segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Rápida Passagem

Conta-se que no século passado, um turista americano foi à cidade do Cairo, no Egipto.
O seu objectivo era visitar um famoso rabino. O turista ficou surpreso ao ver que o rabino morava num quarto simples, cheio de livros. As únicas peças de mobília eram uma mesa e um banco. 
- Onde estão os seus móveis? - perguntou o turista.
E o rabino, bem depressa, perguntou também:
- Onde estão os seus?
- Os meus? - disse o turista intrigado. – Mas eu estou aqui de passagem!
- Eu também! - disse o rabino.


A vida na Terra é somente uma passagem. No entanto, vivemos como se fossemos ficar aqui eternamente.






É Razoável pensar nisso...

A paciência não é um vitral gracioso para as suas horas de lazer. É amparo destinado aos obstáculos.

A serenidade não é jardim para os seus dias dourados. É suprimento de paz para as decepções do seu caminho.
A calma não é um harmonioso violino para as suas conversações agradáveis. É valor substancial para os seus entendimentos difíceis.
A tolerância não é o saboroso vinho para os seus minutos de camaradagem. É uma porta valiosa para que você demonstre boa vontade, entre os companheiros menos evoluídos.
A boa cooperação não é processo fácil de receber um concurso alheio. É o meio de você ajudar o companheiro que necessita.
A confiança não é um néctar para as suas noites de prata. É um refúgio certo para as ocasiões de tormenta.
O optimismo não constitui poltrona preguiçosa para os seus crepúsculos de anil. É manancial de forças para os seus dias de luta.
A resistência não é um adorno verbalista. É o sustento da sua fé.
A esperança não é genuflexório de simples contemplação. É energia para as realizações elevadas que competem ao seu espírito.
A virtude não é flor ornamental. É fruto abençoado do esforço próprio que você deve usar e engrandecer no momento oportuno.






sábado, 25 de fevereiro de 2012

MENSAGEM DO SANTO PADRE PARA A QUARESMA 2012

«Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras» (Heb 10, 24)

Irmãos e irmãs!
A Quaresma oferece-nos a oportunidade de reflectir mais uma vez sobre o cerne da vida cristã: o amor. Com efeito este é um tempo propício para renovarmos, com a ajuda da Palavra de Deus e dos Sacramentos, o nosso caminho pessoal e comunitário de fé. Trata-se de um percurso marcado pela oração e a partilha, pelo silêncio e o jejum, com a esperança de viver a alegria pascal.
Desejo, este ano, propor alguns pensamentos inspirados num breve texto bíblico tirado da Carta aos Hebreus: «Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras» (10, 24). Esta frase aparece inserida numa passagem onde o escritor sagrado exorta a ter confiança em Jesus Cristo como Sumo Sacerdote, que nos obteve o perdão e o acesso a Deus. O fruto do acolhimento de Cristo é uma vida edificada segundo as três virtudes teologais: trata-se de nos aproximarmos do Senhor «com um coração sincero, com a plena segurança da fé» (v. 22), de conservarmos firmemente «a profissão da nossa esperança» (v. 23), numa solicitude constante por praticar, juntamente com os irmãos, «o amor e as boas obras» (v. 24). Na passagem em questão afirma-se também que é importante, para apoiar esta conduta evangélica, participar nos encontros litúrgicos e na oração da comunidade, com os olhos fixos na meta escatológica: a plena comunhão em Deus (v. 25). Detenho-me no versículo 24, que, em poucas palavras, oferece um ensinamento precioso e sempre actual sobre três aspectos da vida cristã: prestar atenção ao outro, a reciprocidade e a santidade pessoal.

