sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Leituras e Evangelho 02/10/2011

LEITURA I Is 5, 1-7
«A vinha do Senhor do Universo é a casa de Israel»
Esta primeira leitura ajuda-nos a compreender depois a do Evangelho, que nos vai falar dos vinhateiros homicidas. A vinha de que uma e outra leitura nos fala é a casa de Israel, o povo de Deus. O Senhor cuida deste povo como o bom agricultor cuida das suas vinhas. Mas este povo nem sempre correspondeu ao carinho que o Senhor teve para com ele.

Leitura do Livro de Isaías
Vou cantar, em nome do meu amigo, um cântico de amor à sua vinha. O meu amigo possuía uma vinha numa fértil colina. Lavrou-a e limpou-a das pedras, plantou-a de cepas escolhidas. No meio dela ergueu uma torre e escavou um lagar. Esperava que viesse a dar uvas, mas ela só produziu agraços. E agora, habitantes de Jerusalém, e vós, homens de Judá, sede juízes entre mim e a minha vinha: Que mais podia fazer à minha vinha que não tivesse feito? Quando eu esperava que viesse a dar uvas, porque é que apenas produziu agraços? Agora vos direi o que vou fazer à minha vinha: vou tirar-lhe a vedação e será devastada; vou demolir-lhe o muro e será espezinhada. Farei dela um terreno deserto: não voltará a ser podada nem cavada, e nela crescerão silvas e espinheiros; e hei-de mandar às nuvens que sobre ela não deixem cair chuva. A vinha do Senhor do Universo é a casa de Israel e os homens de Judá são a plantação escolhida. Ele esperava rectidão e só há sangue derramado; esperava justiça e só há gritos de horror.
Palavra do Senhor.

LEITURA II Filip 4, 6-9
«Ponde isto em prática e o Deus da paz estará convosco»
No meio de todos os valores deste mundo, que realmente o sejam, os cristãos não devem ter medo de os apreciar e deles se servirem. Tudo são dons do Deus da paz, Criador e Senhor de todos eles. Assim respondia o Apóstolo aos primeiros cristãos que viviam no meio dos pagãos e não sabiam, por vezes, como haviam de proceder em relação aos valores que encontravam na civilização deles.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses
Irmãos: Não vos inquieteis com coisa alguma. Mas, em todas as circunstâncias, apresentai os vossos pedidos diante de Deus, com orações, súplicas e acções de graças. E a paz de Deus, que está acima de toda a inteligência, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus. Quanto ao resto, irmãos, tudo o que é verdadeiro e nobre, tudo o que é justo e puro, tudo o que é amável e de boa reputação, tudo o que é virtude e digno de louvor é o que deveis ter no pensamento. O que aprendestes, recebestes, ouvistes e vistes em mim é o que deveis praticar. E o Deus da paz estará convosco.
Palavra do Senhor.

ALELUIA cf. Jo 15, 16
Refrão: Aleluia. Repete-se
Eu vos escolhi do mundo, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça, diz o Senhor. Refrão

EVANGELHO Mt 21, 33-43
«Arrendará a vinha a outros vinhateiros»
Usando a mesma comparação que já encontrámos na primeira leitura, Jesus como que faz o julgamento do seu povo, que, no fim de ter sido, já tantas vezes, infiel a Deus ao longo do Antigo Testamento, agora O rejeita a Ele, o próprio Filho que Deus lhe enviou. O resultado será que outros virão a aproveitar do dom que eles rejeitaram. Foi assim que os pagãos, estranhos até então ao povo de Deus, vieram a entrar no seu povo, a Igreja de Cristo, a que hoje pertencemos.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: «Ouvi outra parábola: Havia um proprietário que plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar e levantou uma torre; depois, arrendou-a a uns vinhateiros e partiu para longe. Quando chegou a época das colheitas, mandou os seus servos aos vinhateiros para receber os frutos. Os vinhateiros, porém, lançando mão dos servos, espancaram um, mataram outro, e a outro apedrejaram-no. Tornou ele a mandar outros servos, em maior número que os primeiros. E eles trataram-nos do mesmo modo. Por fim, mandou-lhes o seu próprio filho, dizendo: ‘Respeitarão o meu filho’. Mas os vinhateiros, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro; matemo-lo e ficaremos com a sua herança’. E, agarrando-o, lançaram-no fora da vinha e mataram-no. Quando vier o dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros?». Eles responderam: «Mandará matar sem piedade esses malvados e arrendará a vinha a outros vinhateiros, que lhe entreguem os frutos a seu tempo». Disse-lhes Jesus: «Nunca lestes na Escritura: ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; tudo isto veio do Senhor e é admirável aos nossos olhos’? Por isso vos digo: Ser-vos-á tirado o reino de Deus e dado a um povo que produza os seus frutos».
Palavra da salvação.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A casa

