqueciam. Eles sabiam que se o fogo apagasse todos morreriam de frio antes que o dia clareasse. Chegou a hora de cada um colocar a sua lenha na fogueira: era a única maneira de poderem sobreviver.
O primeiro homem era racista. Ele olhou demoradamente para os outros cinco e descobriu que um deles tinha a pele escura. Então, raciocinou consigo mesmo: “Aquele negro! Jamais darei a minha lenha para aquecer um negro.” E guardou-a protegendo-a dos olhares dos demais.
O segundo homem era um rico avarento. Estava ali porque esperava receber os juros de uma dívida. Olhou ao redor e viu um homem da montanha que trazia a sua pobreza no aspecto rude do semblante e nas roupas velhas e remendadas. Ele calculava o valor da sua lenha e, enquanto sonhava com o seu lucro, pensou: “Eu, dar a minha lenha para aquecer um preguiçoso? Nem pensar.”
O terceiro homem era negro. Os seus olhos faiscavam de ressentimento. Não havia qualquer sinal de perdão ou de resignação que o sofrimento ensina. O seu pensamento era muito prático: “É bem provável que eu precise desta lenha para me defender. Além disso, eu nunca daria a minha lenha para salvar aqueles que me oprimem.” E guardou as suas lenhas com cuidado.
O quarto homem era um pobre da montanha. Ele conhecia mais do que os outros os caminhos, os perigos e os segredos da neve. Este pensou: “Esta nevasca pode durar vários dias. Vou guardar a minha lenha.”
O quinto homem parecia alheio a tudo. Era um sonhador. Olhando fixamente para as brasas, nem lhe passou pela cabeça oferecer a lenha que carregava. Ele estava preocupado demais com as suas próprias visões (ou alucinações?) para pensar em ser útil.
O último homem trazia nos vincos da testa e nas palmas calosas das mãos os sinais de uma vida de trabalho. O seu raciocínio era curto e rápido. “Esta lenha é minha. Custou o meu trabalho. Não darei a ninguém nem mesmo o menor dos gravetos.”
Com estes pensamentos, os seis homens permaneceram imóveis. A última brasa da fogueira cobriu-se de cinzas e, finalmente apagou-se.
No alvorecer do dia, quando os homens do socorro chegaram à caverna encontraram seis cadáveres congelados, cada qual segurando um molho de lenha.
Olhando para aquele triste quadro, o chefe da equipa de socorro disse:
- “O frio que os matou não foi o frio de fora, mas o frio de dentro.”

(desconheço o autor) 

Para Reflectir:
Não deixe que a friagem que vem de dentro lhe mate. Abra o seu coração e ajude a aquecer aqueles que o rodeiam.
Não permita que as brasas da esperança se apaguem, nem que a fogueira do optimismo vire cinzas. Contribua com a sua acendalha de amor e aumente a chama da vida onde quer que você esteja.





sexta-feira, 16 de março de 2012

Leituras e Evangelho 18/03/2012

LEITURA I 2 Cr 36, 14-16.19-23
A indignação e a misericórdia do Senhor manifesta-se no exílio e na libertação do povo.
No tempo da Quaresma, a leitura do Antigo Testamento vai referindo os vários passos da história da salvação, para melhor nos fazer compreender como toda ela se encaminha para a Páscoa do Senhor, e como Deus salva os homens vindo ao encontro deles, mesmo nos caminhos por eles tão mal andados. Hoje vemos como os pagãos invadiram a Terra Santa, destruíram o templo e levaram cativo o povo para Babilónia, por este povo ter abandonado o Senhor e imitado as acções abomináveis dos pagãos. Mas, por fim, o próprio rei da Babilónia serviu ao Senhor de instrumento de salvação em favor do seu povo, dando-lhe de novo a liberdade e restituindo-o à terra que lhe havia sido tirada.