1. «Prestemos atenção»: a responsabilidade pelo irmão.
O primeiro elemento é o convite a «prestar atenção»: o verbo grego usado é katanoein, que significa observar bem, estar atento, olhar conscienciosamente, dar-se conta de uma realidade. Encontramo-lo no Evangelho, quando Jesus convida os discípulos a «observar» as aves do céu, que não se preocupam com o alimento e todavia são objecto de solícita e cuidadosa Providência divina (cf. Lc 12, 24), e a «dar-se conta» da trave que têm na própria vista antes de reparar no argueiro que está na vista do irmão (cf. Lc 6, 41). Encontramos o referido verbo também noutro trecho da mesma Carta aos Hebreus, quando convida a «considerar Jesus» (3, 1) como o Apóstolo e o Sumo Sacerdote da nossa fé. Por conseguinte o verbo, que aparece na abertura da nossa exortação, convida a fixar o olhar no outro, a começar por Jesus, e a estar atentos uns aos outros, a não se mostrar alheio e indiferente ao destino dos irmãos. Mas, com frequência, prevalece a atitude contrária: a indiferença, o desinteresse, que nascem do egoísmo, mascarado por uma aparência de respeito pela «esfera privada». Também hoje ressoa, com vigor, a voz do Senhor que chama cada um de nós a cuidar do outro. Também hoje Deus nos pede para sermos o «guarda» dos nossos irmãos (cf.Gn 4, 9), para estabelecermos relações caracterizadas por recíproca solicitude, pela atenção ao bem do outro e a todo o seu bem. O grande mandamento do amor ao próximo exige e incita a consciência a sentir-se responsável por quem, como eu, é criatura e filho de Deus: o facto de sermos irmãos em humanidade e, em muitos casos, também na fé deve levar-nos a ver no outro um verdadeiro alter ego, infinitamente amado pelo Senhor. Se cultivarmos este olhar de fraternidade, brotarão naturalmente do nosso coração a solidariedade, a justiça, bem como a misericórdia e a compaixão. O Servo de Deus Paulo VI afirmava que o mundo actual sofre sobretudo de falta de fraternidade: «O mundo está doente. O seu mal reside mais na crise de fraternidade entre os homens e entre os povos, do que na esterilização ou no monopólio, que alguns fazem, dos recursos do universo» (Carta enc. Populorum progressio, 66).
A atenção ao outro inclui que se deseje, para ele ou para ela, o bem sob todos os seus aspectos: físico, moral e espiritual. Parece que a cultura contemporânea perdeu o sentido do bem e do mal, sendo necessário reafirmar com vigor que o bem existe e vence, porque Deus é «bom e faz o bem» (Sal 119/118, 68). O bem é aquilo que suscita, protege e promove a vida, a fraternidade e a comunhão. Assim a responsabilidade pelo próximo significa querer e favorecer o bem do outro, desejando que também ele se abra à lógica do bem; interessar-se pelo irmão quer dizer abrir os olhos às suas necessidades. A Sagrada Escritura adverte contra o perigo de ter o coração endurecido por uma espécie de «anestesia espiritual», que nos torna cegos aos sofrimentos alheios. O evangelista Lucas narra duas parábolas de Jesus, nas quais são indicados dois exemplos desta situação que se pode criar no coração do homem. Na parábola do bom Samaritano, o sacerdote e o levita, com indiferença, «passam ao largo» do homem assaltado e espancado pelos salteadores (cf. Lc 10, 30-32), e, na do rico avarento, um homem saciado de bens não se dá conta da condição do pobre Lázaro que morre de fome à sua porta (cf. Lc 16, 19). Em ambos os casos, deparamo-nos com o contrário de «prestar atenção», de olhar com amor e compaixão. O que é que impede este olhar feito de humanidade e de carinho pelo irmão? Com frequência, é a riqueza material e a saciedade, mas pode ser também o antepor a tudo os nossos interesses e preocupações próprias. Sempre devemos ser capazes de «ter misericórdia» por quem sofre; o nosso coração nunca deve estar tão absorvido pelas nossas coisas e problemas que fique surdo ao brado do pobre. Diversamente, a humildade de coração e a experiência pessoal do sofrimento podem, precisamente, revelar-se fonte de um despertar interior para a compaixão e a empatia: «O justo conhece a causa dos pobres, porém o ímpio não o compreende» (Prov 29, 7). Deste modo entende-se a bem-aventurança «dos que choram» (Mt 5, 4), isto é, de quantos são capazes de sair de si mesmos porque se comoveram com o sofrimento alheio. O encontro com o outro e a abertura do coração às suas necessidades são ocasião de salvação e de bem-aventurança.
O facto de «prestar atenção» ao irmão inclui, igualmente, a solicitude pelo seu bem espiritual. E aqui desejo recordar um aspecto da vida cristã que me parece esquecido: a correcção fraterna, tendo em vista a salvação eterna. De forma geral, hoje é-se muito sensível ao tema do cuidado e do amor que visa o bem físico e material dos outros, mas quase não se fala da responsabilidade espiritual pelos irmãos. Na Igreja dos primeiros tempos não era assim, como não o é nas comunidades verdadeiramente maduras na fé, nas quais se tem a peito não só a saúde corporal do irmão, mas também a da sua alma tendo em vista o seu destino derradeiro. Lemos na Sagrada Escritura: «Repreende o sábio e ele te amará. Dá conselhos ao sábio e ele tornar-se-á ainda mais sábio, ensina o justo e ele aumentará o seu saber» (Prov 9, 8-9). O próprio Cristo manda repreender o irmão que cometeu um pecado (cf. Mt 18, 15). O verbo usado para exprimir a correcção fraterna – elenchein – é o mesmo que indica a missão profética, própria dos cristãos, de denunciar uma geração que se faz condescendente com o mal (cf. Ef 5, 11). A tradição da Igreja enumera entre as obras espirituais de misericórdia a de «corrigir os que erram». É importante recuperar esta dimensão do amor cristão. Não devemos ficar calados diante do mal. Penso aqui na atitude daqueles cristãos que preferem, por respeito humano ou mera comodidade, adequar-se à mentalidade comum em vez de alertar os próprios irmãos contra modos de pensar e agir que contradizem a verdade e não seguem o caminho do bem. Entretanto a advertência cristã nunca há-de ser animada por espírito de condenação ou censura; é sempre movida pelo amor e a misericórdia e brota duma verdadeira solicitude pelo bem do irmão. Diz o apóstolo Paulo: «Se porventura um homem for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi essa pessoa com espírito de mansidão, e tu olha para ti próprio, não estejas também tu a ser tentado» (Gl 6, 1). Neste nosso mundo impregnado de individualismo, é necessário redescobrir a importância da correcção fraterna, para caminharmos juntos para a santidade. É que «sete vezes cai o justo» (Prov 24, 16) – diz a Escritura –, e todos nós somos frágeis e imperfeitos (cf. 1 Jo 1, 8). Por isso, é um grande serviço ajudar, e deixar-se ajudar, a ler com verdade dentro de si mesmo, para melhorar a própria vida e seguir mais rectamente o caminho do Senhor. Há sempre necessidade de um olhar que ama e corrige, que conhece e reconhece, que discerne e perdoa (cf. Lc 22, 61), como fez, e faz, Deus com cada um de nós.