Um velho pedreiro que construía casas estava pronto para se aposentar. Ele informou o chefe, do seu desejo de se aposentar e passar mais tempo com a sua família. Ainda disse que sentiria a falta do salário, mas realmente queria se aposentar. 
A empresa não seria muito afectada pela saída do pedreiro, mas o chefe estava triste por ver um bom funcionário a partir e pediu-lhe para trabalhar em mais um projecto, como um favor. 
O pedreiro não gostou mas acabou por concordar. Foi fácil ver que ele não estava entusiasmado com a ideia. Assim ele prosseguiu a fazer um trabalho de segunda qualidade e a usar materiais inadequados. 
Quando o pedreiro acabou, o chefe veio fazer a inspecção da casa construída. Depois de inspeccioná-la, deu a chave da casa ao pedreiro e disse: - Esta é a sua casa. Ela é o meu presente para si.
O pedreiro ficou muito surpreendido. Que pena! Se ele soubesse que estava a construir a sua própria casa, teria feito tudo diferente...

(desconheço o autor)

Reflexão:
O mesmo acontece connosco... Nós construímos a nossa vida, um dia de cada vez e muitas vezes fazendo menos que o melhor possível na sua construção. Depois, com surpresa, descobrimos que precisamos de viver na casa que nós construímos. 
Se pudéssemos fazer tudo de novo, faríamos tudo diferente. Mas não podemos voltar atrás.
Tu és o pedreiro. Todo o dia martelas pregos, ajustas tábuas e constróis paredes.
Alguém já disse que: - “A vida é um projecto que tu mesmo constróis.”
As tuas atitudes e escolhas de hoje estão a construir a "casa" em que vais morar amanhã. Portanto constrói com sabedoria!






sábado, 24 de setembro de 2011

Leituras e Evangelho 25/09/2011

LEITURA I Ez 18, 25-28
«Quando o pecador se afastar do mal, salvará a sua vida»
A liturgia da palavra deste domingo vai insistir na sinceridade profunda do coração e na resposta autêntica e prática que ele dá ou não à palavra de Deus. A todo o momento, logo que o homem se converter a essa palavra e por ela orientar a sua vida, logo o Senhor o acolherá. Deus não é de vinganças; é sim salvador.

Leitura da Profecia de Ezequiel
Eis o que diz o Senhor: «Vós dizeis: ‘A maneira de proceder do Senhor não é justa’. Escutai, casa de Israel: Será a minha maneira de proceder que não é justa? Não será antes o vosso modo de proceder que é injusto? Quando o justo se afastar da justiça, praticar o mal e vier a morrer, morrerá por causa do mal cometido. Quando o pecador se afastar do mal que tiver realizado, praticar o direito e a justiça, salvará a sua vida. Se abrir os seus olhos e renunciar às faltas que tiver cometido, há-de viver e não morrerá».
Palavra do Senhor.

LEITURA II – Forma longa Filip. 2, 1-11
«Tende os mesmos sentimentos de Cristo Jesus»
Para incutir nos cristãos sentimentos de união e de perdão mútuo, S. Paulo não encontra melhor maneira do que lembrar-lhes os sentimentos de Jesus Cristo, manifestados na sua Paixão. A leitura é, na segunda parte, um verdadeiro hino pascal, talvez mesmo um hino das primeiras gerações cristãs para celebrar o mistério pascal do Senhor, incluído depois por S. Paulo nesta sua carta. É uma passagem da Sagrada Escritura que não pode ser ignorada pelo comum dos cristãos.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses
Irmãos: Se há em Cristo alguma consolação, algum conforto na caridade, se existe alguma comunhão no Espírito, alguns sentimentos de ternura e misericórdia, então completai a minha alegria, tendo entre vós os mesmos sentimentos e a mesma caridade, numa só alma e num só coração. Não façais nada por rivalidade nem por vanglória; mas, com humildade, considerai os outros superiores a vós mesmos, sem olhar cada um aos seus próprios interesses, mas aos interesses dos outros. Tende em vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus. Ele, que era de condição divina, não Se valeu da sua igualdade com Deus, mas aniquilou-Se a Si próprio. Assumindo a condição de servo, tornou-Se semelhante aos homens. Aparecendo como homem, humilhou-Se ainda mais, obedecendo até à morte, e morte de cruz. Por isso, Deus O exaltou e Lhe deu um nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus todos se ajoelhem, no céu, na terra e nos abismos, e toda a língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.
Palavra do Senhor.