Leitura do Segundo Livro das Crónicas
Naqueles dias, todos os príncipes dos sacerdotes e o povo multiplicaram as suas infidelidades, imitando os costumes abomináveis das nações pagãs, e profanaram o templo que o Senhor tinha consagrado para Si em Jerusalém. O Senhor, Deus de seus pais, desde o princípio e sem cessar, enviou-lhes mensageiros, pois queria poupar o povo e a sua própria morada. Mas eles escarneciam dos mensageiros de Deus, desprezavam as suas palavras e riam-se dos profetas, a tal ponto que deixou de haver remédio, perante a indignação do Senhor contra o seu povo. Os caldeus incendiaram o templo de Deus, demoliram as muralhas de Jerusalém, lançaram fogo aos seus palácios e destruíram todos os objectos preciosos. O rei dos caldeus deportou para Babilónia todos os que tinham escapado ao fio da espada; e foram escravos deles e de seus filhos, até que se estabeleceu o reino dos persas. Assim se cumpriu o que o Senhor anunciara pela boca de Jeremias: «Enquanto o país não descontou os seus sábados, esteve num sábado contínuo, durante todo o tempo da sua desolação, até que se completaram setenta anos». No primeiro ano do reinado de Ciro, rei da Pérsia, para se cumprir a palavra do Senhor, pronunciada pela boca de Jeremias, o Senhor inspirou Ciro, rei da Pérsia, que mandou publicar, em todo o seu reino, de viva voz e por escrito, a seguinte proclamação: «Assim fala Ciro, rei da Pérsia: O Senhor, Deus do Céu, deu-me todos os reinos da terra e Ele próprio me confiou o encargo de Lhe construir um templo em Jerusalém, na terra de Judá. Quem de entre vós fizer parte do seu povo ponha-se a caminho e que Deus esteja com ele».
Palavra do Senhor.

LEITURA II Ef 2, 4-10
Mortos por causa dos nossos pecados, salvos pela graça.
A leitura estabelece o contraste entre a situação de morte em que estávamos por causa das nossas faltas e a salvação que Deus nos oferece em Cristo Jesus. O Mistério Pascal que Jesus realizou passando, pela morte, à vida eterna, vivêmo-lo agora nós, que somos membros de Cristo e com Ele morremos, com Ele ressuscitámos, com Ele subimos para junto do Pai.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos: Deus, que é rico em misericórdia, pela grande caridade com que nos amou, a nós, que estávamos mortos por causa dos nossos pecados, restituiu-nos à vida com Cristo – é pela graça que fostes salvos – e com Ele nos ressuscitou e com Ele nos fez sentar nos Céus. Assim quis mostrar aos séculos futuros a abundante riqueza da sua graça e da sua bondade para connosco, em Jesus Cristo. De facto, é pela graça que fostes salvos, por meio da fé. A salvação não vem de vós: é dom de Deus. Não se deve às obras: ninguém se pode gloriar. Na verdade, nós somos obra de Deus, criados em Jesus Cristo, em vista das boas obras que Deus de antemão preparou, como caminho que devemos seguir.
Palavra do Senhor.

ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Jo 3, 16
Refrão: Grandes e admiráveis são as Vossas obras, Senhor. Repete-se
Deus amou tanto o mundo que lhe deu o seu Filho Unigénito: quem acredita n’Ele tem a vida eterna. Refrão

EVANGELHO Jo 3, 14-21
«Deus enviou o seu Filho, para que o mundo seja salvo por Ele»
A partir deste IV Domingo as leituras do Evangelho são tiradas de S. João, tanto ao domingo como de semana. Hoje ela fala-nos da futura glorificação de Jesus pela Cruz e Ressurreição. É este o próprio movimento do Mistério Pascal, primeiro em Jesus, depois nos cristãos pela morte à vida, pela Cruz à glória. A Quaresma é também o tempo apropriado para entendermos melhor este caminho providencial de salvação, para depois celebrarmos a Páscoa com mais fé, em acção de graças a Deus e ao Senhor Jesus Cristo.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho do homem será elevado, para que todo aquele que acredita tenha n’Ele a vida eterna. Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem acredita n’Ele não é condenado, mas quem não acredita já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho Unigénito de Deus. E a causa da condenação é esta: a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque eram más as suas obras. Todo aquele que pratica más acções odeia a luz e não se aproxima dela, para que as suas obras não sejam denunciadas. Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz, para que as suas obras sejam manifestas, pois são feitas em Deus.»
Palavra da salvação.


terça-feira, 13 de março de 2012

Via Sacra

O QUE É A VIA SACRA?
A Via Sacra é uma oração que tem como objectivo meditar na paixão, morte e ressurreição de Cristo. É o reviver dos últimos momentos da Sua vida na Terra. São 15 estações, que nos ajudam a percorrer um caminho espiritual e a compreender melhor a pessoa de Jesus e o amor que teve por nós ao ponto de se deixar matar, sofrendo muito, para que todos nós aprendêssemos o que é verdadeiramente amar.