2. «Uns aos outros»: o dom da reciprocidade.
O facto de sermos o «guarda» dos outros contrasta com uma mentalidade que, reduzindo a vida unicamente à dimensão terrena, deixa de a considerar na sua perspectiva escatológica e aceita qualquer opção moral em nome da liberdade individual. Uma sociedade como a actual pode tornar-se surda quer aos sofrimentos físicos, quer às exigências espirituais e morais da vida. Não deve ser assim na comunidade cristã! O apóstolo Paulo convida a procurar o que «leva à paz e à edificação mútua» (Rm 14, 19), favorecendo o «próximo no bem, em ordem à construção da comunidade» (Rm 15, 2), sem buscar «o próprio interesse, mas o do maior número, a fim de que eles sejam salvos» (1 Cor 10, 33). Esta recíproca correcção e exortação, em espírito de humildade e de amor, deve fazer parte da vida da comunidade cristã.
Os discípulos do Senhor, unidos a Cristo através da Eucaristia, vivem numa comunhão que os liga uns aos outros como membros de um só corpo. Isto significa que o outro me pertence: a sua vida, a sua salvação têm a ver com a minha vida e a minha salvação. Tocamos aqui um elemento muito profundo da comunhão: a nossa existência está ligada com a dos outros, quer no bem quer no mal; tanto o pecado como as obras de amor possuem também uma dimensão social. Na Igreja, corpo místico de Cristo, verifica-se esta reciprocidade: a comunidade não cessa de fazer penitência e implorar perdão para os pecados dos seus filhos, mas alegra-se contínua e jubilosamente também com os testemunhos de virtude e de amor que nela se manifestam. Que «os membros tenham a mesma solicitude uns para com os outros» (1 Cor 12, 25) – afirma São Paulo –, porque somos um e o mesmo corpo. O amor pelos irmãos, do qual é expressão a esmola – típica prática quaresmal, juntamente com a oração e o jejum – radica-se nesta pertença comum. Também com a preocupação concreta pelos mais pobres, pode cada cristão expressar a sua participação no único corpo que é a Igreja. E é também atenção aos outros na reciprocidade saber reconhecer o bem que o Senhor faz neles e agradecer com eles pelos prodígios da graça que Deus, bom e omnipotente, continua a realizar nos seus filhos. Quando um cristão vislumbra no outro a acção do Espírito Santo, não pode deixar de se alegrar e dar glória ao Pai celeste (cf. Mt 5, 16).

3. «Para nos estimularmos ao amor e às boas obras»: caminhar juntos na santidade.
Esta afirmação da Carta aos Hebreus (10, 24) impele-nos a considerar a vocação universal à santidade como o caminho constante na vida espiritual, a aspirar aos carismas mais elevados e a um amor cada vez mais alto e fecundo (cf. 1 Cor 12, 31 – 13, 13). A atenção recíproca tem como finalidade estimular-se, mutuamente, a um amor efectivo sempre maior, «como a luz da aurora, que cresce até ao romper do dia» (Prov 4, 18), à espera de viver o dia sem ocaso em Deus. O tempo, que nos é concedido na nossa vida, é precioso para descobrir e realizar as boas obras, no amor de Deus. Assim a própria Igreja cresce e se desenvolve para chegar à plena maturidade de Cristo (cf. Ef 4, 13). É nesta perspectiva dinâmica de crescimento que se situa a nossa exortação a estimular-nos reciprocamente para chegar à plenitude do amor e das boas obras.
Infelizmente, está sempre presente a tentação da tibieza, de sufocar o Espírito, da recusa de «pôr a render os talentos» que nos foram dados para bem nosso e dos outros (cf. Mt 25, 24-28). Todos recebemos riquezas espirituais ou materiais úteis para a realização do plano divino, para o bem da Igreja e para a nossa salvação pessoal (cf. Lc 12, 21; 1 Tm 6, 18). Os mestres espirituais lembram que, na vida de fé, quem não avança, recua. Queridos irmãos e irmãs, acolhamos o convite, sempre actual, para tendermos à «medida alta da vida cristã» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 31). A Igreja, na sua sabedoria, ao reconhecer e proclamar a bem-aventurança e a santidade de alguns cristãos exemplares, tem como finalidade também suscitar o desejo de imitar as suas virtudes. São Paulo exorta: «Adiantai-vos uns aos outros na mútua estima» (Rm 12, 10).
Que todos, à vista de um mundo que exige dos cristãos um renovado testemunho de amor e fidelidade ao Senhor, sintam a urgência de esforçar-se por adiantar no amor, no serviço e nas obras boas (cf. Heb 6, 10). Este apelo ressoa particularmente forte neste tempo santo de preparação para a Páscoa. Com votos de uma Quaresma santa e fecunda, confio-vos à intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria e, de coração, concedo a todos a Bênção Apostólica.

BENEDICTUS PP XVI




sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Leituras e Evangelho 26/02/2012

LEITURA I Gen 9, 8-15
A aliança de Deus com Noé, salvo das águas do dilúvio
A primeira leitura dos domingos da Quaresma não está em ligação com a do Evangelho, como nos domingos do Tempo Comum. Refere-se à história da salvação, mostrando como Deus encaminhou os passos da humanidade, desde os tempos mais antigos até à realização da promessa da nova Aliança em Jesus Cristo. Este ano, começamos com Noé. O dilúvio termina com uma aliança, que anuncia desde logo a aliança estabelecida entre Deus e os homens na Morte e Ressurreição de Cristo. Por outro lado, no próprio dilúvio Deus quis significar a regeneração espiritual do baptismo, pois nele, como no dilúvio, a água se tornou, simbolicamente, “fim de vícios e origem de virtudes” (liturgia baptismal).

Leitura do Livro do Génesis
Deus disse a Noé e a seus filhos: «Estabelecerei a minha aliança convosco, com a vossa descendência e com todos os seres vivos que vos acompanham: as aves, os animais domésticos, os animais selvagens que estão convosco, todos quantos saíram da arca e agora vivem na terra. Estabelecerei convosco a minha aliança: de hoje em diante nenhuma criatura será exterminada pelas águas do dilúvio e nunca mais um dilúvio devastará a terra». Deus disse ainda: «Este é o sinal da aliança que estabeleço convosco e com todos os animais que vivem entre vós, por todas as gerações futuras: farei aparecer o meu arco sobre as nuvens, que será um sinal da aliança entre Mim e a terra. Sempre que Eu cobrir a terra de nuvens e aparecer nas nuvens o arco, recordarei a minha aliança convosco e com todos os seres vivos e nunca mais as águas formarão um dilúvio para destruir todas as criaturas».
Palavra do Senhor.