LEITURA II – Forma breve Filip 2, 1-5
«Tende em vós os mesmos sentimentos de Cristo Jesus»
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses
Irmãos: Se há em Cristo alguma consolação, algum conforto na caridade, se existe alguma comunhão no Espírito, alguns sentimentos de ternura e misericórdia, então completai a minha alegria, tendo entre vós os mesmos sentimentos e a mesma caridade, numa só alma e num só coração. Não façais nada por rivalidade nem por vanglória; mas, com humildade, considerai os outros superiores a vós mesmos, sem olhar cada um aos seus próprios interesses, mas aos interesses dos outros. Tende entre vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus.
Palavra do Senhor.

ALELUIA Jo 10, 27
Refrão: Aleluia. Repete-se
As minhas ovelhas ouvem a minha voz, diz o Senhor; Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me. Refrão

EVANGELHO Mt 21, 28-32
«Arrependeu-se e foi. Os publicanos e as mulheres de má vida irão adiante de vós para o reino de Deus»
Enquanto a palavra de Deus não descer ao coração do homem e o tocar e o converter, não são as palavras, mesmo santas, que lhe saem da boca que o fazem entrar no reino de Deus. Mas, logo que o coração estiver convertido e voltado para Deus, logo o Senhor o acolhe e o recebe como um pai. É que os caminhos de Deus não são como os dos homens.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: «Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Foi ter com o primeiro e disse-lhe: ‘Filho, vai hoje trabalhar na vinha’. Mas ele respondeu-lhe: ‘Não quero’. Depois, porém, arrependeu-se e foi. O homem dirigiu-se ao segundo filho e falou-lhe do mesmo modo. Ele respondeu: ‘Eu vou, Senhor’. Mas de facto não foi. Qual dos dois fez a vontade ao pai?». Eles responderam-Lhe: «O primeiro». Jesus disse-lhes: «Em verdade vos digo: Os publicanos e as mulheres de má vida irão diante de vós para o reino de Deus. João Baptista veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele; mas os publicanos e as mulheres de má vida acreditaram. E vós, que bem o vistes, não vos arrependestes, acreditando nele».
Palavra da salvação.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Deus Existe…

Conta uma antiga lenda que, na Idade Média, um homem muito religioso foi injustamente acusado de ter assassinado uma mulher. Na verdade, o autor do crime era uma pessoa influente do reino. Por isso, desde o primeiro momento, se procurou um bode expiatório para acobertar o verdadeiro assassino. 
O homem foi levado a julgamento, já temendo o resultado: a forca. Ele sabia que tudo iria ser feito para condená-lo e que teria poucas chances de sair vivo desta história. 
O juiz, que também estava combinado de levar o pobre homem à morte, simulou um julgamento justo, propondo ao acusado que provasse a sua inocência. 
Disse o juiz: - Sou de uma profunda religiosidade e por isso vou deixar a sua sorte nas mãos do Senhor. Vou escrever num pedaço de papel a palavra "inocente" e no outro pedaço a palavra "culpado". Você vai escolher um dos papéis e aquele que sair será o veredicto. O Senhor decidirá o seu destino. - determinou o juiz.
Sem que o acusado percebesse, o juiz preparou os dois papéis. Mas em ambos escreveu "culpado", de maneira que, naquele instante, não existia nenhuma hipótese do acusado se livrar da forca. Não havia saída. Não havia alternativas para o pobre homem.
O juiz colocou os dois papéis numa mesa e mandou o acusado escolher um. O homem pensou alguns segundos e, pressentindo uma vibração, aproximou-se confiante da mesa. Pegou um dos papéis, rapidamente colocou-o na boca e engoliu.
Os presentes ao julgamento reagiram surpresos e indignados com a atitude do homem.
- Mas o que foi que você fez? E agora? Como vamos saber qual será o veredicto? - perguntou o Juiz.
- É muito fácil - respondeu o homem. - Basta ver o outro pedaço que sobrou e saberemos que acabei por engolir o seu contrário. Imediatamente o homem foi libertado.

(desconheço o autor)

Moral da história:
Por mais difícil que seja uma situação, não deixe de acreditar até ao último momento. Saiba que para qualquer problema há sempre uma saída. Não desista, não entregue os pontos, não se deixe derrotar. Persista, vá em frente apesar de tudo e de todos. Creia que você pode conseguir.

Romanos 8:28 "E sabemos que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito."

Esta confiança que Deus nos deu de que no fim tudo vai dar certo, se ainda não deu certo é porque ainda não chegou ao fim.
 




sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Leituras e Evangelho 18/09/2011

LEITURA I Is 55, 6-9
«Os meus pensamentos não são os vossos»
O Evangelho vai apresentar-nos uma parábola, na qual se vê a liberdade e o amor com que Deus trata os homens, mesmo sem eles saberem, por vezes, apreciar essa bondade. Nesta leitura, o profeta vai-nos já prevenindo de que os caminhos de Deus não são como os dos homens, que têm dificuldade em compreender que o amor é mais generoso do que aquilo a que, por vezes, chamamos justiça.