1ª Estação: Jesus é condenado à morte.
Estava definitivamente concretizado o mais absurdo e abominável processo de julgamento que se tem notícia, jamais igualado em sordidez, em desonestidade e na vergonhosa baixeza dos seus critérios, envolvendo testemunhas preparadas, com acusações falsas que conduziu à decisão condenatória.

Nós vos adoramos SENHOR JESUS e vos bendizemos! 
Porque pela Vossa Santa Cruz redimistes o mundo! 

Judas Iscariotes traiu o seu próprio amigo, entregando JESUS para ser preso. Os soldados agarraram o SENHOR e levaram-NO diante de Pilatos, para ser julgado. Apresentaram falsas acusações e influenciaram a multidão para pedir a condenação de JESUS à morte. E para agradar à multidão, Pilatos deixou que levassem JESUS para ser crucificado.
O que aconteceu a JESUS está a acontecer hoje com as muitas famílias. Poucas vozes se levantam para defender a instituição familiar. A "multidão", formada pela mentalidade do poder, da comunicação enganosa, vai desunindo as pessoas, pondo os filhos contra os pais, na procura de obter vantagens e em nome de uma liberdade que mata e escraviza. E assim, vai crucificando as famílias. Em algumas famílias, os filhos saem de casa para procurar trabalho. Mas, em muitas famílias, os jovens saem para "experimentar a liberdade". E os pais sofrem com a "imperfeição" dos filhos, entristecendo-se com as suas experiências ousadas e muitas vezes, sentindo "constrangimento" pela falta de dignidade e demonstração da total ausência de princípios morais.

2ª Estação: Jesus carrega a cruz às costas.
A Cruz é um antigo instrumento bárbaro de suplício, usado por vários povos para executar os condenados à morte. JESUS recebeu a sua Cruz, um grosso e pesado madeiro que apoiou no seu ombro.

Nós vos adoramos SENHOR JESUS e vos bendizemos! 
Porque pela Vossa Santa Cruz redimistes o mundo! 

Diante de Pilatos, algumas pessoas gritavam em defesa de JESUS. Mas a multidão gritava mais forte, pedindo que JESUS fosse crucificado! E a gritaria venceu! JESUS saiu a carregar a Cruz para um lugar chamado Calvário.
Quem faz maldades aos outros esquece rápido. Mas as vítimas da maldade terão que seguir pelo caminho da dor e do sofrimento. Quantas famílias são destruídas porque o pai ou a mãe decidiu abandonar o lar e seguir outro caminho! E a família segue com a pesada Cruz do abandono e muitas vezes até do empobrecimento. A felicidade não é encontrada por quem a procura só para si mesmo. A única felicidade que se tem vem da que se dá. Se faço alguém feliz, eu também serei mais feliz.

3ª Estação: Jesus cai pela primeira vez.
Numa ladeira com degraus de pedra, JESUS cai pela primeira vez. Cansado e abatido pelo sofrimento, JESUS é empurrado pelos soldados e cai por terra, também por causa do peso da Cruz. Os soldados que escoltavam JESUS, severos e cruéis, com os chicotes forçaram-NO a levantar-se e continuar a caminhada.

Nós vos adoramos SENHOR JESUS e vos bendizemos! 
Porque pela Vossa Santa Cruz redimistes o mundo! 