LEITURA II 1 Pedro 3, 18-22
«O Baptismo que agora vos salva»
S. Pedro faz nesta leitura o comentário ao dilúvio, estabelecendo a comparação entre este e o baptismo. O baptismo é hoje o verdadeiro dilúvio, que destrói o pecado e faz nascer uma nova humanidade em Cristo. Assim, a história da salvação chega a todas as gerações e todas elas são arrastadas na sua corrente de graça.

Leitura da Primeira Epístola de São Pedro
Caríssimos: Cristo morreu uma só vez pelos pecados – o Justo pelos injustos – para vos conduzir a Deus. Morreu segundo a carne, mas voltou à vida pelo Espírito. Foi por este Espírito que Ele foi pregar aos espíritos que estavam na prisão da morte e tinham sido outrora rebeldes, quando, nos dias de Noé, Deus esperava com paciência, enquanto se construía a arca, na qual poucas pessoas, oito apenas, se salvaram através da água. Esta água é figura do Baptismo que agora vos salva, que não é uma purificação da imundície corporal, mas o compromisso para com Deus de uma boa consciência; ele vos salva pela ressurreição de Jesus Cristo, que subiu ao Céu e está à direita de Deus, tendo sob o seu domínio os Anjos, as Dominações e as Potestades.
Palavra do Senhor.

ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Mt 4, 4b
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Senhor. Repete-se
Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Refrão

EVANGELHO Mc 1, 12-15
«Era tentado por Satanás e os Anjos serviam-n’O»
“O Senhor Jesus Cristo era tentado pelo demónio no deserto. Mas em Cristo também tu eras tentado, porque Ele tomou sobre Si a tua condição humana, para te dar a salvação; para Si tomou as tuas tentações, para te dar a sua vitória” (S. Agostinho). A vitória de Jesus sobre Satanás proclamada neste primeiro Domingo da Quaresma anuncia desde já o triunfo pascal da sua Morte e Ressurreição, e oferece-nos, ao mesmo tempo, a participação nessa sua vitória sobre o pecado e a morte.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, o Espírito Santo impeliu Jesus para o deserto. Jesus esteve no deserto quarenta dias e era tentado por Satanás. Vivia com os animais selvagens e os Anjos serviam-n’O. Depois de João ter sido preso, Jesus partiu para a Galileia e começou a pregar o Evangelho, dizendo: «Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho».
Palavra da salvação.


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Quaresma

O que quer dizer Quaresma?
A palavra Quaresma vem do latim quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecedem a festa ápice do cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no Domingo de Páscoa. Esta prática data desde o século IV.

O que é a Quaresma?
A Quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja marca para nos preparar para a grande festa da Páscoa. É tempo para arrepender-nos dos nossos pecados e de mudar algo de nós para sermos melhores e podermos viver mais próximos de Cristo.
A Quaresma dura quarenta dias; começa na Quarta-feira de Cinzas e termina no Domingo de Ramos. Ao longo deste tempo, sobretudo na liturgia do domingo, fazemos um esforço para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que devemos viver como filhos de Deus. A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência. É um tempo de reflexão, de penitência, de conversão espiritual; tempo e preparação para o mistério pascal.
Na Quaresma, Cristo convida-nos a mudar de vida. A Igreja convida-nos a viver a Quaresma como um caminho a Jesus Cristo, escutando a Palavra de Deus, orando, compartilhando com o próximo e praticando boas obras. Convida-nos a viver uma série de atitudes cristãs que nos ajudam a parecer mais com Jesus Cristo, já que por acção do pecado, nos afastamos mais de Deus. Por isso, a Quaresma é o tempo do perdão e da reconciliação fraterna. Cada dia, durante a vida, devemos retirar dos nossos corações o ódio, o rancor, a inveja, os zelos que se opõem ao nosso amor a Deus e aos irmãos. 
Na Quaresma, aprendemos a conhecer e a apreciar a Cruz de Jesus. Com isto aprendemos também a tomar a nossa cruz com alegria para alcançar a glória da ressurreição. A duração da Quaresma está baseada no símbolo do número quarenta na Bíblia. 
A Bíblia está repleta de passagens onde o número 40 possui um significado muito forte. Podemos encontrar na Bíblia os quarenta dias do dilúvio, os quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto (Êxodo), os quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha (I Reis 19, 1-18), os quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública (Lucas 4, 1-13),  e os quatrocentos anos que durou a estada dos judeus no Egipto.

O que os cristãos devem fazer no tempo de Quaresma?
A Igreja católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na quarta-feira de cinzas, três grandes linhas de acção: a oração, a penitência e a caridade. Não somente durante a Quaresma, mas em todos os dias da sua vida, o cristão deve procurar o Reino de Deus, ou seja, lutar para que exista justiça, a paz e o amor em toda a humanidade. Os cristãos devem então recolher-se para a reflexão para se aproximarem de Deus. Esta procura inclui a oração, a penitência e a caridade, esta última como uma consequência da penitência. 
Oração – (SER) procurar Deus para obter a libertação; procurar Deus para obter o que necessitamos, no sentido de submeter os nossos anseios à Vontade de Deus, exercitando a confiança de estar totalmente entregue aos cuidados de Deus, que sempre faz o melhor pela nossa vida. Através da ORAÇÃO procuramos um diálogo constante com Deus e, procuramos conhecer a Sua Santíssima Vontade para a nossa vida e obedecê-La será o nosso objectivo... a oração, a leitura e meditação da Palavra, assim, tem como finalidade esculpir o nosso SER de Deus, totalmente diferente do SER deste mundo e, deste modo, leva-nos à CONVERSÃO e mudança de ATITUDE!
Palavra – necessidade espiritual – Bíblia – ORAÇÃO, conhecer os mandamentos, obediência, Deus é tudo. Jesus não ignora a necessidade física e/ou material, mas alerta que a necessidade maior é a do alimento espiritual, onde realmente podemos encontrar a vida em abundância, vida abençoada por Deus. (Jo 10, 9-16)
Penitência – desapego (TER) – nada é mais importante do que a vida nova com Jesus; Queremos mostrar a Deus que Ele é tudo o que precisamos para ser feliz, e só Ele sabe o que precisamos. Então oferecemos jejum, fazemos abstinência de coisas que são importantes para nós. Este jejum exige de nós um sacrifício, que oferecemos para a nossa purificação e para o desapego.
Caridade – partilha (Poder) – A nossa alegria está em estender a mão para aqueles que mais precisam; consiste, ainda, em trocar o lucro, o acúmulo pela partilha para uma maior justiça social, ou melhor, abster-se do PODER para SERVIR, PARTILHAR! 