Leitura do Livro de Isaías
Procurai o Senhor, enquanto se pode encontrar, invocai-O, enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho e o homem perverso os seus pensamentos. Converta-se ao Senhor, que terá compaixão dele, ao nosso Deus, que é generoso em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos são os meus – oráculo do Senhor –. Tanto quanto o céu está acima da terra, assim os meus caminhos estão acima dos vossos e acima dos vossos estão os meus pensamentos.
Palavra do Senhor.

LEITURA II Filip 1, 20c-24.27a
«Para mim, viver é Cristo»
S. Paulo escreve estas palavras na prisão. Nelas mostra que todo o seu ideal é apenas servir a Cristo. Viver ou morrer é para ele coisa secundária; interessa-lhe, sim, estar sempre unido a Cristo. Ele é a sua vida. A própria morte o conduzirá ainda à união a Cristo: por isso, ela é para ele um lucro. Assim ele deseja que todos os cristãos vivam com ideal semelhante ao seu.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses
Irmãos: Cristo será glorificado no meu corpo, quer eu viva quer eu morra. Porque, para mim, viver é Cristo e morrer é lucro. Mas, se viver neste corpo mortal me permite um trabalho útil, não sei o que escolher. Sinto-me constrangido por este dilema: desejaria partir e estar com Cristo, que seria muito melhor; mas é mais necessário para vós que eu permaneça neste corpo mortal. Procurai somente viver de maneira digna do Evangelho de Cristo.
Palavra do Senhor.

ALELUIA cf. Actos 16, 14b
Refrão: Aleluia. Repete-se
Abri, Senhor, os nossos corações, para aceitarmos a palavra do vosso Filho.
Refrão


EVANGELHO Mt 20, 1-16a
«Serão maus os teus olhos porque eu sou bom?»
Esta parábola quer fazer-nos compreender que Deus é bom, e que a todos os homens que se disponham a servi-l’O Ele oferece a entrada no seu reino. Segundo o primeiro sentido da parábola, os operários da primeira hora foram os judeus; os outros, são os que, ao longo dos tempos, vão entrando na Igreja de Deus. A todos o Senhor abre as portas da salvação, porque, se para uns Se mostrou bondoso desde a primeira hora, para todos os outros Ele reserva os mesmos dons. Não há, pois, lugar para invejas, onde tudo é puro dom gratuito de Deus.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a um pro­prie­tário, que saiu muito cedo a contratar trabalhadores para a sua vinha. Ajustou com eles um denário por dia e mandou-os para a sua vinha. Saiu a meia-manhã, viu outros que estavam na praça ociosos e disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha e dar-vos-ei o que for justo’. E eles foram. Voltou a sair, por volta do meio-dia e pelas três horas da tarde, e fez o mesmo. Saindo ao cair da tarde, encontrou ainda outros que estavam parados e disse-lhes: ‘Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?’. Eles responderam-lhe: ‘Ninguém nos contratou’. Ele disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha’. Ao anoitecer, o dono da vinha disse ao capataz: «Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, a começar pelos últimos e a acabar nos primeiros’. Vieram os do entardecer e receberam um denário cada um. Quando vieram os primeiros, julgaram que iam receber mais, mas receberam também um denário cada um. Depois de o terem recebido, começaram a murmurar contra o proprietário, dizen­do: ‘Estes últimos trabalharam só uma hora e deste-lhes a mesma paga que a nós, que suportámos o peso do dia e o calor’. Mas o proprietário respondeu a um deles: ‘Amigo, em nada te prejudico. Não foi um denário que ajustaste comigo? Leva o que é teu e segue o teu caminho. Eu quero dar a este último tanto como a ti. Não me será permitido fazer o que quero do que é meu? Ou serão maus os teus olhos porque eu sou bom?’. Assim, os últimos serão os primei­ros e os primeiros serão os últimos».
Palavra da salvação.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O Sapato

Um dia um homem já de certa idade abordou um autocarro. Enquanto subia, um dos seus sapatos escorregou para o lado de fora. A porta fechou-se e o autocarro arrancou; então foi impossível recuperá-lo. O homem tranquilamente retirou o outro sapato e atirou-o pela janela. Um rapaz no autocarro, vendo o que aconteceu e como não o podia ajudar o senhor, perguntou:
- Reparei no que o senhor fez. Porque atirou fora o seu outro sapato?
O homem prontamente respondeu:
- De forma que quem o encontrar seja capaz de usá-los. Provavelmente apenas alguém necessitado dará importância a um sapato usado encontrado na rua. E de nada lhe adiantará apenas um pé de sapato.