No inicio da sua missão JESUS disse: «O Espírito do Senhor está sobre mim,porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres;enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista;a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor.» (Lc 4,18-19)
No entanto, por causa da maldade das pessoas, JESUS tornou-se mesmo vítima da crueldade humana. 
Casar, constituir uma família, viver em paz, é o ideal que motiva os jovens ao casamento. Mas, muitos casais não estão preparados para enfrentar as dificuldades da vida. Diante dos primeiros problemas, brigam e separam-se. A queda de JESUS ensina-nos que a vida não é feita só com coisas boas. Existem as dificuldades no caminho, mas, o importante é ter coragem de se levantar depois das quedas e seguir em frente.

Abençoai SENHOR, as nossas famílias, ensinai-nos a perdoar as fraquezas e as quedas de cada um, como o SENHOR perdoou tantas vezes os nossos pecados. Ajudai-nos a caminhar juntos.

4ª Estação: Jesus encontra a sua Mãe.
A multidão esforçava-se entre as paredes das casas, das estreitas ruas, pois queriam cobiçosamente presenciar os acontecimentos. JESUS cansado, fez uma pausa. O Seu Corpo estava coberto de chagas que sangravam. Da cabeça, furada pelos espinhos da desprezível coroa desciam veios de sangue pelo rosto, cobrindo os olhos que prejudicavam a visão. Ao erguer a face, depara com o olhar triste e amargurado de Maria, Sua MÃE, impressionada com a intensidade da maldade do mundo. Ao presenciar todo aquele sofrimento, aquela terrível e brutal tortura que o seu querido Filho enfrentava, sentiu uma dolorosa dor trespassar o seu coração.

Nós vos adoramos SENHOR JESUS e vos bendizemos!
Porque pela Vossa Santa Cruz redimistes o mundo! 

JESUS, Maria e os Discípulos tinham ido a Jerusalém para participar da festa da Páscoa dos judeus, como faziam todos os anos, em obediência à Lei. Mas com a prisão de JESUS as coisas mudaram. Os dias que eram para viver em festa transformaram-se em dias de dor e sofrimento. Quando NOSSA SENHORA soube da prisão do seu Filho, foi à sua procura. E foi no caminho do Calvário que MÃE e Filho se encontraram.
Ao casar e criar os filhos, os pais planeiam sempre  uma vida de alegria para todos, repleta de realizações, e esforçam-se para que isso se concretize, procurando fazer da vida em família uma verdadeira festa. Mas muitos pais são apanhados de surpresa com notícias que apertam o coração! É uma filha que fugiu de casa ou ficou grávida na adolescência; um filho que se envolveu com o uso de drogas, ou sofreu um acidente violento, entre outros. E uma espada de dor trespassa o coração dos pais!


Ensinai-nos SENHOR, a sermos solidários com os que sofrem, e dai-nos forças para caminhar com eles na luta para recuperarmos a saúde, a alegria e a vida.

5ª Estação: Simão Cirineu ajuda a Jesus.
JESUS estava debilitado pela noite mal dormida e sem alimentação, além dos maus tratos e flagelos que recebeu. Parecia que dificilmente chegaria ao local da crucificação no Gólgota, que significa lugar da Caveira ou Calvário. Em sentido contrário vinha Simão, o Cirineu, que voltava do campo para a sua casa. Obrigaram-no a carregar a Cruz de JESUS.

Nós vos adoramos SENHOR JESUS e vos bendizemos!
Porque pela Vossa Santa Cruz redimistes o mundo! 

Simão trabalhava no campo desde cedo, não conhecia o SENHOR e nem sabia porque JESUS estava condenado a morrer na Cruz. Certamente JESUS percebeu o acontecimento, olhou para aquele homem e o abençoou. E a bênção do FILHO DE DEUS permaneceu para sempre na vida de Simão e de toda a sua família.
As pessoas que vivem isoladas, como os idosos que são abandonados nos asilos, os migrantes que vivem longe das famílias, as crianças que vivem nas ruas, carregam sozinhas a sua cruz ... mas como se sentem felizes quando alguém se aproxima e se interessa em fazer amizade com elas! Cada vez que fazemos alguma coisa para aliviar o sofrimento de uma pessoa, estamos a renovar o gesto de Simão, o Cirineu, que ajudou JESUS a carregar a Cruz.