Deus age na nossa vida sempre para a nossa salvação e para sermos um sinal do seu amor para o outro, contudo, o único compromisso que Deus tem connosco é a nossa salvação! 
Não é um Deus que age para satisfazer as nossas manias, mas tudo o que permite acontecer é para um bem maior que está ajustado no mistério da nossa salvação e do sacrifício da cruz! E mistério é mistério! Jesus alerta-nos para não nos deixarmos seduzir pelos caprichos do mundo, mas ao contrário precisamos estar atentos à Vontade de Deus para a nossa vida. Precisamos de saber que para ganhar o céu é preciso caminhar na Via-sacra junto com Jesus. (Lc 9, 22-26).

Quais são os rituais e tradições associados à Páscoa do Senhor?
As celebrações têm início no Domingo de Ramos, que significam a entrada triunfal de Jesus, o começo da Semana Santa. Os ramos simbolizam a vida do Senhor, ou seja, Domingo de Ramos é entrar na Semana Santa para relembrar aquele momento. Depois, celebra-se a Ceia do Senhor, realizada na Quinta-feira santa, conhecida também como o lava-pés. Celebra-se Jesus criando a eucaristia, a entrega de Jesus e portanto, o resgate dos pecadores. Depois, vem a celebração da Sexta-feira da Paixão, também conhecida como Sexta-feira Santa, que celebra a morte do Senhor, às 15 horas. Na Sexta à noite geralmente é feita uma procissão ou ainda a Via-sacra, que seria a repetição das 14 passagens da vida de Jesus. No Sábado à noite, o Sábado de Aleluia, é celebrada a Vigília Pascal, também conhecida como a Missa do Fogo. Nela o Círio Pascal é acesso, resultando as cinzas. O significado das cinzas é que do pó viemos e para o pó voltaremos, sinal de conversão e de que nada somos sem Deus. Um símbolo da renovação de um ciclo. Os rituais encerram-se no Domingo, data da ressurreição de Cristo, com a Missa da Páscoa, que celebra o Cristo Vivo.






sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Leituras e Evangelho 19/02/2012


LEITURA I Is 43, 18-19.21-22.24b-25
«Apagarei as tuas transgressões, em atenção a Mim»
É extraordinário, e acima de toda a compreensão, o amor e a misericórdia de Deus para com os homens. O Senhor está sempre pronto a perdoar. Constantemente Ele insiste connosco, para que nos voltemos, verdadeiramente, para Ele, e queiramos receber o seu perdão, com o esquecimento de todas as nossas faltas.

Leitura do Livro de Isaías
Eis o que diz o Senhor: «Não vos lembreis mais dos acontecimentos passados, não presteis atenção às coisas antigas. Eu vou realizar uma coisa nova, que já começa a aparecer; não o vedes? Vou abrir um caminho no deserto, fazer brotar rios na terra árida. O povo que formei para Mim proclamará os meus louvores. Mas tu não Me chamaste, Jacob, não te preocupaste comigo, Israel. Pelo contrário, obrigaste-Me a suportar os teus pecados, cansaste-Me com as tuas iniquidades. Sou Eu, sou Eu que, em atenção a Mim, tenho de apagar as tuas transgressões e não mais recordar as tuas faltas».
Palavra do Senhor.

LEITURA II 2 Cor 1, 18-22
«Jesus não foi sim e não, mas sempre foi sim»
Deus é sempre fiel às suas promessas de amor e de perdão. Foi, por isso, que enviou o seu Filho à Terra. Com o seu “sim” à vontade do Pai, Cristo veio trazer aos homens a salvação. A força divina do Espírito Santo que nos é dada é uma garantia que supera a nossa fraqueza.

Leitura da Segunda Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios
Irmãos: Deus é testemunha fiel de que a nossa linguagem convosco não é sim e não. Porque o Filho de Deus, Jesus Cristo, que nós pregámos entre vós – eu, Silvano e Timóteo – não foi sim e não, mas foi sempre um sim. Todas as promessas de Deus são um sim em seu Filho. É por Ele que nós dizemos ‘Amen’ a Deus para sua glória. Quem nos confirma em Cristo – a nós e a vós – é Deus. Foi Ele que nos concedeu a unção, nos marcou com o seu sinal e imprimiu em nossos corações o penhor do Espírito.
Palavra do Senhor.

ALELUIA Lc 4, 18
Refrão: Aleluia. Repete-se
O Senhor me enviou a anunciar a boa nova aos pobres, a proclamar aos cativos a liberdade. Refrão

EVANGELHO Mc 2, 1-12
«O Filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados»
Sem a colaboração e a persistência dos quatro homens que o transportavam, nunca o paralítico seria curado e perdoado por Jesus. Quantos dos nossos irmãos ainda manietados pelo pecado não estarão à espera da nossa ajuda e da nossa insistência para se deixarem conduzir até junto do perdão misericordioso de Cristo?