(desconheço o autor)


Para Reflectir:
O homem mostrou ao jovem que não vale a pena agarrar-se a algo simplesmente para possui-lo e nem porque você não deseja que outro o tenha.
Perdemos coisas o tempo todo. A perda pode-nos parecer penosa e injusta inicialmente, mas a perda só acontece de modo que mudanças, na maioria das vezes positivas, possam ocorrer na nossa vida.
Acumular posses não nos faz melhores e nem faz o mundo melhor. Todos temos que decidir constantemente se algumas coisas devem manter o seu curso na nossa vida ou se estariam melhor com outros.



Reverência ao Destino...

Falar é totalmente fácil, quando se tem palavras na mente que expressem a sua opinião.
Difícil é expressar por atitudes e gestos o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.

Fácil é julgar as pessoas que estão a ser expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e reflectir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.

Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.

Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre essa situação.
Difícil é vivenciar essa situação e saber o que fazer. Ou ter coragem para fazer.

Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.


Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.

Fácil é ver o que queremos avistar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.

Fácil é dizer “olá” ou “como vai?”
Difícil é dizer “adeus”. Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém das nossas vidas...

Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo, como uma corrente eléctrica, quando tocamos a pessoa certa.

Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e entregar-se. E aprender a dar valor somente a quem te ama.

Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência. A acenar o tempo todo, mostrando as nossas escolhas erradas.

Fácil é ditar regras.
Difícil é segui-las. Ter a noção exacta das nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.

Fácil é perguntar o que se deseja saber.
Difícil é estar preparado para ouvir a resposta. Ou querer entender a resposta.

Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.

Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.

Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que somente uma te vai aceitar como você é e fazer-te feliz por inteiro.

Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefónica.
Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.

Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.

Eterno, é tudo aquilo que dura uma fracção de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.



segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Descontrolo

Naquele dia de sol, José chegou feliz e estacionou o reluzente camião em frente à porta da sua casa. Após 20 anos de muita economia e intenso trabalho, sacrificando dias de repouso e lazer, ele conseguiu: Comprou um camião. Orgulhoso, entrou em casa e chamou a esposa para ver a sua aquisição. A partir de agora, seria o seu próprio patrão. Ao chegar próximo do camião, uma cena o deixou descontrolado. O seu filho de apenas 6 anos estava a martelar alegremente a lataria do camião. Irritado e aos berros, "atacou" contra o filho. Tomou o martelo das mãos dele e, totalmente fora do controlo, martelou as mãozinhas do menino.
Sem entender o que estava a acontecer, o menino pôs-se a chorar de dor, enquanto a mãe interferiu e retirou o pequeno dali.
Na sequência, ela trouxe o marido de volta à realidade e juntos levaram o filho ao hospital, para fazer os curativos. O que imaginavam, no entanto, fosse simples, descobriram ser muito grave. As marteladas nas frágeis mãozinhas tinham feito muitos danos que o menino foi encaminhado para a cirurgia imediata. Passadas várias horas, o cirurgião veio ao encontro dos pais e informou-lhes que as dilacerações tinham sido de grande extensão e os dedinhos tiveram que ser amputados. De resto, - continuou o médico, - a criança era forte e tinha resistido bem ao acto cirúrgico. Os pais poderiam aguarda-lo no quarto para onde seria conduzido.
Com um aperto no coração, os pais esperaram que a criança despertasse. Quando, finalmente, abriu os olhos e viu o pai o menino abriu um sorriso e falou:

- Papá desculpe-me, eu só queria consertar o seu camião, como você me ensinou no outro dia. Não fique zangado comigo.
O pai, com lágrimas a escorrer pela face, em desconsolo aproximou-se mais e disse-lhe que não tinha importância o que ele tinha feito. Mesmo porque, a lataria do camião nem tinha sido estragada.
O menino insistiu: - Quer dizer que não está mais zangado comigo?

- Não, mesmo. - respondeu o pai.
- Então, - perguntou o menino, - se estou perdoado, quando é que meus dedinhos vão nascer de novo?