6ª Estação: A Verónica limpa o rosto de Jesus.
A esta altura do percurso, por terem ultrapassado o portão do muro que fechava a cidade, grande parte do povo que já conhecia aquelas cenas, perderam o interesse e dispersaram. Uma mulher aproximou-se e enxugou o rosto ensanguentado do SENHOR.

Nós vos adoramos SENHOR JESUS e vos bendizemos! 
Porque pela Vossa Santa Cruz redimistes o mundo! 

A procissão do Calvário ia percorrendo o seu caminho. Muitas pessoas viam mas permaneciam à distância. Uma mulher chamada Verónica, sentiu que não podia ficar indiferente. Passou decididamente pela multidão, escapou dos soldados romanos e enxugou o rosto de JESUS. E no pano em que Verónica enxugou o rosto do SENHOR ficou gravada a imagem do FILHO DE DEUS.
Hoje vemos a imagem do servo sofredor em cada rosto dos nossos irmãos marginalizados pela sociedade, e não podemos ficar indiferentes...
A Campanha contra a Fome tem sido muito útil e importante para aliviar o sofrimento de muitas famílias carentes. 

Ajudai-nos SENHOR, a ser mais generosos, a ter coragem para procurar e participar da luta contra a miséria e o sofrimento.

7ª Estação: Jesus cai pela segunda vez.
Mais um pedaço caminhado de uma distância de aproximadamente 600 metros, que separava o Tribunal romano na Fortaleza Antonia do Calvário, local da crucifixão. O cansaço do SENHOR era muito grande. Os soldados sem qualquer sentimento de piedade, empurraram-NO para que caminhasse mais ligeiro. Uma ponta de pedra enviesada no caminho derrubou JESUS pela segunda vez.

Nós vos adoramos SENHOR JESUS e vos bendizemos! 
Porque pela Vossa Santa Cruz redimistes o mundo! 

JESUS sabia que iria enfrentar um cruel sofrimento. O seu Espírito estava preparado, mas o seu Corpo estava cansado e abatido. ELE caminhava com dificuldade, e mais uma vez tropeçou e caiu. JESUS estava a sofrer por causa dos nossos pecados, estava a ser castigado por causa das nossas incompreensíveis maldades.
Muitas famílias seguem com dificuldades pelos caminhos da vida. São muitos os obstáculos: desconfianças, brigas, alcoolismo, drogas, fome, doenças, etc. Há momentos de quedas, quando tudo parece ter chegado ao fim. Lembremos a perseverança de JESUS, a sua fé, a sua força e a sua coragem. Inspiremos no modelo do SENHOR e levantemos a cabeça para continuarmos firmes na caminhada existencial.

SENHOR, protegei-nos, para que nenhuma dificuldade venha interromper ou desviar-nos do projeto de vida que o SENHOR nos confiou. Aumentai a nossa fé e a nossa esperança.

8ª Estação: Jesus encontra as mulheres de Jerusalém.
A guarda romana zelosa no cumprimento da sua missão, não permitiu que o SENHOR parasse um pouco para descansar. Já estavam próximos do Monte Calvário quando JESUS observou as mulheres ao lado do caminho que lamentavam os SEUS sofrimentos.

Nós vos adoramos SENHOR JESUS e vos bendizemos!
Porque pela Vossa Santa Cruz redimistes o mundo! 

Entre aqueles que acompanhavam e presenciavam o desenrolar dos acontecimentos, haviam algumas mulheres colocadas ao lado do caminho que choravam e lamentavam por causa DELE. JESUS voltou-se para elas e disse: - «Filhas de Jerusalém, não choreis por mim, chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos; pois virão dias em que se dirá: ‘Felizes as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram.’ Hão-de, então, dizer aos montes: ‘Caí sobre nós!’ E às colinas: ‘Cobri-nos!’ Porque, se tratam assim a árvore verde, o que não acontecerá à seca?»  (Lc 23,28)
NOSSO SENHOR não quer que as pessoas fiquem somente a olhar para ELE e a lamentar o Seu sofrimento. ELE quer que as pessoas se voltem para a realidade das suas próprias vidas, percebam as situações de sofrimentos causados pela desgraça e lutem para superá-las e vencê-las, sobretudo não se esquecendo de exercitar as necessidades do próprio espírito, para poder contar com o precioso auxílio de NOSSO SENHOR, objetivando vencer todos os obstáculos do quotidiano.