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Quando Jesus entrou de novo em Cafarnaum e se soube que Ele estava em casa, juntaram-se tantas pessoas que já não cabiam sequer em frente da porta; e Jesus começou a pregar-lhes a palavra. Trouxeram-Lhe um paralítico, transportado por quatro homens; e, como não podiam levá-lo até junto d’Ele, devido à multidão, descobriram o tecto por cima do lugar onde Ele Se encontrava e, feita assim uma abertura, desceram a enxerga em que jazia o paralítico. Ao ver a fé daquela gente, Jesus disse ao paralítico: «Filho, os teus pecados estão perdoados». Estavam ali sentados alguns escribas, que assim discorriam em seus corações: «Porque fala Ele deste modo? Está a blasfemar. Não é só Deus que pode perdoar os pecados?». Jesus, percebendo o que eles estavam a pensar, perguntou-lhes: «Porque pensais assim nos vossos corações? Que é mais fácil? Dizer ao paralítico: ‘Os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te, toma a tua enxerga e anda’? Pois bem. Para saberdes que o Filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados, ‘Eu te ordeno – disse Ele ao paralítico – levanta-te, toma a tua enxerga e vai para casa’». O homem levantou-se, tomou a enxerga e saiu diante de toda a gente, de modo que todos ficaram maravilhados e glorificavam a Deus, dizendo: «Nunca vimos coisa assim».
Palavra da salvação.

Informação - Catequese, 18 de Fevereiro

No próximo Sábado, dia 18 de Fevereiro, haverá catequese normal, destinada a todas as turmas de catequese desde o1º ao 6º anos. Assim todos os catequizandos devem trazer os catecismos para a catequese.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Aonde estão os seus olhos?

Um adolescente (usuário de drogas), após ter sido castigado pelos seus pais várias vezes, e depois de ter chegado à conclusão de que não se conseguiria corrigir, dirigiu-se ao director do colégio e humildemente perguntou:
- Professor, o que devo fazer para não cometer esses erros novamente? Tenho me esforçado, mas não estou a conseguir!
O mestre então, sabiamente, pegou num copo, encheu-o de água e entregou-o ao jovem, e disse: 
- Filho, anda com este copo por todo o colégio, entra em todas as salas, sobe e desce todas as escadas, entra em todos os cantos e becos, nos jardins, no sótão e volta aqui sem derramar uma só gota dessa água.
- Impossível - disse o jovem. - Não vou conseguir!
- Se tu quiseres, vais conseguir sim. - disse o mestre.
O jovem saiu, devagar, com os olhos fixos no copo. Subiu e desceu escadas, entrou e saiu de salas, cantos e becos, sótão, jardins, e voltou sem ter derramado a água. 
O mestre olha-o, bate-lhe nos ombros carinhosamente e diz: 
- Não viste as garotas que passeavam pelo jardim no horário de aulas? Os colegas que te convidavam para um copo de bebida, ou um cigarrinho?
- Não - responde o jovem. - Eu estava com os olhos fixos no copo.
O mestre sorri, e diz: 
- Se fixares os olhos em Deus, como fizeste com o copo, terás a força que tanto precisas para vencer as tentações e não cometerás mais as faltas pelas quais tens sido castigado. Olha para Deus, e deixa-O ser o rumo da tua vida!

(desconheço o autor)


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Festa da Luz

A Festa Luz para o 1º ano realizar-se-à no próximo Sábado, dia 11 de Fevereiro,  às 19:00, não havendo catequese nesse dia. Assim pede-se a comparecência de todos por volta das 18:30 para uma melhor organização da Eucaristia. Encorajamos também a que as crianças sejam acompanhadas por uma pessoa adulta.

Leituras e Evangelho 12/02/2012

LEITURA I Lev 13, 1-2.44-46
«O leproso deverá morar à parte, fora do acampamento»
Esta leitura prepara-nos para melhor compreendermos a do Evangelho. Ali Jesus vai curar um doente de lepra. Nesta leitura, são recordadas as prescrições da Lei do Antigo Testamento a respeito dos leprosos. A situação destes doentes era verdadeiramente infeliz. Tanto mais se poderá ver na cura que o Senhor fez um sinal do seu poder e da sua misericórdia.

Leitura do Livro do Levítico
O Senhor falou a Moisés e a Aarão, dizendo: «Quando um homem tiver na sua pele algum tumor, impigem ou mancha esbranquiçada, que possa transformar-se em chaga de lepra, devem levá-lo ao sacerdote Aarão ou a algum dos sacerdotes, seus filhos. O leproso com a doença declarada usará vestuário andrajoso e o cabelo em desalinho, cobrirá o rosto até ao bigode e gritará: ‘Impuro, impuro!’. Todo o tempo que lhe durar a lepra, deve considerar-se impuro e, sendo impuro, deverá morar à parte, fora do acampamento».
Palavra do Senhor.

LEITURA II 1 Cor 10, 31 – 11, 1
«Sede meus imitadores, como eu o sou de Cristo»
Paulo propõe-se a si mesmo como modelo aos cristãos, porque ele tem por modelo o próprio Cristo. O que ele pretende é que ninguém seja ocasião de pecado para os outros, mas antes de edificação e de salvação.

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios
Irmãos: Quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus. Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à Igreja de Deus. Fazei como eu, que em tudo procuro agradar a toda a gente, não buscando o próprio interesse, mas o de todos, para que possam salvar-se. Sede meus imitadores, como eu o sou de Cristo.
Palavra do Senhor.

ALELUIA Lc 7, 16
Refrão: Aleluia. Repete-se
Apareceu entre nós um grande profeta:
Deus visitou o seu povo. Refrão

EVANGELHO Mc 1, 40-45
«A lepra deixou-o e ele ficou limpo»
Uma vez mais, Jesus Se mostra Senhor da vida. Por outro lado, mostra-Se livre em relação à Lei e superior a ela: toca no doente, o que era contrário à Lei, mas manda que o homem curado se vá mostrar aos sacerdotes, o que era exigência da Lei. Jesus é realmente a fonte da vida nova; Ele é hoje o Ressuscitado.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, veio ter com Jesus um leproso. Prostrou-se de joelhos e suplicou-Lhe: «Se quiseres, podes curar-me». Jesus, compadecido, estendeu a mão, tocou-lhe e disse: «Quero: fica limpo». No mesmo instante o deixou a lepra e ele ficou limpo. Advertindo-o severamente, despediu-o com esta ordem: «Não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho». Ele, porém, logo que partiu, começou a apregoar e a divulgar o que acontecera, e assim, Jesus já não podia entrar abertamente em nenhuma cidade. Ficava fora, em lugares desertos, e vinham ter com Ele de toda a parte.
Palavra da salvação.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Ministério da Catequese...