(desconheço o autor)

Moral da história:
De todas as vezes que perdemos a calma, perdemos também a lucidez e o bom senso. Nesses momentos, podemos cometer muitas tolices. E quando investimos contra as criaturas que amamos, podemos magoa-las muito. Podemos feri-las com palavras e com actos. E, tratando-se de crianças, que são frágeis e ficam indefesas frente ao descontrolo dos adultos, tudo assume maior gravidade.
Nunca permitamos a fúria, que é sempre má companhia. Dominemos as nossas más tendências e os nossos impulsos agressivos, recordando que nada na vida é mais precioso do que as pessoas.
As coisas que possamos adquirir nos servirão por algum tempo, mas, somente os nossos amores estarão sempre connosco, não importando o local ou as condições que venhamos a nos encontrar.
Preservemos a calma e ofertemos para aqueles que são os "sóis" das nossas vidas somente o carinho, a ternura e as doces manifestações do amor.

sábado, 10 de setembro de 2011

Leituras e Evangelho 11/09/2011

LEITURA I Sir 27, 33 – 28, 9
«Perdoa a ofensa do teu próximo e quando pedires, as tuas faltas serão perdoadas»
A vingança pode ser uma tendência instintiva natural, fruto de uma natureza ainda não suficientemente dominada e educada. Mas, a compreensão das faltas dos outros e o perdão são atitudes fundamentais para o coração de quem olha para os outros como gostaria que Deus olhasse para si. Mesmo já no Antigo Testamento, os homens de Deus assim pensavam.

Leitura do Livro de Ben-Sirá
O rancor e a ira são coisas detestáveis, e o pecador é mestre nelas. Quem se vinga sofrerá a vingança do Senhor, que pedirá minuciosa conta de seus pecados. Perdoa a ofensa do teu próximo e, quando o pedires, as tuas ofensas serão perdoadas. Um homem guarda rancor contra outro e pede a Deus que o cure? Não tem compaixão do seu semelhante e pede perdão para os seus próprios pecados? Se ele, que é um ser de carne, guarda rancor, quem lhe alcançará o perdão das suas faltas? Lembra-te do teu fim e deixa de ter ódio; pensa na corrupção e na morte, e guarda os mandamentos. Recorda os mandamentos e não tenhas rancor ao próximo; pensa na aliança do Altíssimo e não repares nas ofensas que te fazem.
Palavra do Senhor.

LEITURA II Rom 14, 7-9
«Quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor»
É preciso viver, tendo sempre o sentido de Deus em toda a nossa vida. Só assim a vida e a morte têm sentido e nos enchem de paz e de alegria.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Irmãos: Nenhum de nós vive para si mesmo e nenhum de nós morre para si mesmo. Se vivemos, vivemos para o Senhor, e se morremos, morremos para o Senhor. Portanto, quer vivamos quer morramos, pertencemos ao Senhor. Na verdade, Cristo morreu e ressuscitou para ser o Senhor dos vivos e dos mortos.
Palavra do Senhor.

ALELUIA Jo 13, 34
Refrão: Aleluia. Repete-se
Dou-vos um mandamento novo, diz o Senhor: amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Refrão

EVANGELHO Mt 18, 21-35
«Não te digo que perdoes até sete vezes, mas até setenta vezes sete»
O perdão das ofensas é atitude fundamental para o discípulo de Cristo. Este perdão não tem limites, vai até ao que se possa imaginar. O número sete tem uma certa ideia de plenitude, de totalidade. Mas Jesus, para indicar que o perdão deve ser sem limites, ainda o multiplica por setenta, setenta vezes sete, isto é, sempre.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou-Lhe: «Se meu irmão me ofender, quantas vezes deverei perdoar-lhe? Até sete vezes?».
Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Na verdade, o reino de Deus pode comparar-se a um rei que quis ajustar contas com os seus servos. Logo de começo, apresentaram-lhe um homem que devia dez mil talentos. Não tendo com que pagar, o senhor mandou que fosse vendido, com a mulher, os filhos e tudo quanto possuía, para assim pagar a dívida. Então o servo prostrou-se a seus pés, dizendo: ‘Senhor, concede-me um prazo e tudo te pagarei’. Cheio de compaixão, o senhor daquele servo deu-lhe a liberdade e perdoou-lhe a dívida. Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. Segurando-o, começou a apertar-lhe o pescoço, dizendo: ‘Paga o que me deves’. Então o companheiro caiu a seus pés e suplicou-lhe, dizendo: ‘Concede-me um prazo e pagar-te-ei’. Ele, porém, não consentiu e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto devia. Testemunhas desta cena, os seus companheiros ficaram muito tristes e foram contar ao senhor tudo o que havia sucedido. Então, o senhor mandou-o chamar e disse: ‘Servo mau, perdoei-te tudo o que me devias, porque mo pediste. Não devias, também tu, compadecer-te do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’. E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia. Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão de todo o coração».
Palavra da salvação.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Um enorme coração