SENHOR, fortalecei a fé no coração das pessoas que trabalham em defesa da família e da promoção humana.

9ª Estação: Terceira queda de Jesus.
Depois de falar com as mulheres que choravam, JESUS retomou o seu caminho, mas os centuriões romanos, homens severos e violentos, empurraram-NO com brutalidade, provocando a terceira queda. JESUS foi preso, condenado e levado para ser morto, e ninguém se importou com o que LHE ia acontecer.

Nós vos adoramos SENHOR JESUS e vos bendizemos! 
Porque pela Vossa Santa Cruz redimistes o mundo! 

Todos nós temos capacidade para avaliar a grandeza dos problemas e dificuldades enfrentadas pelo SENHOR, lembrando sobretudo que o percurso era acidentado e excessivamente longo, para qualquer homem cansado pelas dores, em jejum e traumatizado por abomináveis e covardes flagelos. Então não é difícil admirar a imensidão do esforço feito por JESUS, para cumprir sua Missão Redentora até o fim!
A organização do povo em sindicatos, associações, grupos de famílias, pode ajudar a preservar e a melhorar as condições de vida. Por exemplo: quantas pessoas já conseguiram vencer o vício das drogas e do alcoolismo, com a ajuda da comunidade! O importante é querer recomeçar sempre, não se pode desistir da vida e ficar caído pelo caminho.

SENHOR, ajudai-nos a compreender melhor. Dai-nos sensibilidade e paciência!

10ª Estação: Jesus é despojado de suas vestes.
Chegando ao Gólgota, os soldados empurraram JESUS contra o solo e tiraram as Suas roupas, rasgando a veste íntima em quatro partes e depois, lançaram à sorte a túnica, que era inteiriça, para ver quem ficaria com ela.

Nós vos adoramos SENHOR JESUS e vos bendizemos!
Porque pela Vossa Santa Cruz redimistes o mundo! 

A maldade e o desejo de explorar os outros tornam as pessoas insaciáveis. JESUS só tinha a roupa do Corpo e até isto arrancaram DELE. A violência do Calvário continua em muitas cidades e nos campos do nosso país. E as vítimas estão em todos os lugares: pessoas que passam fome, crianças abandonadas, assaltos e assassinatos que vão manchando de sangue o nosso solo.

Feliz quem segue o caminho do SENHOR e observa os seus ensinamentos. Este será abençoado e protegido pela graça Divina, recebendo como recompensa a Vida Eterna.

11ª Estação: Jesus é pregado na cruz.
Simão, o Cirineu, deixou a Cruz próximo a JESUS enquanto os soldados romanos crucificavam os dois ladrões. Depois vieram até JESUS, deitaram-NO sobre o madeiro e com violência pregaram a mão direita, enfiando um cravo de ferro que penetrando na sua carne rasgou o tecido, atravessou o pulso e fixou-se na Cruz, enquanto o sangue fluiu pelo rompimento das veias e vasos sanguíneos despedaçados pela brusca penetração. Do mesmo modo, com força e brutalidade, pregaram a mão esquerda e também ambos os pés, um sobre o outro, o pé direito em cima do esquerdo, atravessados com um único cravo. Agora Jesus estava definitivamente pregado à Cruz.

Nós vos adoramos SENHOR JESUS e vos bendizemos! 
Porque pela Vossa Santa Cruz redimistes o mundo! 

JESUS foi pregado na Cruz e elevado da terra; junto DELE foram crucificados dois malfeitores, um à sua direita e outro à sua esquerda. Um dos malfeitores pedia a JESUS: "SENHOR, lembra-te de mim, quando estiveres no teu Reino." JESUS respondeu: " Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso." (Lc 23, 42-43)
JESUS sabia que a morte não era o fim. ELE sabia que era apenas uma passagem para a Vida Eterna na casa de DEUS PAI. Todas as pessoas que se arrependem das suas faltas e se voltam para o CRIADOR, ainda que seja na última hora, poderão receber o perdão Divino e serem acolhidas no Céu.