No Novo Testamento encontrámos o exemplo dos Discípulos que se convertem em Apóstolos. Ouvem o Mestre, acolhem a Boa-Nova e são enviados por todo o mundo a anunciar o Evangelho.
Encontrámos também o exemplo da possibilidade de extremos, em que Saulo, perseguidor de cristãos, se transforma, após a queda do cavalo, em S. Paulo, fervoroso evangelizador, onde "já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim".
Agora encontrámos tantos Catequistas que, espalhados pelo mundo, ouvem a proposta de Deus e respondem através do Ministério da Catequese.

Contudo, quem são realmente esses catequistas?
Apesar de desde o Concílio Vaticano II, alguns Bispos terem procurado valorizar o Ministério da Catequese no seio da Comunidade Cristã, como um Dom dirigido a qualquer um dos seus membros, a verdade é que ainda hoje o Ministério da Catequese pertence ao Presbítero, que ao não o assumir, estará sempre a delegar nos Leigos a sua responsabilidade. Os Bispos devem assim ser os primeiros catequistas da diocese pela qual são responsáveis, tal como os Padres devem ser os primeiros catequistas da paróquia onde são responsáveis. Isso mesmo foi também referido pelo Bispo Auxiliar de Braga, D. Manuel Linda, no Encontro Arciprestal de Catequistas. Mas muitas vezes que papel desempenham realmente os Presbíteros na catequese da comunidade onde estão inseridos?

Ministério da Palavra e da Catequese
Nos Actos dos Apóstolos, é referido isso mesmo: "Não é conveniente que abandonemos  a Palavra de Deus para servirmos às mesas (...) Quanto a nós, permanecermos assíduos à oração e ao ministério da Palavra". E não se incluí no Ministério da Palavra, o Ministério da Catequese? Segundo o documento Dei Verbum, nº 24 "Também o ministério da palavra, isto é, a pregação pastoral, a catequese, e toda a espécie de instrução cristã, na qual a homilia litúrgica deve ter um lugar principal, com proveito se alimenta e santamente se revigora com a palavra da Escritura."

Assim, é importante que os Leigos assumam um papel determinante no Ministério da Catequese, já que a comunidade necessita deles, mas é ainda mais importante que os Presbíteros sejam a peça fundamental no Ministério da Catequese nas comunidades cristãs pelas quais são responsáveis.



quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O mais importante...

Certo dia, uma mãe cuidadosa na educação da sua filha, perguntou-lhe quando ela era ainda adolescente: 
- Sabes qual é a parte mais importante do teu corpo? 
A jovem, pensou na limitação dolorosa dos surdos,  e respondeu: a mais importante é o ouvido. 
- Não, respondeu a mãe. À medida que fores crescendo, descobrirás qual é. Passado algum tempo, a mãe perguntou novamente: 
- Então qual é a parte mais importante do corpo? 
A filha, vendo que os olhos são importantíssimos para a felicidade das pessoas, respondeu: - São os olhos. 
A mãe disse-lhe que a resposta não estava correcta. O tempo foi passando e a jovem ia procurando a resposta certa. Até que, um dia, a morte passou pela sua casa e o avô morreu. Todos choraram aquela morte. Até o pai, que nunca chorara, não conteve as lágrimas. Quando a jovem foi dar o último adeus ao avô, a mãe disse-lhe: 
- É hoje o dia em que vais aprender qual é a parte mais importante do corpo. Vais saber que a parte mais importante, são os teus ombros. 
- Porque sustentam a minha cabeça? – perguntou a filha.
- Não. É porque podes sustentar a cabeça de um amigo ou de uma pessoa amada quando eles chorarem. Todos precisam de um ombro quando choram em alguns momentos difíceis da vida. 
Então disse a jovem: 
- Descobri qual era a parte mais importante do corpo, porque naquela hora quem precisou de um ombro fui eu... 
– E também aprendeste que os teus ombros são importantes para os teus amigos nas horas de sofrimento físico ou moral - acrescentou a mãe. 

(desconheço o autor)

Moral da história: 
As pessoas esquecerão o que lhes dissemos e o que lhes fizemos, mas não esquecerão o conforto moral que lhes oferecemos. Os amigos são como as estrelas: muitas vezes não as vemos, mas estão no firmamento. Os amigos podem andar longe, afastados do nosso caminho, mas estarão visíveis junto de nós quando precisarmos do seu ombro, do seu alento, do seu conforto, da sua esperança. 


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Leituras e Evangelho 05/02/2012


LEITURA I Job 7, 1-4.6-7
«Agito-me angustiado até ao crepúsculo»
Job é o tipo de todo o homem que sofre e que não sabe encontrar explicação para o sofrimento. No entanto, ele sabe que o Senhor não é estranho a esse sofrimento; por isso, se abandona nas suas mãos, invocando-O e esperando a sua resposta. Se Job tivesse conhecido a Paixão de Cristo seguida da Ressurreição, teria encontrado resposta mais completa para a sua dor!

Leitura do Livro de Job
Job tomou a palavra, dizendo: «Não vive o homem sobre a terra como um soldado? Não são os seus dias como os de um mercenário? Como o escravo que suspira pela sombra e o trabalhador que espera pelo seu salário, assim eu recebi em herança meses de desilusão e couberam-me em sorte noites de amargura. Se me deito, digo: ‘Quando é que me levanto?’. Se me levanto: ‘Quando chegará a noite?’; e agito-me angustiado até ao crepúsculo. Os meus dias passam mais velozes que uma lançadeira de tear e desvanecem-se sem esperança. – Recordai-Vos que a minha vida não passa de um sopro e que os meus olhos nunca mais verão a felicidade».
Palavra do Senhor.