Amar o próximo como a si mesmo é preceito evangélico exaustivamente repetido. Acontece que, quase sempre, não sabemos exactamente o que significa.
Como demonstrar amor ao próximo?
Às vezes, marcamos uma data e vamos visitar um asilo. Preocupamo-nos em levar coisas para os idosos: doces, frutas, guloseimas. E vamos distribuindo, de mão em mão, meio às pressas. Outras vezes, deixamos de ir porque dizemos não ter dinheiro para comprar algo para levar. Como chegar de mãos vazias?
Nem pensamos que, para aquelas criaturas solitárias, quase sempre esquecidas dos familiares, o mais importante é alguém se dar. Isto significa segurar as suas mãos, levar uma tesourinha e cortar as suas unhas. Lixá-las. Colocar um esmalte. Pegar num pente ou uma escova e fazer um penteado diferente.
Qual a mulher, de qualquer idade, que não gosta de se sentir bonita?
Amar o próximo é servi-lo onde se encontra, na circunstância que se apresente. Ceder o lugar no autocarro é sinal de urbanidade. Mas, convidar o idoso, deficiente ou a mãe com o bebé ao colo a se sentar, com um sorriso nos lábios e uma frase sugestiva, como: "sente-se aqui, ficará mais confortável" - é amor ao próximo.
Estar atento ao que ocorre ao redor de si. O que nos recorda daquela pastelaria famosa, sempre cheia nos dias de calor. Sorvete delicioso. Sabores variados. Clientela bem atendida. Homens, mulheres, crianças, todos fazem fila e aguardam pacientemente a sua vez. Tudo por um sorvete apetitoso. Refrescante. Uma menina sozinha, com o dinheiro na mão, também entrou na fila. Esperou, sem reclamar, mesmo quando uns meninos passaram à sua frente, sem cerimónia e sem delicadeza. Quando chegou à caixa, antes que pudesse falar qualquer coisa, o funcionário ordenou-lhe que saísse e lesse o cartaz na porta. Ela baixou a cabeça, engoliu em seco e saiu. E leu o cartaz, bem grande, na porta de entrada: PROIBIDO ENTRAR DESCALÇO!

Olhou para os seus pés descalços e sentiu as lágrimas chegarem aos olhos. O gosto do sorvete não comprado a diluir-se na boca. Ia-se a retirar, triste, quando uma mão forte lhe tocou no ombro. Era um homem alto, grande. Para a menininha, ele parecia um gigante. Foi com ela até o meio da fila, sentou-se e tirou os seus sapatos número 44 e colocou-os em frente dela. Depois, a suspendeu e enfiou os pés dela nos seus sapatos.
- Eu fico aqui, à espera. - disse ele. Vai buscar o teu sorvete! Não tenho pressa.
Ela foi deslizando os pés, arrastando os sapatos, até à caixa. Comprou a sua ficha e saiu, vitoriosa, com o seu sorvete na mão. Quando foi devolver os sapatos àquele homem, de pés grandes, barriga grande, ela deu-se conta que ele tinha uns pés enormes, mas muito maior ainda era o seu coração.

(desconheço o autor)

Para Reflectir:
Amar ao próximo é fazer a alegria de alguém, por mais insignificante que ela possa parecer.
É ter olhos de ver a necessidade embutida nos olhos tristes.
É ter ouvidos de ouvir os soluços afogados na garganta e os pedidos jamais expressos.
Enfim, amar ao próximo é simplesmente ter a capacidade de olhar um pouco além de si mesmo.


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Embalagens de Deus

Um jovem estava para se formar. Já há muitos meses ele vinha a admirar um lindo carro desportivo num Stand de automóveis. Sabia que o seu pai podia muito bem suportar com aquela despesa, então ele disse ao pai que o carro era tudo o que ele desejava. Como se aproximava o dia da formatura, o jovem esperava sinais de que o seu pai tivesse comprado o carro. Finalmente, na manhã da formatura, o pai o chamou-o e disse-lhe o quanto estava orgulhoso por ter um filho tão bom, e o quanto o amava. Então ele entregou ao filho uma caixa de presente, lindamente embalada. Curioso e, de certa forma desapontado, o jovem abriu a caixa e encontrou uma Bíblia com a capa de couro, e com o nome dele gravado em ouro. Irritado, ele levantou a sua voz para o pai e disse:
- Com todo o dinheiro que tem, você dá-me uma Bíblia?
E violentamente saiu da casa. Muitos anos se passaram e o jovem tornou-se um homem de sucesso nos negócios. Tinha uma linda casa e uma família maravilhosa, mas certo dia percebeu que o seu pai já estava idoso e resolveu que iria visitá-lo. Ele não via o pai desde o dia da sua formatura. Antes que ele pudesse providenciar os preparativos, recebeu um telegrama informando-o de que o pai tinha falecido, e deixado todas os seus bens em testamento para o filho.
Ele precisava imediatamente de ir à casa do pai e cuidar de tudo. Quando chegou lá, sentiu um misto de tristeza e arrependimento a preencher o seu coração. Ele começou a procurar no meio dos documentos importantes e papéis do pai quando viu a Bíblia, ainda nova, exactamente como ele tinha deixado há anos atrás. Com lágrimas, ele abriu a Bíblia e começou a revirar as páginas.