Livrai-nos SENHOR, da vereda dos maus. Mostrai-nos a vossa misericórdia e guiai os nossos passos pelos caminhos que conduzem à Eternidade.

12ª Estação: Jesus morre na cruz.
A respiração do SENHOR estava ofegante... Com dificuldade conseguia firmar os pés apoiando-os no cravo de ferro que os prendiam, para elevar o Corpo e poder respirar. Sofre o REDENTOR por causa dos nossos muitos pecados e morre na Cruz! Nuvens pesadas envolveram o firmamento e a terra cobriu-se de trevas, acontecendo fortes tremores, abrindo-se as rochas, abrindo-se muitos túmulos dos quais ressuscitaram corpos de justos, ao mesmo tempo em que o véu do Templo judeu rasgou-se ao meio, de cima a baixo, sem qualquer intervenção humana. O SENHOR entregava o seu ESPÍRITO ao PAI ETERNO.

Nós vos adoramos SENHOR JESUS e vos bendizemos! 
Porque pela Vossa Santa Cruz redimistes o mundo! 

Perto da Cruz estavam a MÃE de JESUS e a irmã dela, e também Maria Madalena e Maria mulher de Cleófas. Quando JESUS viu a sua MÃE ao lado do Discípulo que ELE amava,  disse-lhe: - «Mulher, eis o teu filho!» Depois, disse ao discípulo: «Eis a tua mãe!» E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua. (Jo 19, 26)
(Esta foi a última Vontade do Redentor, o último capítulo do Divino Testamento. Para nós, foi um grande presente o mais amado e o melhor de todos, afinal. Aquele Discípulo representava todas as pessoas, a humanidade inteira, inclusive cada um de nós. JESUS deu-nos a sua MÃE para ser também a MÃE Espiritual de toda a humanidade, a nossa preciosa Mãe que intercede a nosso favor em todas as nossas necessidades).
Quando JESUS viu que tudo estava terminado, ELE gritou bem alto: - "PAI, nas tuas mãos entrego o Meu ESPÍRITO." (Lc 23, 46) Depois de dizer isso, baixou a cabeça e morreu!

13ª Estação: Jesus morto nos braços da sua Mãe.
Como entardecia e não tinham notícias dos crucificados, os homens do Sinédrio que tramaram a morte do SENHOR, mandaram mensageiros pedir autorização a Pilatos para quebrar as pernas dos crucificados, a fim de acelerar a morte. Apesar de bárbaro, era um costume utilizado para apressar a morte dos condenados. A patrulha pretoriana chegou ao Gólgota e quebrou as pernas dos dois ladrões. Vendo que JESUS estava morto, não LHE quebraram as pernas, mas para verificar, um dos centuriões cravou a lança com força no lado direito do SENHOR, penetrando entre a quinta e a sexta costela, atingindo o Coração. No mesmo instante saiu sangue e água.

Nós vos adoramos SENHOR JESUS e vos bendizemos! 
Porque pela Vossa Santa Cruz redimistes o mundo! 

Depois de pedir autorização a Pilatos, José de Arimatéia e Nicodemos compraram um lençol de linho branco e tiras de pano, e retiraram o Corpo de JESUS da Cruz. E MARIA, sua MÃE, recebeu-O nos seus braços. Nos braços de MARIA estava o Corpo do seu Filho querido; no Coração de MARIA permanecia a dor e a angústia de uma MÃE aflita, ao ver as consequências da maldade e da violência da humanidade!

Ó MARIA, mãe das dores, fortalecei a fé no coração de todas as pessoas das nossas famílias, a fim de que tenhamos serenidade para enfrentar os momentos mais difíceis da nossa vida e com o auxílio do SENHOR, possamos ultrapassar todas as dificuldades do quotidiano.

14ª Estação: Jesus é sepultado.
José de Arimatéia, Nicodemos e alguns Apóstolos auxiliados por pessoas piedosas e as Santas Mulheres, de acordo com o costume judeu, prepararam o Corpo do SENHOR ungindo-O com um mistura de aloés e mirra, e envolveram-O com um lençol de linho. Respeitosamente em procissão conduziram JESUS para uma sepultura próxima, de propriedade de Arimatéia. Deitaram o Corpo do SENHOR numa saliência na rocha em forma de cama e fecharam a entrada com uma grande pedra.