LEITURA II 1 Cor 9, 16-19.22-23
«Ai de mim se não evangelizar!»
O que leva S. Paulo a pregar o Evangelho é exclusivamente a consciência que tem de que o deve pregar para salvação de todos. Até o direito que tem de ser assistido materialmente pelos irmãos ele rejeita, para ficar mais livre na sua pregação. E é na fidelidade à urgência deste serviço na fé e no amor a Cristo que ele experimenta a alegria da liberdade.

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios
Irmãos: Anunciar o Evangelho não é para mim um título de glória, é uma obrigação que me foi imposta. Ai de mim se não anunciar o Evangelho! Se o fizesse por minha iniciativa, teria direito a recompensa. Mas, como não o faço por minha iniciativa, desempenho apenas um cargo que me está confiado. Em que consiste, então, a minha recompensa? Em anunciar gratuitamente o Evangelho, sem fazer valer os direitos que o Evangelho me confere. Livre como sou em relação a todos, de todos me fiz escravo, para ganhar o maior número possível. Com os fracos tornei-me fraco, a fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, a fim de ganhar alguns a todo o custo. E tudo faço por causa do Evangelho, para me tornar participante dos seus bens.
Palavra do Senhor.

ALELUIA Mt 8, 17
Refrão: Aleluia. Repete-se
Cristo suportou as nossas enfermidades e tomou sobre Si as nossas dores. Refrão

EVANGELHO Mc 1, 29-39
«Curou muitas pessoas, atormentadas por várias doenças»
Ao contrário de Job, sofredor e incapaz de superar o mal, Jesus cura as doenças e expulsa os demónios. Assim Se afirma Senhor da vida e da morte, e anuncia desde já a ressurreição. E quer levar esta Boa Nova a toda a parte; por isso, não se deixa ficar preso pelos interesses, sempre limitativos, dos seus beneficiários, mas alarga a sua acção a todos os lados. Todavia esta actividade tão intensa não O impede de procurar um lugar ermo para aí orar ao Pai.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, a casa de Simão e André. A sogra de Simão estava de cama com febre e logo Lhe falaram dela. Jesus aproximou-Se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre deixou-a e ela começou a servi-los. Ao cair da tarde, já depois do sol-posto, trouxeram-Lhe todos os doentes e possessos e a cidade inteira ficou reunida diante da porta. Jesus curou muitas pessoas, que eram atormentadas por várias doenças, e expulsou muitos demónios. Mas não deixava que os demónios falassem, porque sabiam quem Ele era. De manhã, muito cedo, levantou-Se e saiu. Retirou-Se para um sítio ermo e aí começou a orar. Simão e os companheiros foram à procura d’Ele e, quando O encontraram, disseram-Lhe: «Todos Te procuram». Ele respondeu-lhes: «Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de pregar aí também, porque foi para isso que Eu vim». E foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando os demónios.
Palavra da salvação.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

TREZE LINHAS PARA VIVER

Gosto de ti não por quem tu és, mas por quem sou quando estou contigo.

Nenhuma pessoa merece as tuas lágrimas, e quem as mereça não te fará chorar.

Só porque alguém não te ama como tu queres, não significa que não te ame com todo o teu ser.

Um verdadeiro amigo é quem pega tua mão e toca teu coração.

A pior forma de sentir saudade de alguém é estar sentado a seu lado e saber que nunca o poderás ter.

Nunca deixes de sorrir, nem quando estejas triste porque nunca sabes quem pode apaixonar-se pelo teu sorriso.

Podes ser somente uma pessoa para o mundo, mas para alguma pessoa você é o mundo.

Não passes o tempo com alguém que não esteja disposto a passá-lo contigo.

Quem sabe Deus queira que conheças muita gente equivocada antes que conheças a pessoa adequada, para que quando finalmente a conheças, saibas estar agradecido.

Não chores porque já terminou, sorria porque aconteceu.

Sempre haverá gente que te machuca, assim que o que tens a fazer é seguir confiando e ser mais cuidadoso em quem confias duas vezes.

Transforme-se em uma pessoa melhor e assegure-se de saber quem és antes de conhecer alguém e esperar que essa pessoa saiba quem és.

Não te esforces tanto, as melhores coisas acontecem quando menos as esperas.

"TUDO QUE ACONTECE, ACONTECE POR UMA RAZÃO"



quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Lave o vidro da sua janela...

Um casal, recém-casados, mudou-se para um bairro muito tranquilo. Na primeira manhã que passavam na casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou numa vizinha que pendurava os lençóis no varal e comentou com o marido: 
- Que lençóis sujos está a pendurar no varal! Está a precisar de um sabão novo. Se eu tivesse intimidade, perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
O marido observou calado. Três dias depois, também durante o café da manhã, a vizinha pendurava os lençóis no varal e novamente a mulher comentou com o marido:
- A nossa vizinha continua a pendurar os lençóis sujos!
E assim, a cada três dias, a mulher repetia o seu discurso, enquanto a vizinha pendurava as suas roupas no varal. Passado um mês a mulher surpreendeu-se ao ver os lençóis muito brancos a serem estendidos, e empolgada foi dizer ao marido:
- Vê, ela aprendeu a lavar as roupas, será que a outra vizinha lhe deu sabão? Porque eu não fiz nada.
O marido calmamente respondeu-lhe:
- Não, hoje levantei-me mais cedo e lavei o vidro da nossa janela!

(desconheço o autor)

Moral da História:
E assim é. Tudo depende da janela, através da qual observamos os factos. Antes de criticar, verifique se você fez alguma coisa para contribuir; verifique os seus próprios defeitos e limitações. Devemos olhar, antes de tudo, para a nossa própria casa, para dentro de nós mesmos. Lave o seu vidro! Abra a sua janela!