O seu pai tinha sublinhado cuidadosamente um versículo em Mateus 7:11:
“Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais o vosso pai, que está nos céus, dará bens aos que lhos pedirem?”
Enquanto ele lia estas palavras, uma chave de carro caiu de trás da Bíblia. Ela tinha uma etiqueta com o nome do stand que tinha o carro desportivo que ele tanto desejara.
Na etiqueta constava a data da formatura, e as palavras "Liquidado/Pago completamente"!

(desconheço o autor)

Reflexão:
Quantas vezes nós perdemos as bênçãos de Deus porque elas não vêm "embaladas" como nós esperamos!
Precisamos de prestar mais atenção às coisas boas que recebemos e às vezes não são como imaginávamos, muitas vezes a "embalagem" pode ser diferente mas no fundo é o que realmente gostaríamos de ter.

Esta história faz-nos reflectir e agradecer a Deus pelas coisas boas que recebemos apesar de muitas das vezes não as reconhecermos.




sábado, 3 de setembro de 2011

Leituras e Evangelho

LEITURA I Ez 33, 7-9
«Se não falares ao ímpio, pedir-te-ei contas do seu sangue»
A palavra de Deus, anunciada, acreditada, posta em prática, faz nascer o povo de Deus, a Igreja de Deus. E cada membro deste povo é, por sua vez, anunciador, profeta, desta palavra de Deus. Por isso, há-de anunciá-la com as suas palavras, se o puder fazer, mas sempre com a sua vida. Deste modo, cada filho da Igreja é, ao mesmo tempo, construtor da Igreja.

Leitura da Profecia de Ezequiel
Eis o que diz o Senhor: «Filho do homem, coloquei-te como sentinela na casa de Israel. Quando ouvires a palavra da minha boca, deves avisá-los da minha parte. Sempre que Eu disser ao ímpio: ‘Ímpio, hás-de morrer’, e tu não falares ao ímpio para o afastar do seu caminho, o ímpio morrerá por causa da sua iniquidade, mas Eu pedir-te-ei contas da sua morte. Se tu, porém, avisares o ímpio, para que se converta do seu caminho, e ele não se converter, morrerá nos seus pecados, mas tu salvarás a tua vida».
Palavra do Senhor.

LEITURA II Rom 13, 8-10
«A caridade é o pleno cumprimento da lei»
Toda a lei moral crista, toda a Lei de Deus, se resume na caridade, que é o amor segundo Deus. Todos e cada um dos preceitos cristãos são aplicações concretas desta lei da caridade, que os envolve e os anima a todos.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Irmãos: Não devais a ninguém coisa alguma, a não ser o amor de uns para com os outros, pois, quem ama o próximo, cumpre a lei. De facto, os mandamentos que dizem: «Não cometerás adultério, não matarás, não furtarás, não cobiçarás», e todos os outros mandamentos, resumem-se nestas palavras: «Amarás ao próximo como a ti mesmo». A caridade não faz mal ao próximo. A caridade é o pleno cumprimento da lei.
Palavra do Senhor.

ALELUIA 2 Cor 5, 19
Refrão: Aleluia. Repete-se
Em Cristo, Deus reconcilia o mundo consigo
e confiou-nos a palavra da reconciliação. Refrão

EVANGELHO Mt 18, 15-20
«Se te escutar, terás ganho o teu irmão»
Esta passagem do Evangelho tem em vista a vida em Cristo dos membros da comunidade crista entre si. Desde o início a Igreja sentiu, no meio de si, dificuldades na vida de comunidade. Onde houver homens, haverá dificuldades de convivência. Mas, por isso mesmo, essas dificuldades hão-de ser resolvidas humanamente, e sempre à luz de Deus, que é como quem diz, à luz da caridade de Cristo, sempre em ordem à unidade, e à construção no amor, nunca à destruição. É então, na unidade, que a comunidade se tornará a morada do Senhor, onde os homens O poderão encontrar.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se o teu irmão te ofender, vai ter com ele e repreende-o a sós. Se te escutar, terás ganho o teu irmão. Se não te escutar, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão fique resolvida pela palavra de duas ou três testemunhas. Mas se ele não lhes der ouvidos, comunica o caso à Igreja; e se também não der ouvidos à Igreja, considera-o como um pagão ou um publicano. Em verdade vos digo: Tudo o que ligardes na terra será ligado no Céu; e tudo o que desligardes na terra será desligado no Céu. Digo-vos ainda: Se dois de vós se unirem na terra para pedirem qualquer coisa, ser-lhes-á concedida por meu Pai que está nos Céus. Na verdade, onde estão dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles».
Palavra da salvação.