Nós vos adoramos SENHOR JESUS e vos bendizemos! 
Porque pela Vossa Santa Cruz redimistes o mundo! 

O sepulcro foi aberto numa rocha, distante aproximadamente 100 metros do local da crucificação e onde ninguém tinha sido colocado antes. As mulheres que tinham seguido o SENHOR desde a Galiléia foram com os Discípulos, acompanhando o sepultamento de JESUS. Depois, elas voltaram para casa a fim de providenciarem perfumes e óleos objetivando fazerem uma digna preparação do Corpo de JESUS, porque naquele primeiro momento não foi possível, considerando que entardecia, era véspera da festa da Páscoa dos judeus e a lei não permitia cuidar de defuntos naquele período. Quem cuidasse, adquiriria "impureza legal" e teria que se purificar para poder participar da Páscoa e no caso, não haveria tempo para a purificação. Assim, por causa do horário, fizeram às pressas o sepultamento do SENHOR. Durante o sábado, também era proibido fazer qualquer atividade. Por isso, elas esperaram até a manhã de Domingo para irem ao túmulo prestar a última homenagem a JESUS. 
Entretanto, não será no sepulcro que as pessoas amigas de JESUS irão encontrá-LO. O óleo e os perfumes que as mulheres prepararam para ungir o Corpo do SENHOR deverão ser usados para aliviar o sofrimento dos doentes e dos feridos. São os vivos que precisam da nossa atenção. Quem morre vai para junto de DEUS. Por isso mesmo, a lembrança dos falecidos não deve trazer tristeza, mas deve motivar a nossa perseverança no mesmo espírito de fé, justiça e amor fraterno no mundo.
"Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância."(Jo 10,10)

15ª Estação: A Ressurreição de Jesus.
Houve um forte tremor de terra, que fez rolar a pedra que fechava o túmulo do SENHOR, ao mesmo tempo em que uma luz brilhante veio de dentro e projectou no chão os soldados, como se estivessem mortos, paralisados contra o solo, enquanto JESUS ressuscitava gloriosamente envolvido numa esplendorosa luz.

Nós vos adoramos SENHOR JESUS e vos bendizemos! 
Porque pela Vossa Santa Cruz redimistes o mundo! 

No Domingo bem cedo as mulheres foram ao túmulo, mas JESUS não estava lá. Próximo do sepulcro elas viram dois homens com vestes claras e brilhantes, e eles perguntaram-lhes: 
- "Porque procurais entre os mortos AQUELE que está vivo?" "JESUS não está aqui, mas ressuscitou." (Lc 24, 5-6)
E a notícia da Ressurreição espalhou-se rapidamente entre os discípulos. E foi no meio dos discípulos que o SENHOR manifestou a sua presença. Antes de subir para junto do PAI, JESUS disse aos seus discípulos: - "Foi-me dado todo o poder no Céu e na Terra. Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado. E sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos." (Mt 28, 18-20)

Hoje o CRISTO Ressuscitado manifesta a Sua presença através de todas as pessoas que vivem a fé e se comprometem na luta pela construção de um mundo novo, onde o amor, a justiça e a fraternidade são os sinais de que nós estamos com ELE, e ELE permanece connosco.


SENHOR, que a nossa família seja a Vossa família. Que a nossa casa seja a Vossa casa. E que a nossa vida seja uma continuação da Vossa presença no mundo.

PAI NOSSO: - PAI NOSSO que estais nos Céus, santificado seja o Vosso Nome, venha a nós o Vosso reino, seja feita a Vossa Vontade assim na Terra como no Céu; o pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.

AVE MARIA: - Ave MARIA, cheia de graças, o SENHOR é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre JESUS. Santa MARIA, MÃE DE DEUS, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

GLÓRIA: - Glória ao PAI, ao FILHO e ao ESPÍRITO SANTO, como era no princípio, agora e sempre. Amém.